25 • Assalto.

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Um universo está um caos porque ninguém se ajuda

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Um universo está um caos porque ninguém se ajuda. Rico arrastava Kênia para fora do prédio, a levava para o estacionamento subterrâneo onde seus homens os esperavam. Pelo olhar periférico notou as caretas de dor que ela esboçava cada vez que aumentava a velocidade e a intensidade dos passos. O longo vestido tornou-se um empecilho.

— Acha que consegue? — perguntou durante o caminho. Os dois adentraram no elevador que dava acesso ao estacionamento.

Kênia disfarçava bem, a máscara de mulher maravilha que usava poderia enganar qualquer um, menos Rico. O franzir constante do cenho expressava dor.

— Depende do que vamos enfrentar.

Ele a olhou por cima do ombro com um sorriso ladino nos lábios.

— Já foi perseguida pela S.W.A.T? 

— Está brincando, não é? — indagou, desacreditada. Ele sorriu enquanto saíam do elevador. De longe avistaram os lobos ao lado de dois SUVs, todos armados com metralhadoras e fuzis, vestidos com roupas pretas e coletes. A balaclava escondia seus rostos.

— Eu nunca brinco, mia bella.

Os dois seguiram em silêncio até os carros, onde foram recepcionados pelos homens de Rico. Donatelo, o comandante de segurança, aproximou-se do chefe. Era um homem alto, moreno e bastante avantajado quanto aos músculos. O semblante sério, tão calculista quanto Borelli.

— Senhor, está tudo pronto. — avisou. Seu tom de voz era bem agudo. Kênia os examinava de canto de olho.

— Todos à postos?

O homem lançou um breve olhar para Kênia.

— Só estamos a espera das suas ordens.

Rico abriu o porta-malas de um dos carros, revelando o estoque de armas: Mpk, rifles g3, aparelhos eletrônicos, bolsas. Kênia entreabriu os lábios.

— Armas militares? Sério? Me diz que isso não vai ser uma carnificina, Borelli! — murmurou com os olhos cravados na Mpk.

Ele suspirou enquanto retirava algumas e as entregava aos seus homens, que guardavam no outro SUVs.

— Isso não vai ser uma carnificina. — repetiu, não muito convincente. Kênia bufou, e ele riu. — Eu tentei. Escuta, hoje vai morrer gente, tragédias vão acontecer e mesmo que eu queira não posso impedir.

Ela engoliu em seco.

— Mas você é Rico Borelli, se não pode com a polícia, então não é tão grande assim, né?

O homem a fitou por longos segundos, o olhar perdido nas íris castanhas, o pensamento distante. Ele estava arriscando muito ao colocá-la naquilo, em seu plano, poderia perder tudo se caso não ocorresse como premeditado.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora