14 • Destinos cruzados.

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No amanhecer, quando os primeiros raios solares invadiram o quarto, despertando Kênia, ela forçou-se à levantar, o corpo protestando contra seu mecanismo de defesa

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No amanhecer, quando os primeiros raios solares invadiram o quarto, despertando Kênia, ela forçou-se à levantar, o corpo protestando contra seu mecanismo de defesa. Teimosa como sempre, o ignorou e saltou para fora da cama. Lembrou-se da noite passada quando despejou toda sua fúria por Kai, em Rico. Se bem que já nem conseguia distinguir a quem era distribuído seu ódio. 

Kênia notou a presença da governanta, a mesma estava na soleira da porta do closet, carregava várias mudas de roupas, ia de um lado para o outro.

— O que está fazendo? — perguntou-lhe com a voz grogue. Nana a olhou, surpresa.

— Oh! Acordei você? Me desculpa, Srta. Não foi minha intenção.

Sorrateiramente Kênia sentou-se na beirada da cama, apoiando ambas as mãos nos joelhos.

— Tudo bem... Que horas tem?

— Deve ser por volta das 9 horas. Sr. Rico pediu para que eu lhe deixasse dormir à vontade. — informou, cautelosa. Ela tirava roupas de umas sacolas de grifes e guardava nos compartimentos dentro do closet. — Ele pediu para que eu lhe avisasse que assim que acordasse, tomasse um banho que ele irá levá-la em um lugar.

Kênia ergueu a cabeça, erguendo seu olhar até ela. Não emitiu expressão. Cansada, exausta, confusa...

— Ele não disse onde?

Nana deixou uma das sacolas de lado para olhar Kênia. Estava impecável em seu terninho, cabelos presos no coque bem feito, e uma maquiagem básica para disfarçar noites mal dormidas.

— Sr. Rico não é o tipo de padrão que nos diz para aonde vai. — informou. Ela sorriu, pensativa. — Mas também isso não é da minha conta. Ele mandou comprar roupas para você; estou organizando nessa parte do closet que ele pediu para separar especialmente pra você.

Foi em meio aquilo que Kênia percebeu a seriedade nos planos de Rico. Ela não tinha aceitado se casar com ele, nem ao menos se conformou em estar ali, e ele... agia como se já tivesse vencido. Como se ela não tivesse outra saída.

Rico Borelli já tinha tudo arquitetado no momento em que pôs os pés no galpão. Kênia logo descobriria isso.

— Poderia me ajudar? Estou me sentindo indisposta. — murmurou, baixo. Suas costas doíam. Nana caminhou até ela.

— Gostaria que eu lhe fizesse uma massagem? Não sou uma profissional, mas... posso dar um jeitinho.

Kênia assentiu, sem hesitar. Bem que precisava de uma boa massagem.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora