Vinte e oito

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Eu poderia dizer que estou nas nuvens... não, não, melhor, no Paraíso. Os beijos de Nicolai são os melhores do mundo, o seu toque me incendeia por completo e me enche daquela sensação maravilhosa.

De supetão, meu corpo é levantado nos braços de Nicolai e solto um riso contra seus lábios de surpresa, me sinto uma verdadeira princesa em seus braços. Ele continua a me beijar enquanto me leva pelo caminho de seu quarto, minhas mãos viajam por seus cabelos macios que fazem cócegas nas pontas dos meus dedos, sua barba arranha meu queixo e bochechas e é tão bom, poderia ficar assim pelo resto da minha vida.

Ao entrarmos no quarto, um incêndio parece me tomar quando olho a cama que um dia apenas dormi, hoje estarei tendo uma prova daquilo que Nicolai me prometeu me dar em contrato. Penso se isso é mais que apenas uma relação sexual casual, para ele parece ser algo muito sério, para estar até em contrato, e para mim... me entregar para o homem que amo é como estar no paraíso enfim, depois de tanto despreso da parte dele, acho que agora as coisas vão mudar. E para melhor.

- Por que está sorrindo assim ? - Sou posta no chão, Nicolai segura minha cabeça com ambas as mãos e fecho os olhos apreciando o toque, o polegar de Nicolai vai até meus lábios, os desenhando com a ponta do dedo, espero um beijo mas ele não vem, e sim, uma mordiscada no lábio inferior seguida de uma puxada de leve, seguro um gemido na garganta e abro os olhos. - Ainda não me respondeu.

- É que... eu estou muito feliz. - Ele se afasta.

- Mas tem um porém. - Diz ele.

- Qual ? - Dou um passo a frente.

- Espere aqui. - E ele se vira indo para o closet.

Minhas mãos soam como nunca em consequência do incêndio ambulante que estou. Parece uma eternidade os poucos minutos que Nicolai fica no closet, e lembro daquela porta, será que eu deveria perguntar o que é?

Nicolai volta, com uma venda que parece de dormir preta de veludo e cordas da mesma cor da venda, ele até mim e me encara feroz.

- Estenda as mãos. - Olho para o que tem em suas mãos e obedeço, ele coloca a venda e a corda em minhas mãos. - Toque.

Olho para as coisas em minhas mãos, o veludo e macio ao toque de meus dedos, já os fios da corda são ásperos contra a ponta de meus dedos.

- Coloque isso na cama. - Ordena Nicolai e eu o olho.

- Vai usar isso em mim ? - Pergunto.

- Coloque isso na cama. - Repete Nicolai se aproximando. Com cuidado, me viro e faço o que ele manda.

Antes que eu possa me virar, sou pega pela cintura e minhas costas vão contra o peito nu de Nicolai, minha bunda contra sua virilha que me faz estremecer por sentir algo duro crescer contra mim. Ah Deus...

- Tire os sapatos. - Pede ele ao pé do meu ouvido. Retiro com as minhas botas e as chuto para longe. - Agora a jaqueta. - Puxo o jeans de meus ombros e ele escorre por meus braços se encontrando no chão.

Nicolai retira uma mão de minha cintura e toca meu pulso com a ponta do indicador que começa a subir desenhando uma linha que vai até a dobra do meu braço e sobe até meu ombro afastando meu cabelo para o meu outro ombro. Suspiro quando o hálito gelado de Nicolai bate contra a pele do ombro livre, ele me deposita um beijo, e depois outro mais a frente  e depois outro um pouco mais perto da bate do pescoço.

- Sua pele é tão perfeita. - Sussurra ele ao meu ouvido. - Vire-se para mim.

Me viro e ele me solta.

- Olhe em meus olhos. - Levanto a cabeça para poder olhar-lo nos olhos, suas tempestades azuis em chamas ardentes de desejo, me provocando a ir com ele nesse caminho com ele, a me entregar por inteira.

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