Um caso de amor

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- E logo que ele veio pra cima de mim, nossa, foi absolutamente horrível! - Ela riu, tomando mais um gole da bebida.

Os dois agora estavam sentados no chão, no meio de almofadas, e tinham compartilhado boas risadas e um copo de bebida. Era quase pessoal demais, pensou Blake, mas ela entendia o tipo de pessoa que queria ser ali. Ela não seria apenas uma líder, mas também uma companheira. Alguém que Dane poderia contar. Isso tinha que ir além de sexo e de submissão. Qualquer idiota poderia submeter alguém.

- Eu acho que você tem bolas, menina. - Dane disse, mais solto. - Mais do que Alexander, e eu adoraria ter visto da cena.

- Eu honestamente espero não repetir a dose. - Blake disse compartilhando a preocupação. - Sendo líder de prata, imagino que um dia vou ser desafiada de novo.

- Não acho que isso vá ser frequente. Quer dizer, veja Coltrane. Ele está no ouro desde que se entende por gente, e eu no bronze. Há tradição nas casas.

- Eu não sou uma tradição, Dane. - Lembrou Blake o olhando com atenção agora. - Não tenho sangue azul. Nunca tinha visto esse tipo de riqueza até entrar no quarto de prata a primeira vez. Gente como eu, não tem esse tipo de perspectiva.

- Bom, agora tem. - Ele sorriu, gracioso. - Graças a voce, todas as meninas na vila dos lobos vai crescer imaginando ser a grande Blake, quando crescerem.

Blake imaginou a cena e sentiu-se orgulhosa. Sentiu-se acolhida por Dane, reconhecida. Viu um tipo de amor ali, ela sabia que não era romântico, mas algo que ela podia cultivar e apreciar. Ela queria isso, especialmente com ele.

- Esta assustado? - Quis saber ela. - Com Loryn.

- Eu acho que será uma mudança. Grande. Estou feliz... apavorado. - Ele confessou soltando os ombros com uma risada. - Não por mim, por ela.

- Você é muito generoso com ela.

- Eu amo ela mais do que consigo admitir pra mim mesmo. - Confessou feito um bobo. - Amo todos os três. Como se minha vida dependesse disso.

- Acho que depende. Quando se ama alguem tanto assim. - Ela concordou, colocando o copo de bebida no chão, perto dela, e comecou a engatinhar de maneira acolhedora até Dane.

Dane observou a mulher, um tanto mortificado e assustado, mas quando ela parou, de gatinhas na frente dele e deu-lhe um beijo inocente e gentil no nariz, ele se sentiu constrangido.

- Está com medo? - Ela levantou uma sobrancelha para ele, tentando parecer casual.

- Não sei se medo seria a palavra certa, Blake.

- Eu não vou lhe machucar, eu prometo. - Ela disse levando uma mão do chão até a face dele e o acariciando de leve.

- Blake... - Dane tentou ser gentil, segurou a mão de Blake e deu-lhe um beijo na palma, com o coração já na boca de nervoso.

- Só... deixe. - Ela pediu, soltando a propria mão e a levando para o peito dele. - Deixe eu te mostrar quem sou, e que pode ser diferente.

- Eu sou homem, Blake. - Ele explicou, sabendo que isso não era exatamente um argumento.

- Não vou te fazer menos homem. - Prometeu empurrando ele de leve contra o chão. - Assim como Coltrane não me fez menos mulher.

- Ele não lhe comeu... comeu? - Perguntou curioso conforme deitava no chão, sob as almofadas espalhadas.

- Não. - Ela riu dando de ombros. - Não acho que seja o jeito dele, de toda forma, mas me viu nua. Ele age como uma pai, eu acho.

- Blake... escute...

O Castelo de BronzeOnde histórias criam vida. Descubra agora