36 • Matar ou morrer?

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04:30 horas da manhã e André Forastieri, junto com Kelly, interrogavam um dos capangas de Kai que conseguiram capturar durante o ataque

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04:30 horas da manhã e André Forastieri, junto com Kelly, interrogavam um dos capangas de Kai que conseguiram capturar durante o ataque. Nem precisaram de muitos esforços para que o fizessem soltar tudo o que sabia, André também não estava com paciência para arrancar confissão de ninguém.

Após muitas perguntas e respostas inúteis, André resolveu ir por outro caminho e perguntar sobre Kênia, jogou verde e o instigou a falar tudo o que sabia sobre ela, ele só não fazia ideia de que a verdade poderia causar um estrago ainda pior do que a mentira.

Ele iria aprender que segredos do passado não devem retornar jamais.

— Do que é que está falando?

O garoto separou os lábios em um sorriso ladino, as respostas pareciam planejadas e respondidas de forma perfeita, como se já tivesse previsto aquele momento.

— Pense, realmente não vê a semelhança? Olhe nos olhos dela, o jeito como se porta e segura a arma. — semicerrou os olhos. — Kênia Martino, é na verdade, a herdeira de El Diablo. Da tão famosa família Martín.

Automaticamente André soltou uma risada, fazendo com que todos ao redor o acompanhassem. Kelly foi a única que chocou-se com a informação, aparentemente temerosa. Caso fosse verdade, tudo poderia mudar.

Há muitos anos uma família foi exonerada pelos Borelli, El Diablo era o verdadeiro diabo, um homem horrendo que gostava de praticar atividades um tanto escrupulosas. Ele ficou conhecido por traficar mulheres e vendê-las como prostitutas, sua esposa era ainda pior, nenhum dos dois valia algo.

— Impossível. Todos estão mortos. — afirmou, convicto. André tinha absoluta certeza da morte deles, viu os corpos pessoalmente.

O homem respirou calmamente, olhando fixamente para Kelly.

— Menos um... ou melhor, uma. — murmurou inexpressivamente. — Ela sobreviveu pra contar a história, imagina as coisas horríveis que a fizeram no dia em que Kovak mandou matarem a família dela. — gargalhou sadicamente, jogando a cabeça para trás. Olhos esbugalhados de ódio. — A espancaram várias vezes seguida, bateram tanto nela que a mesma tornou-se irreconhecível. 17 anos. Ela só tinha 17 anos quando tudo aconteceu.

Em um movimento rápido, André pressionou seus dedos em volta do pescoço do homem, tomado por um sentimento sombrio, algo que o fez temer a si mesmo. Ninguém ficou entre eles, apenas observaram, pensativos nas palavras do homem, buscando recordar essa época e tentando encontrar alguma ligação com Kênia Martino.

— Cala a boca seu maldito! — gritou exasperado, ofegante e sem coragem para continuar ouvindo aquele homem. — Está mentindo!

— André... — Kelly tentou intervir, tocando levemente em seu ombro.

Ele riu ainda mais, atiçando a raiva de André.

— Falta a cereja do bolo! Não quer mesmo saber? Se eu fosse você, ouviria... — instigou. Sangue escorria no canto da boca, trilhando um caminho até o queixo quadrado. O rosto inchado por conta da surra que levou de Stefano e Érico poucos minutos antes de o levarem a sede.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora