Ten enfiou as mãos dentro das luvas azuis e contou até dez para que Taeyong aparecesse logo. Assim que o coreano deixara a casa, Ten segurou-lhe a mão e levou-o até a cama elástica do jardim.
— Okay, deveríamos ir para a escola — dizia ele, mesmo que estivesse indo de bom grado — Você não acha isso?
— Talvez — suspirou — Não tenho pressa.
— Então é por isso que você se atrasa? — ajudou-o a tirar a lona de proteção e cruzou os braços após.
Taeyong estava moderadamente bonito naquela manhã, considerando-se as pálpebras inchadas e as bochechas rosadas pelo abuso do álcool da noite anterior. Aliás, ambos não houveram chegado numa conversa séria e objetiva a respeito do que acontecera devido ao incidente com o soju. Honestamente, Taeyong queria que aquela fosse mais uma das histórias enterradas e que nenhum dos dois viessem a comentar.
— Você nunca vai descobrir o porquê dos meus atrasos — contou-lhe o tailandês, abrindo o zíper da entrada para a cama elástica e sendo ele o primeiro a entrar.
— Você poderia me contar, sabe — Taeyong tentou persuadi-lo.
Ten fez uma careta.
— Mistérios são gostosos.
— Ui, ainda bem que sou um mistério — Taeyong entrou logo depois, um tanto hesitante sobre a elasticidade daquilo.
— Errou, Taeyong. Você foi um mistério. — enfatizou aquilo ao dar pequenos saltos.
— Fui? Ah, pelo amor, você ainda me vê como um — Taeyong riu e abraçou-o de lado, cutucando-lhe a barriga.
— É claro que não — Ten fingiu não estar sentindo cócegas.
— Tem certeza? Eu não diria a mesma coisa, desconhecendo os motivos que me fazem ser tão... como as pessoas dizem? Ah, sim, frio... — sua mão achou uma brecha entre a pele do moreno e a camisa e enfiou-se ali, continuando as cócegas que o outro tanto ignorava.
— É só um pequeno tópico — deu de ombros.
— Tão pequeno que, se não fosse por ele, você não teria se aproximado de mim, certo?
— Você é chato, Taeyong! Para de tentar, porque eu não vou rir — com muito esforço, ficara sério — E eu também sou um mistério, se quer saber.
— É, sim — concordou com um gesto da cabeça.
— Era pra você dizer que não, idiota — revirou os olhos — Às vezes você me irrita.
— Não faz isso comigo, me machuca — puxou-o pelo pescoço para um beijo molhado — Você promete que vai brincar comigo depois da escola?
— Por acaso estamos no jardim de infância? — Ten cruzou os braços e sentiu ser abraçado, outra vez, pelo Lee.
— Literalmente, sim — e então riu do que fora dito — E aí? Vai ou não?
— Tudo bem. Mas é só porque você fala um "a" e eu já to "lindíssimo, falou tudo" — deixou-se ser guiado para fora da cama elástica.
Taeyong segurou-o pelo rosto e beijou-lhe delicadamente os lábios, lembrando-o do primeiro de muitos que tiveram. Suas pernas fraquejaram e Ten pensara que iria cair, como sempre pensava a cada beijo recebido.
— Precisamos ir para a escola primeiro — falara.
Ten revirou os olhos.
— Só você gosta da escola.
— Da escola, não. No entanto, eu gosto de aprender as coisas, embora não goste dos métodos em que empurram as matérias sobre nós — deu de ombros, já caminhando com Ten para o carro.
— Eu não gosto de nenhum dos dois, eu prefiro dormir — Ten olhou-o atentamente — E vê se você para de ser um louco por estudo, Taeyong. Ontem meu pai e eu não estávamos te suportando.
Taeyong enrubesceu de vergonha.
— O que eu fiz?
Ten riu, mas decidiu não responder. Segundo ele, posteriormente dito, não iria contar tão cedo e tampouco falar muito sobre o assunto, mas jurou que riria daquele fiasco de noite o resto da sua vida inteira.
— Olha, eu não sou McDonald's, mas amo muito tudo isso — foi o que comentara sobre o fato de ter testemunhado um Taeyong bêbado e claramente tarado.
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Hot ✖️ TaeTen [2]
Fiksi Penggemar"Você é como café: quente, e que me faz ficar acordado a noite toda."