LOAN: Como está a sua irmã?
GERALDINE: Ela está bem, trabalhando e viajando pelo mundo com o seu namorado. Eu preferi ficar um pouco sozinha, provar a mim mesma que sou capaz de me cuidar.
LOAN: Entendo. O que me surpreendeu ainda mais foi saber que você está estudando psicologia. Pelo que eu conheci de você naquela época, achei que você fosse mais ligada a artes e ciências sociais.
GERALDINE: Eu quero entender melhor a mente humana, especialmente considerando o que aconteceu.
LOAN: Não queremos todos? Espero que você encontre as respostas que está procurando. Eu não posso falar por mais ninguém, mas apesar do que houve na academia... guardo boas memorias dos quatro anos que passei em Palentir. Eu aprendi muito e cresci como pessoa naquele lugar.
GERALDINE: Eu entendo o seu ponto, mas não concordo. Esse é um sentimento que eu não compartilho.
LOAN: No seu caso é diferente, é totalmente compreensível. Minhas melhores lembranças são do pessoal da Casa de Thoth. Se não fosse pela Palentir, não nos tínhamos conhecido, você se destacou desde a primeira reunião da fraternidade, há três anos. Você era tão... única, Geraldine.
GERALDINE: Estou lisonjeada, vindo de você... Eu sempre achei você um excelente líder.
LOAN: Você acha? Na verdade, eu estava menos confiante do que o que parecia. Eu tenho que confessar de que, naquela época, fui culpado de favoritismo, Samanta sempre brigava comigo por causa disso. Ela dizia que eu sempre arranjava desculpas para dar destaque a você e não dava chance a outros alunos... Eu sei que deveria ser mais imparcial, como líder, mas verdade seja dita, naquela época, eu meio que... hm, tinha uma queda por você.
GERALDINE: É por isso que Samanta sempre pegava no meu pé?
LOAN: Na verdade, Samanta tinha medo que eu a colocasse no lugar dela na casa. Ah... eu estou vermelho de vergonha. Espero que você não pense mal de mim, Geraldine.
GERALDINE: Na verdade, eu estou muito feliz em vê-lo novamente, Loan.
LOAN: Vamos nos ver de novo, antes de eu ir embora. Foi óptimo falar com você, mas infelizmente eu tenho que ir, meu chefe está me esperando. Onde você vai agora?
GERALDINE: Vou até o Central Park dar uma volta, já fiquei tempo demais trancada em meu apartamento.
LOAN: Sim, um pouco de ar puro e luz do sol fará bem a você. O clima está lindo hoje. Antes de eu ir embora de Nova York, pretendo assistir uma peça da Broadway, espero que você aceite ir comigo.
GERALDINE: Eu adoraria! Vou procurar o cronograma e aviso você em breve.
LOAN: Óptimo! Você escolhe a peça. Vejo você por aí... em breve, eu espero.
Lorie tem razão, ficar trancada sozinha em casa não vai me fazer nada bem. Vou aproveitar o clima agradável de hoje no Central Park, sem fazer nada além de relaxar.
Entre a multidão, um rosto familiar chama a minha atenção... Aquela mulher...! Não pode ser... ela se parece com Samanta! Ah não... meu coração está palpitando... estou tremendo...
Estou sofrendo um ataque de pânico! É melhor eu me infiltrar na multidão e esperar que ela não me veja!
Nossa... foi o passeio de metro mais longo da minha vida. Acho que as memorias que eu tive naquele sonho me afectaram...
Minha imaginação está me torturando! Calma... e apenas respire, Geraldine!