47 • Duas direções; duas vidas.

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A busca extensiva e exaustiva por André durou por mais de duas horas e meia

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A busca extensiva e exaustiva por André durou por mais de duas horas e meia. O dia havia amanhecido quando Rico reuniu-se com seus homens em frente a sua casa. Haviam vasculhado toda a área, varrido a cidade, cada esquina e possível esconderijo. Não entendiam como André sumiu sem quem ninguém percebesse.

Os ombros baixos e pálpebras caídas demonstrava o cansado de todos.

Petrus e Kelly saíram para encontrar com alguns aliados que trabalhariam na procura de André. Darla ficou para dar apoio e impedir que Rico cometesse alguma loucura que pudesse lhes colocar em mais apuros.

A sensação constante de que perderiam algo valioso estava presente.

— Quero saber como ninguém nessa merda não viu a hora que ele saiu! — gritou, exasperado. Seus homens se entreolharam, calados, temerosos. Érico se colocou a frente deles. Como o chefe de segurança, devia se responsabilizar por cada ato.

— Não esperávamos que pudesse acontecer algo assim. — os defendeu. — E chefe, você não falou nada sobre ficar de olho em nós mesmos. Não tinha como sabermos.

— Isso deveria ser óbvio! — rosnou, trincando o maxilar. Fechou os olhos e respirou fundo, passou as mãos pelos cabelos em sinal de frustração. — É bom que ele esteja bem... porque dou minha palavra que se algo acontecer com ele, é você que irá pagar. Para teu próprio bem estar, é bom que o encontre.

Érico assentiu, ciente das consequências.

— Vamos achá-lo.

— É bom mesmo.

Érico deu ordens para se espalharem e continuarem com as buscas. Rico adentrou na mansão e caminhou até a sala de estar onde Magnólia se encontrava, revisando o prontuário médico que havia feito especialmente para Kênia.

Jogou-se em um dos sofás com o corpo pesado. Não havia pregado os olhos por toda a noite e isso lhe resultará em uma exaustão tanto emocional como física. O corpo relutava, os hematomas e dores musculares dificultava seus movimentos.

— Você está bem? — ouviu a voz suave de Magnólia.

Ele apertou os olhos.

— Pareço bem?

— Comeu algo? Está pálido. — analisou, preocupada. — Não poderá ajudar ninguém se não conseguir ficar em pé. Vou pedir para que Nana providencie um café reforçado. Também ainda não comi nada desde ontem. Não tive tempo. A casa anda agitada e...

Antes que Magnólia concluísse a frase, um dos enfermeiros adentrou no cômodo correndo, ofegante e de olhos arregalados.

— Senhora! Temos um problema! Ela está tendo outra parada cardíaca.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora