37 • O preço do amor.

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Rico Borelli encarou fixamente o jardim ao lado de fora, o céu nublado, as flores úmidas pela chuva recente

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Rico Borelli encarou fixamente o jardim ao lado de fora, o céu nublado, as flores úmidas pela chuva recente. Sentia-se imponente, fraco, totalmente a mercê dos rivais. A punhalada em suas costas não deveria ter mexido tanto com sua cabeça, porém, a traição dói até mesmo quando se vem do inimigo.

O quarto completamente destruído fora resultado da sua raiva. A frustação fora desferida na parede, machucando seus punhos. Borelli permaneceu trancado no quarto por 48 horas, não viu ou falou com ninguém. Ignorou todas as batidas na porta. Todos os chamados e toques do celular.

Finalmente Kênia havia tirado sua calma, sua paz interior. Ela conseguiu o que tanto almejou sem nem precisar matá-lo.

Foi quando o cômodo foi invadido, ele não virou-se para ver quem adentrava, não importava.

A fragrância feminina inundou suas narinas. Suspirou, prevendo o sermão que receberia.

— Lembra quando fomos há Mônaco e você me falou que o dia que eu te visse devastado eu deveria te socar? — indagou retoricamente. Kelly se colocou na frente de Rico, o analisando. As sobrancelhas levemente arqueadas. — Eu estaria ultrapassando os limites se fizesse isso agora?

Ele não emitiu reação.

— Não quero conversar, Kelly.

Ela forçou um sorriso.

— E o que quer? Continuar trancado aqui? Ignorando os problemas? — Kelly olhou ao redor, o quarto destruído. — Esse não é o Rico Borelli que conheço.

— Você não me conhece de verdade. — replicou, frio.

— Está enganado! Te conheço bem o suficiente para saber que não quer ficar só. Apenas está com medo de que te vejam vulnerável, de que saibam que uma mulher te machucou. — proferiu, recebendo um olhar indiferente. Kelly continuou. — Sei como está se sentindo porque já passei por Isso. Se isolar não vai resolver.

— E o que vai resolver, Kelly? Me diz!

Ela deu de ombros, pensativa. Não dormia há dois dias, estava em uma busca incansável por Kai. Petrus colocou todos para rastreá-lo, estavam usando todos os recursos e contatos por todo o país.

— Como o chefe tem que se posicionar e dar ordens, mas como homem, precisa dar um tempo e se recuperar. — aconselhou. — Não é fácil se erguer depois de uma queda tão brusca.

Rico sorriu com o humor negro.

— Eu sou o grande Rico Borelli! — vangloriou-se. — Nada é capaz de me derrubar.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora