12 • Armadilhas.

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O passado trás à tona assuntos inacabados

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O passado trás à tona assuntos inacabados.

Foi em meio aos aplausos e brindes que Kênia sentiu à aproximação de alguém. Ela olhou para o lado, constatando o que já sabia, franziu o cenho e ergueu uma das sobrancelhas em sinal de desconfiança. A pequena mulher de cabelos castanho, preso em um rabo de cavalo, carregava consigo uma das bandejas de alumínios da qual os garçons usavam para levar petiscos, champanhes, uísques e vinhos italianos.

Analisou a mulher de forma crítica, como se sua presença fosse insignificante. Kênia muita das vezes era uma megera, um tanto arrogante e prepotente. Uma versão masculina de Rico. Não era por mal, apenas fora criada dessa forma. Durante toda sua vida, principalmente na infância, precisou agir de tal forma para sobreviver.

— O que você quer? — questionou, desconfiada.

A mulher olhou para todos os lados, parecendo receosa com algo. Por fim suspirou e tirou algo do bolso da calça social feminina.

— Me pediram para entregar isso à Srta. — informou meio relutante. Um peso mexicano lhe causou arrepios, ela recuou um passo para trás, tão assustada quanto surpresa.

Aquela moeda não deveria estar na Itália.

— O que significa isso? — perguntou rapidamente, olhando ao redor, verificando se estava sendo observada. A mulher em sua frente engoliu em seco, nitidamente amedrontada.

— Não sei, Srta. Apenas pediram que eu lhe entregasse e informasse que deve ir ao primeiro banheiro no segundo corredor a direita. — informou de forma rápida.

Kênia tornou a verificar a moeda, temendo que aquele objeto fosse uma armadilha, mas desejando que não.

— Quem te pediu isso? — indagou enquanto pegava a pequena moeda mexicana. O significado dela para Kênia era maior que o valor que possuía.

— Um homem. Não sei Srta. Com lincença. — murmurou antes de sair sentido contrário à festa.

Kênia persistiu alguns segundos encarando aquela moeda. Se ela significasse o que estava pensando, então estaria a salva de Rico e de todos aqueles abutres. Imediatamente tratou de esconder a moeda entre o bojo do vestido e o seio, não poderia deixar que ninguém a visse. Ela olhou ao redor a procura de Petrus, ou Rico. Os dois pareciam entretidos conversando com duas mulheres.

Ela não deixou de revirar os olhos.

Petrus acabou que esquecendo da água de Kênia ao encontrar com sua ex namorada e a irmã. Rico tentava prestar atenção na conversa dos três mas seus pensamentos estavam distantes, só tinha cabeça para pensar nos problemas que enfrentaria nos próximos dias caso seu plano não desse certo. Havia feito cada calculo, projetado cada saída e imaginado todas as formas de diferentes níveis que pudesse prejudicar o plano.

Nada.

Plano perfeito.

Vitoria garantida.

— O que acha, Rico? Las Vegas? — sugeriu Dália, empolgada. — Hoje! Las Vejas, hoje! Preciso de férias.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora