XVII

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Uma mão pesada e grande alcançou o seu ombro trêmulo, depois uma risada alta ecoou por todas as colunas daquela varanda de entrada. Taeyong ergueu o olhar e viu o sogro sorrir para a sua expressão de desespero.

  — Relaxa, garoto. Não vou fazer nada com você — o homem sacudiu-o amigavelmente — A não ser que faça algo com o meu garoto.

— Ele não é louco — Ten respondeu olhando para o Lee. 

Taeyong sorriu nervoso e engoliu em seco.

  — Não irei —  inclinou a cabeça — Prazer em te reencontrar.

  — Quem diria que o "amiguinho estranho" do meu filho se tornaria seu namorado? — ria ele, puxando Taeyong gentilmente pelo ombro, para dentro da casa.

  — Pai! — Ten chamou a sua atenção, não querendo que o pai falasse demais.

Taeyong deixou-se ser guiado pelo pai de Ten e ficou boquiaberto com o interior daquela casa. Refletiu sobre a predominância de madeira, estando essa presente no piso e no acabamento. Era espaçosa e bem arejada, o que contribuía na sensação de paz e calmaria que Lee Taeyong tanto sentia naquele momento. 

  — Sente-se — pediu o pai de Ten — É bom te ter aqui. Quando recebi a mensagem de áudio de Ten gritando sobre sua vinda, eu não sabia se ficava feliz ou marcava um otorrino — fez uma expressão sofrida ao tocar na orelha.

— Que exagerado! — Ten cruzou os braços e fez careta.

  — Não reclama, Ten — seu pai olhou-o com uma falsa irritação — Pegue um pouco de água para Taeyong.

— Aish... — o tailandês iniciou a sua marcha para a cozinha, com a cara emburrada.

— Ah, não precisa... — dissera Taeyong, envergonhado e tímido.

Da cozinha, para si mesmo, resmungou Ten:

 — Engraçado... Ele faz tanta coisa quando estamos a sós e ainda consegue ficar tímido em momentos como esses...

O pai de Chittaphon iniciou uma conversa calorosa com o genro, perguntando o básico sobre a sua vida e falando sobre como estava feliz em ser ele, tão bom garoto, em sempre sequestrar o seu amado filho e apenas devolver dias após. Taeyong riu disso, pois percebeu que o ajusshi tailandês ficava feliz quando não tinha Ten gritando no seu pé do ouvido e nem encrencando-se por aí.

  — Eu estou escutando tudo — anunciou Chittaphon quando voltou à sala de estar com a água que Taeyong tanto recusara.

— Bom saber que não precisarei repetir — o pai de Ten fê-lo revirar os olhos.

— Obrigado — Taeyong sorriu docemente. A raiva de Ten dissipou-se. 

Lee segurou a mão do garoto e puxou-o para sentar-se ao seu lado. Ten sorriu e virou-se para o pai, cujo estava contando sobre como Ten havia crescido desde o início recente do relacionamento de ambos e quais pontos ele ainda precisava melhorar —  como, por exemplo, a sua higiene.

  — Pai, para de falar que eu uso roupa suja! — enterrou o rosto nas mãos, o Chittaphon.

  — Mas eu não estou mentindo. Certa vez, Taeyong, ele saiu de casa com a mesma camiseta que usou na caminhada do dia anterior. Um dia peguei ele no flagra cheirando uma cueca para ver se....

— Meu Deus, cala a boca, eu vou morrer de vergonha! — o rapaz gritou e levantou-se do sofá — Quer saber de uma? Vamos, Taeyong, vamos embora. 

  — Mas já? Pensei que fosse passar a noite... — sr.  Leechaiyapornkul ergueu o tronco para levantar-se também — Pedi até para a minha esposa comprar alguns ingredientes para um jantar típico tailandês.

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