XXI

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O jantar ficara pronto rapidamente, graças à rapidez de Tern e Pimporn. Tinha tantas especiarias tailandesas que Taeyong não sabia por onde começar. Estava um pouco tonto, percebeu, pelo calor da comida e o calor do ambiente e aqueles corpos ao redor de si. Seus olhos brilharam de ânsia quando cada prato fora posto sobre a mesa, as mãos gulosas para agarrar um pouco de cada e mordia a língua de agonia. Agora ele entendia o porquê de Ten gostar tanto de comer.

— Eu vou te servir! — Ten sorriu e, apressado, separou cada coisa no prato de Taeyong e beijou-lhe a bochecha ao entregá-lo.

— Muito obrigado por isso tudo! Parece estar muito gostoso! — ele lambeu os lábios morrendo de vontade de comer tudo aquilo.

— Se eu fiz, com certeza está bom — Tern ia falando, sentando-se à mesa ao lado de Taeyong.

— Discordo. Se mamãe fez, com certeza é gostoso — opôs-se, o Chittaphon — Isso me inclui também.

— Ri tanto que meu cabelo doeu! — Tern deu-lhe a língua. — Precisa de alguma coisa, Taeyong oppa?

— Como é que é? — Chittaphon levantou-se e seus pais suspiraram pesadamente, já sabendo que aquilo não daria certo.

— Como eu deveria chamar ele, afinal? De ajusshi? — a garota revirou os olhos.

— Prefiro! — sentou-se outra vez, nem satisfeito e nem tanto aborrecido.

— Por que tudo isso, Ten? — Taeyong tomou as rédeas da situação — Vamos apenas comer e sentirmos confortáveis e aconchegantes, certo?

Todos concordaram com o que fora dito. Ao passo que as comidas eram apresentadas, Taeyong comia cada porção alegremente. Não recordava-se dos nomes e quais ingredientes específicos, mas estava muito contente por encher a barriga com aquilo tudo.

— Abre a boca — Ten erguera uma porção de comida com o hashi e esperou que o Lee fizesse o que pedira.

Taeyong fingiu que não viu.

— Bebê, você ficou surdo de uma hora pra outra? — tornou Ten, empurrando-lhe a comida.

— É assim que se fala, Ten? — seu pai repreendeu-o pelo tom e a fala.

— Estou sendo sincero — Ten encolhera os ombros e simulou o ato de abrir a boca, simbolizando para que Taeyong fizesse o mesmo.

— Não, Ten, não vou fazer isso. — sussurrou para que os outros não escutassem — Para com essas viadagens.

— Oxe, a gente é viado, você espera o quê? — dissera alto o suficiente para que todos os membros da família escutassem.

— Babado — Tern comentou baixinho.

— Pra outras coisas você não fica com a boca fechada — falara aquilo próximo a sua orelha, justamente para que ninguém mesmo escutasse — Agora abre logo a boca.

Hesitante e amedrontado, Taeyong afastara os lábios e permitira que Ten desse-lhe a comida na boca. Sorriu para disfarçar a tensão que ficara o seu corpo após as palavras pouco doces de Chittaphon e elogiou a comida apressadamente.

— Meu maridinho é bem obediente — deu três tapas fracos no ombros de Taeyong, o qual metralhou-o com o olhar e prometeu a si mesmo que iria ter uma conversa séria sobre obrigá-lo a fazer coisas e se referir a ele como se fosse um robôzinho de estimação.

— Ten é chato! — Tern notou.

— Desde que Taeyong chegou vocês só sabem alfinetar uns aos outros — papai Leechaiyapornkul quis um basta daquela situação — Vamos ter uma conversa decente?

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