A casa de Alexander sempre era um reino de perdição e Coltrane lembrou-se disso quando parou na frente do líder de prata.
- Eu e você temos muito que conversar, Alexander. - Coltrane disse, vendo o homem forte, por cima do copo de vidro, entornando uma bebida forte. - O que você fez com Dane...
O salão estava cheio demais. Cheio de pessoas bebendo, se divertindo. Era uma daquelas festas, que só Alexander sabia dar. Gastos, bebidas, mulheres bonitas. Coltrane queria conversar em privado com Alexander, mas isso nem sempre era possível. Alexander evitava ficar em qualquer situação de submissão, e Coltrane sabia bem porque.
- Eu o usei, como é meu de direito. - Riu Alexander. - Sabe qual seu problema, Coltrane? É um ativista de esquerda. Sempre preocupado com a ralé.
- Dane é um de nós. - Coltrane disse, vendo o homem andar ao redor do trono de prata, bebendo, enquanto a música alternativa surrava o ouvido de todos no ambiente de meia luz. - Submeter um homem não tem haver com humilhar ele e nem machucar.
- Não tenho culpa se sou grande. - Brincou, rindo alto, derrubando bebida.
- Seus excessos estão saindo dos limites, Alexander! - Coltrane se aproximou e bateu a mão na mesa de madeira, chamando a atenção de meia dúzia de pessoas mais atentas ao movimento dos nobres.
- E o que você vai fazer? - Quis saber, pois sabia que Coltrane não lutaria com ele. Coltrane era passional, mas nunca trocaria o trono de ouro pelo de prata e por isso, quando Coltrane o olhou sério, mas não deu outro passo, ele riu. - Foi o que eu pensei... - Deu de ombros rindo. - Você não é diferente de toda essa ralé de lobos que sonha em um dia estar nos nosso pés... e não vale o trono de ouro...
- Talvez queira tirar ele de mim. - Coltrane perguntou no ar, fechando a mão em um punho. - Ou talvez eu deva te submeter....
- Aqui estou. - Ele estufou o peito, abrindo os braços, em cruz no ar. - Venha. Submeta-me, aqui mesmo, na frente de toda ralé que está nessa festa... na frente da minha mulher.
Coltrane viu a mulher loira, sentada com cara de assustada, mas não disse nada, deu um passo para trás, irritado e pensando na consequência de seus atos.
- Foi o que pensei. - Ele riu. - Ninguém aqui me desafia! - Gritou como um gorila, fazendo quase toda festa olhar para ele. - NINGUÉM AQUI OUSA QUERER MEU LUGAR! VOCÊS SÃO TODOS MEUS! OU ALGUÉM, COMO ELE, ACHA QUE PODE COMIGO? Se alguém neste salão, achar que pode comigo, que venha, venha tentar ser o lobo de prata!
A chamada para o desafio sempre era vazia, pensou Alexander, convencido de si. Quem ousaria com um homem daquele tamanho... quem....
- Talvez eu deva tentar!
A voz forte, mas muito feminina veio do meio do salão. Uma voz alta, divertida e leve. Todos começaram a procurar a voz, inclusive Coltrane.
- Quem disse isso? - Alexander quis saber, preocupado.
- Eu.
Uma mulher de cabelos castanhos, olhar leve e corpo magro deu alguns passos para frente. Ela usava um casaquinho sem mangas de pele, uma blusa branca e calças jeans, leves demais. Alexander riu, e Coltrane deu um passo para trás, um tanto chocado.
- Como é seu nome? - Alexander deu um sorrisinho quando a mulher se meteu no meio das pessoas, para vir na frente do salão de pedra.
- Blake.
- Blake. - O homem de prata concordou no ar. - Você não é uma nobre, não é, Blake?
- Não. - Ela concordou, colocando as mãos no bolso, com seus dentes brancos e olhar meio policial. - Nasci na vila dos lobos, em Londres.
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O Castelo de Bronze
ChickLitBDSM MAIS DO QUE PREMIADO! 1° lugar em fetish! 2° lugar em spanking! Dane é um solitário que vive em um mundo estranho mesmo dentro do mundo humano e aprecia sua posição de poder. Possessivo e com um leve tom de predador, ele vê-se um belo oportunis...