XXXVIII

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— E então você faz uma orelhinha de coelho bem assim... — Taeyong estava ensinando várias formas de amarrar o cadarço do tênis de Ten enquanto o mesmo estava tirando fotos e atualizando o status.

— Não gostei desse, faz outro — sacudiu o pé que Taeyong tinha acabado de amarrar e tirou a foto do lago, enviando esta com a seguinte legenda: "Esse lago filho da puta quase me matou"

— Que exigente! — Tae enrugou o nariz e revirou os olhos — Vai ficar assim.

Ten fingiu que iria chutá-lo, mas Taeyong agarrou sua perna antes do menino dramatizar o ato. Jack puxou-o para perto e o fez sentar no seu colo.

— Oi, mocinho. Você pode largar o celular e me dar atenção, por favor? — deu um tapa no celular do tailandês e deixou-o cair ao lado de ambos.

— Deus me dibre, Tae Tae, essa merda foi cara! — Ten acudiu o celular e acariciou-o.

Taeyong pôs a mão sobre a tela e impediu Chittaphon de olhar o visor. Seriamente encarou-o por alguns minutos, até Ten perguntar o que estava acontecendo de errado e quanto de atenção ele queria.

— Eu só queria que você me notasse um pouco — emburrado, o Lee fez uma cara feia.

— Eita, chato, chatinho, chatão. Taeyong é meu cremoso, mas só quer atenção — Ten cantarolou sua famosa musiquinha, ignorando o olhar de ódio do outro menino.

— O que mais eu iria querer? — cruzou os braços, fazendo birra e criando caso — Você bem que poderia me dar um beijinho agora.

— Me dê um motivo — ergueu o dedo mindinho para simbolizar o número dito.

— Eu te amo — o olhar todo inocente do Lee derretia o coração de Ten.

Chittaphon segurou seu rosto com ambas mãos e depositou uma bitoquinha nos lábios rosados do namorado.

— Sabia que já faz um tempinho que você não fala isso para mim? — ainda não havia soltado o rostinho macio do menino e aproveitou para acariciar a sua bochecha.

— De verdade? — as sobrancelhas foram arqueadas pela surpresa e confusão.

Ten concordou com a cabeça.

— Eu também te amo, então vou te dar outro — pressionando as bochechinhas coreanas, o menino deixou outro beijinho carinhoso na boquinha do namoradinho — Está bom assim?

— Mais um — Taeyong pediu.

Ten beijou-o outra vez.

— Umzinho — Lee pediu outra vez.

Chittaphon revirou os olhos e tornou a beijá-lo.

— Ah, quer saber de uma? — Taeyong jogou a mão na nuca do tailandês — Só vem! — e então puxou-o para um beijo quente e estalado.

Chittaphon sorriu em meio ao beijo e jogou os braços sobre os ombros do coreano, para assim passar a acariciar aquela nuca sensível e assustadoramente alva e gélida como a neve.

— Hm... Sai do meu colo... — Taeyong interrompeu o beijo e empurrou o outro gentilmente para longe das suas pernas — Merda, estou com cãibra.

Chittaphon fez um beicinho de insatisfação, uma vez que estava adorando ficar sobre o colo dele. A grama abaixo seus corpos ainda estava molhada, e era possível encontrar pequenos amontoados de flocos derretendo como lembrança dos temíveis dias congelantes do inverno. Ele pegou alguns e deixou-os derreter com o calor dos seus dedos.

— Eu posso sentar no seu colo? — Taeyong indagou, enquanto ainda tentava mover a perna esquerda sem ter de parar no meio do caminho pela agonia.

— Você pode sentar em qualquer parte do meu corpo que eu adoro — Ten enxugou as mãos na coxa e esperou que Tae sentasse sobre estas. — Eita, você parece mais pesado que o normal!

— O que está insinuando? — o platinado estreitou o olhar de fúria.

Ten riu.

— Nada não — e, vendo que Taeyong não tinha desmanchado aquele olhar, jogou a cabeça para trás e gargalhou da atuação alheia. Foi surpreendido, porém, com um beijo no pescoço — Ei, não faz isso! Você está no meu colo e ainda me beija assim, eu estou sentindo que isso não vai prestar.

— Seu corpo é tão sensível, Ten — deslizou os dedos pela região onde deixou o beijo no tailandês — Deve ser porque você vive com coisas erradas na cabeça.

— Óbvio que sim — o moreno sorriu — Você também, mas faz a egípcia.

— Como é que é?

— Se faz de besta pra fingir que não está pensando besteira, Taeyong. Até funcionaria, mas eu já sei muita coisa sobre você e não dá pra apagar. — cutucou a pontinha do nariz meio vermelho do namorado — Está vermelho de vergonha?

— Quê? Não — Taeyong riu e abaixou o olhar — É que a temperatura está aumentando e eu não me dou muito bem com o calor.

— Mas mal está quente!

— Aish, você não vai entender, então deixa quieto — o menino cruzou os braços — Ainda está tudo bem.

Ten não entendeu o que Taeyong queria falar, mas através do olhar longínquo do Lee, percebeu que talvez não devesse perguntar naquele momento. Pelo joelho, puxou-o mais para perto e praticamente juntou ambos peitorais masculinos. O tailandês sorriu encantadoramente e deixou as pontas dos dedos tocar, sobre a calça jeans, o bumbum do coreano. Taeyong não pareceu perceber.

— Eu vou resolver o lance com meu pai, então não se preocupe — Taeyong assegurou ao acariciar a orelhinha do menino.

— Ah, eu já esqueci. Minha irritação passa rápido — passou a acariciar as nádegas cobertas do Lee com movimentos circulatórios — Tae, vamos um dia desses ao cinema?

— Mas você não tem que estudar? Você terá condições psicológicas depois do resultado da apresentação? — o coreano parecia dar motivos para adiarem aquilo.

— Eu posso estudar antes de irmos assistir o filme, ora! E sim, terei psicológico para isso. — Ten revirou os olhos.

— Certo, então — Taeyong sorriu e logo se inclinou para beijar o namorado mais uma vez.

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