31 • México.

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Quando Anelise finalmente abriu os olhos após longas horas de sono, notou de imediato a mudança no cômodo

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Quando Anelise finalmente abriu os olhos após longas horas de sono, notou de imediato a mudança no cômodo. Não reconheceu o quarto em que estava, muito menos a cama. O ar mais quente, paredes mais densas, clima mais caloroso... Algo estava errado.

Juntou as sobrancelhas em uma reação confusa.

— Você acordou.

Girou a cabeça para o lado, encontrando o mar de olhos castanhos, o cabelo sedoso, solto, batia sobre os ombros. A fragrância masculina impregnou em suas narinas.

— Se eu não estava morta, certamente acordaria algum dia. — brincou ao sentar na cama. — Decepcionado?

Negou seriamente.

— Longe disso.

Anelise olhou ao redor, reparando nos balões e flores sobre prateleiras presas em ambas paredes do cômodo bem decorado.

— Mas que...

André riu.

— Kelly insistiu para que Rico trouxesse esses trecos pra cá. Eu disse que você não ia dar a mínima, mas ele não costuma nos ouvir muito. — declarou, e deu de ombros. — Kiara e Heron escolheram pessoalmente os balões coloridos.

Ela assentiu ainda confusa com os últimos acontecimentos.

— Onde estamos? — franziu o cenho, tentando pôr a cabeça pra funcionar. — Me lembro de ir ao banheiro e então uma pontada no pescoço... Acordar em um lugar estranho e cheio de homens armados... Depois Kênia... — Anelise estreitou os olhos, temerosa. — Onde está a Kênia?

— Está bem. Vai ficar bem... eu acho.

— Você acha? O que aconteceu?

André desviou o olhar para a parede oposta, visivelmente desconfortável em falar sobre ela.

— Depois que encontramos você ela meio que se fechou. Não fala com ninguém, muito menos com Rico. Por incrível que possa parecer ela só existe. — murmurou entre um riso abafado.

— Preciso falar com ela. Agora. — disparou ao se colocar de pé em um sobressalto, uma forte pontada lhe atingiu à cabeça, forçando-a a sentar novamente na cama, indisposta a continuar com seus planos. — Minha cabeça dói.

Sentiu a mão cálida de André pousar em suas costas.

— Vou buscar um remédio pra você. — informou, fechando um livro, que Anelise só reparou naquele momento. — Aliás, estamos no México.

— México?

Assentiu.

— Temos negócios a tratar aqui, ficaremos alguns dias. Kiara e Heron chegaram pela parte da manhã, estão na piscina. — explicou pacientemente. Anelise focou a atenção no livro entre as mãos de André.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora