Trinta e três

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Nicolai

Respiro fundo e dou mais um gole no uísque no copo, olho pela parede de vidro, Boston ao pôr do sol é realmente fantástica, me viro para o corpo nu deitado em minha cama, Alana completamente adormecida depois deu lhe dar o que queria, contra minhas ordens ela me esperava em casa, por sorte Amélia não estava aqui, engulo o resto do líquido do copo e aprecio o efeito do álcool tentando esquecer o quanto sou um monstro por estar indo contra as regras do meu contrato e minha ética, mas, oh Deus... deve haver perdão para minha alma, eu não poderia desistir do casamento assim, se esse término de mentira já está me dando nos nervos, imagine um de verdade, mas também não abriria mão da pequena Amélia, ahh... aquela noite em New York foi a melhor de todas, vê-la daquele jeito, implorando por mais, me fez querer mais e mais, nunca que vou deixar ela em paz.

- Dá próxima vez que aparecer em meu apartamento sem avisar, terei o prazer de lhe colocar para fora quer você estando nua ou não. - Me viro para a cama onde Alana se levanta com um sorriso triunfante nos lábios.

- Vai me dizer que não gostou? - Alana vem até mim e se joga em meus braços e me dando beijos no pescoço.

- Eu não estou brincando, Alana. - A pego pelos pulsos e a afasto de mim, ela me irrita com sua falta de escrúpulos. - Se Amélia descobrir...

- Quer parar de falar daquela menina quando está comigo? Não suporto nem lembrar que você está trepando com aquela... plebéia desleixada. - Alana diz desdenhosa. - Ao invés disso, que tal tomarmos um banho?

A voz melosa de Alana me causa ânsia e já percebo suas intenções e a mando ir na frente, vou até minha mesa de centro, pego meu celular checando se não há nenhuma resposta a alguma das dezenas de mensagens que mandei para Amélia, meu humor fica nublado só de pensar que ela esta duas horas atrasada, ela não retornou nenhuma das minhas cinco ligações e estou prestes a explusar Alana de minha casa e ir atrás de Amélia, a colocar nua e amarrada de quatro sob minha cama de jogos e lhe bater tanto até ver sua pele ficar rosa e quente, ela está mesmo precisando aprender bons modos, jogo o celular no sofá deixo o copo na mesa indo para o banheiro para mais uma rodada de sexo com Alana pensando em Amélia.

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- A pizza chegou. - Grita Kate indo até a porta.

- Você lembra daquela vez que nós descemos a ladeira do morro correndo e tropeçamos? - Pergunto para Caio que esta morrendo de rir sentado no chão.

- Saímos rolando o resto do caminho inteiro. - Diz Caio.

Estamos a mais de três horas, eu, Kate e Kaio nos lembrando das nossas brincadeiras de quando morávamos no Morro das Violetas. Caio é filho do dono da ONG do morro, ele é algo próximo a rico mas como o pai é ativista assim como a mãe, Caio foi criado no morro junto a nós, desde pequeno se interessou pelos desenhos e tudo mais, perdi as contas de quantos desenhos meus ele fez.

- Uhhh pizza de queijo com alho. - Kate diz colocando a caixa de pizza encima da mesa e corre para a cozinha voltando com uma lata de refrigerante para mim e duas latas de cerveja para ela e Caio.

- Então quer dizer que você trabalha agora com um príncipe ? - Caio de vira para mim, dá para perceber deu tom desconfortável. Acho que essa é a hora de falar que eu e ele quase namoramos, isso foi a um ano atrás, mas não deu muito certo pois descobri coisas sobre ele que não me agradaram e decide deixar nossa relação só na amizade, foi com ele o meu primeiro beijo também.

- Sim. - Afirmo e abro minha lata de refrigerante. Kate se senta ao meu lado no sofá e abre a caixa de pizza inundando a sala com cheiro da comida.

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