Negócios arriscados

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- É impossível conseguir caminhões para tudo isso até o dia 2. - Avaliou Nicolette passando as mãos pelos cabelos molhados. O fato de que ela usava um blusão de Dane e tinha as coxas nuas e de que estava sentada em cima da mesa do escritório de Dane era surrealmente sexy. 

Na verdade, a visão só era melhorada porque Rhett estava só de calças de moletom, anotando com calma algumas coisas em um enorme livro de registros e Loryn, sexy demais, sentava no chão com um óculos estilo secretária e usava uma blusa de botões masculina quase aberta demais nos seios - e nada demais. 

- Não conseguimos dividir tudo entre o dia 30 e o 2? - Perguntou Loryn - Posso tentar um frete se dividirmos a carga. 

- Você não vai conseguir tantos caminhões disponíveis esta época do ano. - Nicolette respirou irritada. 

- Não podemos perder os prazos. - Dane considerou, virando na boca um um pouco de ar, e caminhando pelo escritório enquanto tinha nas mãos uma prancheta cheia de dados. Ele ganhava dinheiro administrando, como uma espécie de síndico, todos os grupos de lobos, então, ele não podia falhar. Não quando Alexander era seu superior imediato. - Temos famílias que dependem disso. 

- E se alugarmos caminhões comuns? - Rhett considerou.

- Não podemos fazer isso. As leis de sanitarismo não permitiram. - Nicolette rebateu. - Pelo menos 50% desse carregamento vai chegar atrasado se não conseguirmos um espaço nessa agenda. O desconto eu garanto. 

- Eu vou ver o que posso fazer a respeito do deslocamento. - Loryn olhou para Dane nos olhos. - Tenho alguns favores pendentes, talvez seja hora de cobrar eles. 

- Nicolette. - Dane olhou para a mulher sentada em cima da sua mesa. - E se nós...

- Você quer mais do que o normal, eu não tinha me planejado para isso. Pode adicionar isso no seu memorando, Dane, sabe que é impossível conseguir um frete legal à tempo.

- E um ilegal? - Sugeriu.

- Eu não faço coisas ilegais. - Rebateu Nicolette. 

- Você deve ter caminhões de transporte no abatedouro. 

- Alguns, que estão sendo usados.

- São seus.

- Não são o que você precisa e sabe disso...

- Se for o único caminho... - Ele insistiu.

- Eu não vou por minha carne em um caminhão não autorizado. Eu posso concordar com você em muita coisa, Dane, mas não force. Esse é meu nome. O nome da minha família. - Ela disse dura. 

Dane viu que enquanto eles trocavam as palavras, o clima ficou tenso, mas ele sabia bem o que atrasar o carregamento ou não conseguir o preço certo significaria para ele. Ele conhecia Alexander o suficiente para saber que havia uma cobrança em seus ombros. Porém, ele compreendia o peso do nome de uma família e ele não poderia pedir um preço tão alto de Nick. 

Concordou com a cabeça no ar, de leve e então olhou para Loryn.

- Peça os favores que te devem. Veja o que consegue. - Ordenou.

- Sim, Dane.

- Rhett... faça acontecer. Providencie o que Loryn quiser. 

- Certo. - Ele concordou.

- Nick... - Dane a olhou em cima da mesa e esticou a mão no ar. - Venha comigo.

- Onde vamos? - Perguntou. - Eu tenho que...

- Vamos. 

Nicolette levantou-se e foi com ele, seguindo-o para fora do escritório, sem entender para onde Dane pretendia ir. Porém, quando eles saíram dali e chegaram perto da sala, Dane virou-se para ela e sorriu.

O Castelo de BronzeOnde histórias criam vida. Descubra agora