11 • O grande Rico Borelli.

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O helicóptero sobrevoou áreas verdes, o mar e a cidade de Las spezia

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O helicóptero sobrevoou áreas verdes, o mar e a cidade de Las spezia. Rico pilotava com uma habilidade encantadora, do mesmo modo que controlou a M134 minigun. Kênia questionou-se se existia algo em que ele não fosse irritantemente bom.

— Já estamos chegando. — avisou, um pouco mais alto que o normal por conta do som estridente que o helicóptero causava. Ela assentiu, e varreu os olhos por onde passavam.

Nunca teve a chance de vislumbrar um pouco da Itália, ainda mais vista de cima. Não podia negar que era deslumbrante, principalmente as luzes reluzentes que davam vida aquela pequena cidade.

Ainda estava surpresa por estar em um helicóptero com Rico a caminho de algum lugar que ele fazia questão de manter sigilo. Indignada. Chocada. Perplexa. Adjetivos que resumia seu estado mental.

Kênia semicerrou os olhos ao notar o lugar que Rico os levava. Uma mansão. Uma grande mansão em um penhasco, logo abaixo o mar aberto com gigantes ondas que se chovava ferozmente com as rochas submersas. A cada minuto que Rico os aproximava daquele penhasco uma sensação ruim tomava conta de Kênia. Seus batimentos cardíacos tornaram-se fora de ordem. Se existisse uma ordem.

O som estridente e agonizante das paletas foram cessando, tornando-se escassas conforme iam pousando sobre um campo sintético. Ela fechou os olhos, os pressionou com força total.

— Não gosta de voar? — ouviu a voz calma de Rico um pouco mais alta. Só então abriu os olhos e se deu conta de que já tinham pousado.

— Na verdade, eu amo voar. Mas não com um louco ao meu lado. — alfinetou. — Obrigada por estragar essa experiência.

Ela estava nervosa, e não queria demonstrar isso. Qualquer sinal de fraqueza vinda da sua parte poderia causar um xeque-mate no jogo, e Kênia não estava pronta para perder. Nunca esteve.

Ele riu com sarcasmo.

— Agradeço o elogio, mas não é comigo que terá de se preocupar a partir de agora. — murmurou entre uma piscadela.

Rico mal deu tempo para ela protestar. As portas se abriram e com toda a pressa ele desceu. Um de seus homens se ofereceu para ajudá-la à descer, mas Kênia recusou assim como recusaria tudo que viesse de um italiano.

Ainda de dentro do helicóptero, algo no céu lhe chamou atenção. Ela franziu o cenho, tão confusa quanto surpresa.

— O que são todos esses drones? — perguntou, um pouco mais alto. Ela o olhou por cima do ombro, enraivecida com o sorriso maroto que ele exibia.

— Segurança.

— E pra quê tanta segurança?

Deu de ombros enquanto se afastava.

— Você já vai descobrir.

Kênia não compreendeu de primeira, mas assim que colocou os pés no solo permitiu-se examinar o local aonde estavam. Seu coração falhou umas batidas. Um embrulho na boca do estômago causou-lhe ânsia.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora