A beta

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Coltrane olhava para Dane dormindo na cama, vestido e limpo e não conseguia evitar o balanço dos pés enquanto procurava se acalmar. Ele detestava limpar a bagunça de Alexander e tinha planos de ir até lá - não que pudesse fazer muita coisa, pensou ele, afinal, apesar de já ter submetido Alexander, não era o estilo dele. Ele era o senhor de ouro e não podia lutar com Alexander - somente Alexander poderia o desafiar, se desejasse. E muito embora Coltrane odiasse aquilo, ele ainda tinha regras para obedecer. 

Cruzou os braços no peito e avaliou o que podia fazer - talvez uma bronca. Talvez... Ora. Ele sabia que não seria nem de longe o suficiente para Alexander, mas talvez não considerava a ideia de palmadas de pai mais. A verdade é que ele estava com uma mão amarrada nas costas, mas podia pelo menos demonstrar sua insatisfação - ao mesmo isso. 

Ele ouviu passos ali, atrás dele e quando olhou, viu o rosto de Nicolette com lágrimas ali, logo atrás dos olhos. Um sorriso nervoso de quem precisava de um certo consolo e mãos que simplesmente não tinham onde ficar mais. 

- Como ele está? - Perguntou ajeitando o vestido rosado de malha no corpo. 

- Cansado. Quase tanto quanto eu, imagino. - Brincou. - Ele vai ficar bem. 

Nicolette olhou fundo nos olhos dele, querendo falar algo, mas engoliu as palavras no momento em que elas lhe subiram amargas pela garganta, cruzando os braços no peito, como Coltrane. 

- Eu sei que nosso mundo é confuso. - Ele compreendeu. 

- Eu não quero ouvir desculpas. Não agora. - Ela determinou. - De que tipo de cuidados dele precisa? - Falou mais determinada.

- Um ou dois dias de cama, algum auxílio no banho. Remédios para dor se incomodar demais. E sinceramente, você. 

- Eu. - Ela riu, dando de ombros. - O que eu sou aqui? Eu não sou um lobo, estou longe disso. - Confessou. - Não compreendo seus meios e certamente não vou brigar por eles.

- Não por eles, por Dane. - Coltrane falou soltando os braços. - Você não precisa entender nada, além dele e algo me diz, Nick, que você entende. 

- Ele é um orgulhoso que pensa demais com a porra do pinto. - Bufou, colocando a mão na testa, onde uma dor de cabeça se instalava. - E eu o amo. Merda. Eu o amo. Quando o vi jogado no chão e todo aquele... sangue....eu só queria....

Coltrane sorriu de leve vendo que lágrimas finalmente rompiam de novo dela. 

- Vem aqui. - Coltrane abriu os braços para ela. - Vem...

- Eu quero ir lá e fazer ele engolir as bolas dele. - Falou Nick indo até Coltrane e encostando a cabeça no peito dele, deixando-se ser envolvida por um abraço. - Me diga que posso.

- Poder pode, mas eu não recomendo. - Falou a embalando. 

- Coltrane. - A voz de Dane cortou o quarto, com uma certa força já se apresentando ali. - Pode por favor fazer o favor de soltar a minha futura loba?

- Oh! - Coltrane riu, soltando Nicolette e vendo que ela limpava o rosto depressa. - Eu já soltei!

- Por quê diabos você está chorando? - Dane quis saber, apoiando o peso do corpo nos braços. 

- Porque você é um idiota. - Nicolette falou com raiva, limpando o rosto com força. 

- Eu temo que chorar por isso não vai fazer ele ser menos idiota do que é. - Brincou Coltrane. - Dane, me chame se precisar de algo. 

- Sim, senhor. - Dane concordou. 

- Eu preciso ir agora, tenho assuntos para resolver. - Suspirou e virou-se para Nicolette. - Chame se ele precisar de algo. - Repetiu a ordem. 

O Castelo de BronzeOnde histórias criam vida. Descubra agora