39 • Julgamento.

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Kênia fora escoltada para fora da mansão por quatro seguranças e Petrus

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Kênia fora escoltada para fora da mansão por quatro seguranças e Petrus. A mesma não fez esforço para escapar ou se quer menção de fugir. Parecia absorta, presa em sua própria mente, cada passo dificultoso e pesado. O corpo exausto. Alguns hematomas nos braços e rosto. As algemas em volta dos pulsos deixavam suas impressões aos poucos.

Petrus não fez questão de puxar assunto como costumava fazer, aparentava estar chateado com algo, a ignorando completamente.

— O carro está pronto? — quebrou o silêncio ao chegarem na parte externa da casa. Havia mais dois homens à espera ao lado de uma Mercedes. Um deles apontou para um outro carro.

— Iremos atrás de vocês. — informou, sem espaço para questionamentos. Petrus assentiu entre um suspiro frustrado.

— E André com a Kelly?

Os homens trocaram olhares furtivos.

— Eles já foram.

Petrus tornou a bufar. Não era o tipo de pessoa que perdia a paciência facilmente ou mantinha-se em silêncio por muito tempo, e por conta disso Kênia surpreendeu-se com o fato dele a ignorar por completo. Nem se quer tomou a iniciativa de abrir a porta do carro, apenas adentrou no lado do motorista e esperou que ela fizesse o mesmo.

Imaginava o motivo de tanta frieza, afinal, fazia dias que havia tentado matar Rico Borelli. Para aquela escolha não havia perdão, e ela não queria ser perdoada.

— Será que poderia tirar essas algemas? — ele não respondeu, em vez disso, girou a chave na ignição. Kênia rolou os olhos. — Se vai me ignorar, pelo menos tire isso dos meus pulsos antes. Está machucando.

Petrus riu com sarcasmo.

— Estou chocado por isso fazer você sentir algo.

Kênia semicerrou os olhos, esboçando um semblante irônico.

— Eu sou humana, é claro que sinto algo. Não seja um estúpido. — grunhiu, sem humor. Ela estendeu ambos os braços para ele. — Dá pra tirar?

— Eu não sei, Kênia. Você já provou não ser confiável, e eu não estou afim de ter dor de cabeça. É melhor seguirmos viajem assim. — declarou, sério. Ele deu partida no carro. — Não peça novamente.

— Não acredito que um dia critiquei teu lado divertido. — resmungou enquanto focava o olhar no caminho.

Petrus a ignorou, tornando a manusear o volante, levando a mente para outro lugar. Havia tantos problemas a serem resolvidos que isso acabava afetando seu humor, nem mesmo conseguia agir naturalmente. Ele que sempre foi o mais extrovertido e tranquilo, naquele momento estava sendo tomado pelo estresse. Odiava não ter soluções.

Após uma hora em silêncio entraram numa via deserta, Kênia entrou em alerta, examinando o lugar por onde passavam. Não havia nada além de árvores e o mar. Pensou em perguntar aonde iriam e o que fariam, mas ao notar o cenho franzido e o corpo tenso, optou por se manter calada. Ela tinha consciência de que fez coisas das quais não havia perdão, e entendia o fato de Petrus começar a tratá-la indiferente.

O Grande Rico Borelli. - I Onde histórias criam vida. Descubra agora