O homem loiro, com a mesma estatura de Nicolai me olha atônito pelo que aconteceu.
- Meu Deus, eu assustei a senhorita ? - Ele pergunta e se aproxima.
- Um pouco, me desculpe pela água. Ai a sua camisa. - Uma mancha marrom destaca agora sua camisa social branca e molha um pouco do terno azul escuro que ele usa.
- Não faz mal, mas me desculpe por ter te assustado. - Pego um pano branco encima da mesa e me aproximo do homem.
- Eu posso ? - Me refiro a ajudá-lo a limpar a mancha - É o mínimo que eu posso fazer par compensar o que fiz.
Ele vem mais pra perto de mim passo o pano pela mancha devagar com medo de espalhar mais e fazer mais idiotice do que já fiz, a pele dele é tão branca que chego a pensar se ele está pálido ou algo assim, seu peito é duro contra meus movimentos e por diversas vezes sinto ele respirar fundo.
- Qual o seu nome ? - Ele pergunta e eu levanto o olhar para encontrar seu belo par de olhos avelã.
- Meu nome é Amélia, mas pode me chamar de Amy. - Seu olhar parece se divertir com o que disse.
- A assistente do senhor bom humor? - Ele solta um sorriso e eu uma risada disfarçada. - Muito prazer Amy, sou Elia.
EU JOGUEI ÁGUA SUJA NO PRÍNCIPE DA BÉLGICA.
O pano cai de minhas mãos e eu me afasto nervosa, eu vou estar encrencada assim que Nicolai descobrir o que aconteceu nesta sala, ele vai me demitir.
- Ai a reverência, eu esqueci a referência, perdão vossa alteza. - Seus olhos avelã encontram o meu novamente são tão amistosos e gentis.
- Vossa alteza? Pode me chama de Elia. - Ele levanta o relógio e da uma olhada rápida. - Acho que estou atrasado para a reunião. A senhorita me acompanha?
- Claro, vossa... Elia. - Pego o pano do chão e coloco encima da bancada atrás de mim.
Caminho atrás de Elia até a porta e ele a abre para mim em um ato de cavalheirismo.
- Obrigada. - Agradeço e saio primeiro e Elia depois de mim.
A porta do elevador é ao lado da porta da sala em que estávamos que era a da cafeteira. Elia e eu paramos enfrente a ele e ele aperta o botão para o terceiro andar. Quando o elevador chega e nós entramos, fico encostada contra a parede e Elia fica ao meu lado, por um momento penso como Elia é diferente de Nicolai, de fato conheço o Elia a menos de 10 minutos mas ele se mostrou mais educado e simpático que meu chefe desde o fia que fui a sua casa para a entrevista de emprego. As portas do elevador se fecham e começamos a subir.
No curto trajeto do elevador Elia mantinha seu olhar disfarçado sobre o meu, algo brilhava em seus olhos avelã, algo que eu não soube dizer o que era, mas deixava seus olhos tão iluminados e destacados em seu belo rosto.
- Elia ? - O chamo fazendo com que ele saia do transe e me olhe como uma criança que tivesse sido descoberta depois de fazer uma travessura. - O senhor me perdoa pela camisa, eu posso comprar outra se o senhor quiser, quando meu pagamento sair e tudo mais.
- Claro que te perdoou, é só uma camisa, não faz mal. - As portas do elevador se abrem e nós saímos. - A senhorita me perdoa também por ter lhe assustado ?
- Claro que eu perdoou você. - Ele solta um suspiro de alívio e eu o olho sem entender.
- Já estava me torturando por dentro, seu perdão me libertou senhorita Amy. - Solto uma gargalhada baixinha e Elia abre um sorriso.
Caminhamos em direção ao corredor, quando passamos por Lola aceno para ela e Elia lhe da um bom dia e um sorriso amistoso, os olhos dela parecem estar assustados, ela balança a cabeça em direção ao final do corredor se referindo eu acho a Nicolai que deve estar pronto para me matar.
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The Plebeian
RomancePara Amy seu maior sonho estava prestes a se realizar. Depois de muita luta, enfim ela e sua amiga conseguiram embarcar para Boston e entrar em uma das melhores faculdades dos Estados Unidos, mas junto com o coração batendo forte de emoção, as incer...