28 • Ouro e dinheiro.

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Após a transferência de dados que ocorreu dentro da lanchonete, na presença visível da lei, os três homens e as duas mulheres seguiram rumo aos Cadillacs estacionados do outro lado da rua

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Após a transferência de dados que ocorreu dentro da lanchonete, na presença visível da lei, os três homens e as duas mulheres seguiram rumo aos Cadillacs estacionados do outro lado da rua. Rico liberou Érico que havia ficado responsável por ficar em posição de sniper, o mesmo sumiu após ser dispensado. Rico e Kênia seguiram em um dos carros com Donatelo e Stefano. André, Petrus e Kelly seguiram no outro. Iriam fazer a inspeção em um dos cassinos clandestinos que pertencia ao Borelli.

Já dentro do carro, durante o percurso, Kelly resolverá fazer a pergunta entalada na garganta desde que ouviu o nome 'Kênia Martino' e 'K9' numa mesma conversa.

— Posso saber por que vocês estão com a garota do K9?

André tinha os olhos focados no trajeto, controlava o volante com precisão. Petrus no banco do carona, digitava com rapidez no celular.

— Só Rico pode te responder. — Petrus disse, sem tirar a atenção do aparelho.

A mulher suspirou em sinal de frustação. Trabalhava com a máfia a mais de 5 anos, estava à caminho dos 26 anos, era uma mulher nova, mas esperta, conheceu muitos homens perigosos durante os anos. Sua especialização em lavagem de dinheiro lhe rendeu uma atenção especial de Rico Borelli, e quando teve a chance de trabalhar para ele, não recusou.

— Devo me preparar para uma guerra entre a máfia e o cartel?

André soltou uma risada desdenhosa.

— Não temos uma guerra há anos. Não teremos uma agora por conta de mulher. — proferiu. — Rico sabe o que faz. E mesmo, K9 não é suicida, não vai começar uma briga que não pode vencer. Se até Cartellieri mantém a paz, Kai não fará nada.

Ela sorriu, fixando a atenção no caminho.

— Não penso em um motivo melhor. — respondeu-lhe pensativa. — Cartellieri mantém a paz porque o filho ainda é jovem. Mas sabemos que uma será inevitável quando o garoto assumir o comando. Temos nos preparados pra isso há muito tempo.

— Kelly tem razão. Quando Andras estiver numa idade avançada, ele não manterá mais a paz. Nem há razão para isso. — Petrus comentou. Não tinha conhecimento sobre assuntos relacionados a briga entre os Borelli e Cartellieri, ambos se mantiveram em silêncio absoluto, embora soubesse que se odiavam profundamente.

— Me fale mais sobre o apelido do qual chamou Kênia. — André pediu, desviando de assunto. Contrário de Petrus, sabia os motivos pelos quais eram inimigos. — Por que a chamou de Srta. Anjo da morte?

Kelly cruzou o olhar com André pelo retrovisor do carro, o mesmo possuía o cenho franzido, aparentemente desconfiado. Confiava nele, assim como confiava em Petrus e Rico. Era fiel a eles. Sempre fazia tudo para mostrar seu valor e utilidade, e para isso, precisou trair o homem que um dia chegou a amar: Kai Monel.

— Aquela menina tem mais de 200 mortes nas costas. Quando alguém mata tantas pessoas assim, os fantasmas voltam pra assombrar. Mas não é só ela, tem o Kai. Os dois formam uma dupla dinâmica, ele é como se fosse o professor Xavier dentro da mente dela. Ele a controle, André. Vocês precisam tomar cuidado. Kai é manipulador e tem uma arma letal nas mãos. — aconselhou, preocupada. — Sei que o Rico acha que o cartel não tem chance contra a máfia, mas ele não compreende que não é só o K9 que apresenta ameaça.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora