Vinte e seis

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"Nada como um coração partido para que a criatividade se aflore."
-Autora.

Acordo com calor, muito calor. Passo as mãos nos olhos e tomo coragem de abri-los, olho para meu corpo e entendo o calor. Nicolai está dormindo encima de mim, o corpo de bruços, a cabeça em meu peito, os braços ao do meu corpo, o deu tronco encima das minhas pernas que se entrelaçam com as suas. Como isso aconteceu?

Ele parece dormir confortavelmente sob mim, tranquilo o que não se é normal de se ver, ele dorme tão bem que não quero acordá-lo, mas não posso continuar nesta posição. Levanto meu braço e relutante, passo por entre os macios fios acobreados de Nicolai que mexe um pouco a cabeça pelo toque.

- Bom diaa. - Sorrio quando ele abre os olhos. Lindas esferas azuis, duas jóias, Nicolai continua sendo o homem mais lindo que já vi mesmo ao acordar, com a cara toda amassada, a barba sem fazer, os cabelos bagunçados e a expressão de ter sido incomodado em um dos melhores sonos.

- Essa cama é horrível. - Ele se coloca sentado e estica os braços para depois colocar as mãos no final das costas. - Estou todo quebrado.

Gargalho.

- É a idade. - Digo. Nicolai de vira para mim.

- Está me chamando de velho ? - Faço não com a cabeça mas não resisto em rir.

- Jamais, sua alteza. - Me defendo.

- Você vai ver o velho, senhorita Mendonça. - Sou pega pelas pernas, Nicolai se curva e me levanta no ar me colocando em seu ombro. Berro de surpresa quando levo um tapinha na bunda.

- Me ponha no chão. NICOLAI! - lhe dou tapinhas nas costas mas nada surte efeito, não sei se protesto ou se dou risada. Na dúvida faço um pouco dos dois.

- O velho aqui vai te ensinar uma lição. - Sou levada para o banheiro e posta no chão dentro do box.

- Você não faria...- Nicolai solta deu sorriso malicioso que me derrete e liga o chuveiro. Grito quando o jato gelado de água me atinge as costas e molha todo o meu pijama que fica transparente. Nicolai só me observa de perto com um olhar brincalhão e juvenil, a luz da manhã contra seu corpo e olhos, é como se ele fosse o próprio sol de tão majestoso.

(AUTORA: soltem a música angels)

Encho a boca de água e espero o momento certo em que Nicolai se distrai e lanço um jato que o atinge en cheio no rosto, ele me olha surpreso e depois entra debaixo do chuveiro comigo, o espaço se torna limitado e tenho que me colocar contra a parede gelada, meu peito respira ofegante e apesar da água gelada o calor se torna presente em meu corpo todo. Ele é realmente uma visão tentadora, todo molhado e tão perto... levanto a mão relutante e a coloco em seu ombro, Nicolai se paralisa com o toque mas sinto seu corpo se deleitar ao momento que se acostuma, ele respira fundo compartilhando comigo o calor do momento comigo, traço uma linha com o indicador que começa em sua clavícula e vai ao peito, faço círculos e voltas sentindo a pele macia contra a ponta do dedo, assim como seu peito que sobe e desce com meu toque, desço mais o dedo desenhando o contorno dos músculos da barriga, cada detalhe gravo em minha cabeça como um filme que com certeza terei o prazer de rever em meus sonhos. Paro um pouco acima do cós da calça e me pergunto se devo continuar, olho para Nicolai que é atento a tudo o que faço esperando o meu próximo passo, seus olhos são ansiosos e ardem em chamas azuis por puro desejo, olho novamente para baixo e percebo um certo volume a mais em sua calça, meu coração parece saltar frenético no peito de orgulho por eu ter sido responsável pela excitação do homem que eu amo, e como eu amo, cada pedacinho de seu corpo parece ter sido feito para meu toque, eu o quero tanto que chega a doer a alma, é tanto amor que mal posso guarda no peito. Meu dedo desce, desenhando a linha do elástico da calça dando atenção dobrada para a lateral da cintura onde duas curvas para baixo me atiçam a continuar.

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