A prata e o ouro

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O quarto tinha um glamour que Blake nunca tinha visto antes. Havia seda, tecidos de veludo vermelho e tudo do bom e do melhor. Coisas que ela nunca tivera. Ela entrou primeiro no quarto medieval, maravilhada pela decoração e entrou olhando para cima, pro teto de pedra, e os quadros lindos e que deveriam estar em um museu.

- Nossa. - Ela sorriu.

- Tem suas vantagens, não é mesmo? - Ele sorriu, vendo ela rodar pelo quarto e encostou a porta, para lhes dar privacidade. - Devo te dizer que foi tremendamente burro o que você fez... - Falou sério. - Ele poderia ter te machucado muito mais e lhe estuprado....

- Bom, eu... - Ela olhou para Coltrane, com um certo medo, pois ele era o líder de ouro e ela sabia as regras que vinham com isso.

- Mas eu também fico tremendamente feliz que tenha ganhado, Blake. - Sorriu para relaxar o clima. - Já estava na hora de um ar feminino entre nós.

- Obrigada. - Ela suspirou aliviada. - Não vai transar comigo, não é?

- Bom, você é uma mulher bonita, mas eu acho que prefiro guardar meu vigor para minha matilha. - Brincou e apontou para a cama coberta com um pesado cobertor vermelho. - Sente-se ali. Vou dar uma olhada nos seus ferimentos.

- Meus... - Blake não compreendeu por um momento, mas quando percebeu, ela sorriu, sem jeito. - Eu não estou tão machucada assim, mesmo.

- Sua boca precisa de alguns pontos no lábio, seu punho está ficando roxo e seu seio está sangrando, e desconfio que bateu o quadril quando caiu no chão. Não está doendo agora, mas vai doer, mais tarde. - Prometeu ele, sabiamente.

- Oh, isso com certeza.

Blake queria falar algo mais, mas a adrenalina estava baixando e tudo estava começando a doer. Ela foi até a cama, sentou-se e apreciou a maciez ali. Suspirou, e viu Coltrane andar até a cômoda do quarto, abrindo algumas gavetas.

- Obrigada pela ajuda. Não achei que você, sendo que é...

- Até eu tenho minhas preferências, querida. - Ele disse, sorrindo por cima do ombro para ela e pegando tudo que precisava para cuidar dela. - Você é tímida, Blake?

- Não muito. - Ela franziu a testa, preocupada.

- Não vou... - Prometeu, lendo os pensamentos dela sobre sexo. - Eu te prometi e não vou.

- Ok, desculpe. - Blake riu de si mesma, dando de ombros. - A experiência de Alexander não foi boa, em muitos sentidos, para muitos da comunidade.

- Entre os castelos também não. - Disse, sem pensar, sabendo que uma hora teria que falar sobre Dane para Blake. - Tire a roupa, querida. Toda.

A menina ficou, de repente, muito vermelha. E não teve como não rir da reação dela. Primeiro, porque Blake parecia uma loba, nascida e criada na vila, segundo, porque Coltrane sabia que parte disso tinha haver com a posição de autoridade que ele tinha sob ela agora.

- Vou te ver nua mais vezes do que vai poder contar, lindinha, não se preocupe com isso.

- Eu realmente consigo me cuidar sozinha... - Ela declarou, estalando a língua no céu da boca.

- Uhum... - Ele concordou. - Roupa. Agora. - Ordenou. - Não me faça tirar para você.

Contrariada, mas entendendo os papéis, Blake começou a tirar o casaquinho, sem vontade alguma. Com as bochechas vermelhas, ela olhava para baixo. Puxou a camisa branca, por cima da cabeça. Seu sutiã creme, manchado de sangue, apareceu. Era um sutiã simples, que escondiam seios moderados e Coltrane sorriu para isso quando se voltou para ela.

O Castelo de BronzeOnde histórias criam vida. Descubra agora