Legado e Ascensão

Ana Responde:

Bom galera, assim como prometido eu vim responder algumas questões que vocês deixaram nos comentários. À medida que surgirem mais, eu vou acrescentando suas respectivas respostas. Beleza? Então vamos lá! ☀️

thaismonyelle: O que te levou a escrever?

Essa história especificamente, tem toda uma história por trás. Vou tentar resumir, pois é muita coisa. Quando eu ainda estava no fundamental, tive alguns problemas de bullying que afetaram minha autoestima e autoconceito de uma forma que... bem, percebo que ainda tenho certas dificuldades até hoje devido a isso.

Essas questões (além de outros traumas que eu havia sofrido) me fizeram ser uma criança que não interagia, não se enturmava, tinha medo de se expressar e a única coisa que eu amava fazer era estudar. Se alguém fosse na biblioteca provavelmente a única criança que encontraria lá seria eu. Eu desenvolvi um profundo amor pela literatura, os livros eram meus melhores amigos (além da música e do teatro). Então comecei também a escrever um pouco. Os professores me colocavam para participar de saraus, competições de redações e concursos nesse nicho (embora obviamente eu não tenha ganhado todos que participei, morria de vergonha quando conseguia algum prêmio ou quando passava de fase na Olimpíada de Língua Portuguesa).

Com o tempo, passei a escrever minhas próprias ideias e criar meus próprios universos, os locais para onde eu poderia fugir quando estivesse muito mal. E, é claro, ainda morrendo de vergonha de que alguém descobrisse. Mas quando a gente cresce começamos a enxergar as coisas de outra forma. E isso aconteceu comigo. Eu fiz amigos. Eu conheci pessoas que se aproximaram de mim pelo meu jeito de ser e não para conseguir nota em prova/trabalho (o que era muito comum). Eu conheci pessoas com quem tenho amizade até hoje. Por isso, um dia eu simplesmente cansei de ver o que muitos colegas sofriam na escola e não fazer nada para ajudar, me cansei de ter medo (na verdade ainda tenho um pouco kkkkk) e insegurança do que vão pensar sobre o que faço ou o que escrevo.

Talvez hoje eu utilize a escrita mais como forma de fazer alguém se perceber como protagonista, se identificar e se entender como um ser que merece ser livre e se expressar no mundo. De certa forma, acho que foi meu maior motivo para começar a publicar aqui em 2017. Acho que foi isso.

user75070060: Com qual personagem você mais se identifica?
Me: Phil. Ele parece ser uma gracinha.

Bem, gosto de fazer as pessoas me conhecerem através de pequenos detalhes que deixo nos personagens, então muito obrigada kkkkk brincadeira 🙃. Enfim, cada personagem tem um pouco de mim ou de pessoas que eu amo muito, acho que isso me ajuda em não tenha "preferência" por um e por outro não... é claro que eu tenho aqueles com quem mais me identifico como a Liz mesmo, mas sobre o Phil ser uma gracinha, eu concordo plenamente. Na verdade, eu tentei criar ele para ser o oposto do Eirie e da Liz e se tornar um ponto de equilibrar ali entre aqueles esquentadinhos.

user75070060: Posso fazer uma observação (não sei se mais alguém pode concordar). Mas você vai escrever a história pelo ponto de vista de Eirie, já que ele também é um guer-matriz? Eu gostaria muito de saber como foi a infância dele e até o dia que eles se conheceram, tal.

Eu sempre pensei em fazer uma espécie de prequel para contar como foi antes da Lizlee chegar em Una e alguns fatos que levaram ao cenário em que a história se passa. É só que eu tenho que ver quando começo a postar, pois quem me acompanha sabe o quanto sou enrolada e juro que isso não é uma justificativa para a minha procrastinação. Enfim, é só aguardar, ok?