XXIII

2.5K 395 307
                                    

Um, dois, três passos e Taeyong caiu pela quarta vez. Gemeu de dor ao rolar pelos degraus conquistados e resmungou xingamentos ao levantar-se. Ou melhor, tentar. Taeyong compreendia que não estava muito bem, mas por que o mundo girava tanto quando, na verdade, ele só queria ir para cama e dormir até os anos 3000?

— Esse menino é fraco mesmo na bebida — comentou o sogro, cujo olhara-o atentamente com a sua árdua missão de alcançar o andar superior.

Aguentou seis copinhos e nada mais. Felizmente, a mãe de Ten convenceu-o a não chamar a polícia, explicando que TaeJack estava sob efeito de bebida alcoólica e que, visivelmente, não estava muito bem. Ten surpreendeu-se também, ao constatar que o rosto esbranquiçado de Taeyong enrubesceu-se apenas pelo calor que a bebida lhe causava. As bochechas pareciam dois tomatinhos.

— Pai, o senhor dopou o meu homem, só pode ser! — Ten correu para resgatá-lo — Tae, você ainda quer subir? — perguntou com a voz doce.

— Eu vou brincar com você, Tennie — sorriu e permitiu-se ser levantado pelo tailandês.

— Jesus Cristo, d'onde essa criatura arranjou esse nome? — Ten pôs um dos braços do Lee sobre o seu ombro e guiou-o para o sofá.

— Eu vou te beijar muito hoje! Vou te beijar até você gritar para eu parar, e então eu vou subir em você e vou ouvir você gritar o meu nome e então você vai pedir para eu ir mais rápido e eu vou te segurar assim — simulando, o Taeyong tagarela agarrara a coxa de Ten sedutoramente e afagara-a.

Ten assustou-se e afastou aquela mão perigosa de si, tendo consciência de que seus pais assistiam a tudo naquele momento.

— Ave-maria cheia de graça, o senhor é convosco! Faz esse menino calar a boquinha, amém! — ria de nervoso, colocando o controle do videogame na mão traiçoeira daquele rapaz.

— Ten? — aquele tom de voz do seu pai assustou-o — Eu escutei e vi direito?

— Que isso, appinho, tua miopia ta braba hoje! — sorriu para tentar disfarçar — Senhor escutou foi errado, vamos ali no médico rever isso...

— Eu não 'tô crendo — Pimporn respirou fundo e encaminhou-se para a cozinha para preparar café.

— Eu não quero saber de nada da boca de um bêbado, Ten, então é melhor que esclareça as coisas para mim — seu pai fora bastante rigoroso.

— Ele não estaria bêbado se o senhor não tivesse inventado essa ideia de soju. Olha só como ele está vermelhinho! — o coração de Ten partia ao vê-lo tão perdido e fora de si.

— Sabe o que mais também está vermelho? — Taeyong mordeu o lábio e olhou-o maliciosamente.

— Cala a boquinha, meu bebê, pelo bem dela! — Ten tapou a boca do outro com as próprias mãos — Papai, o senhor não vê que ele está fora de si?

— Ele não vai ficar inventando coisas, mesmo que bêbado — seu pai ainda tinha aquela expressão ríspida e exigente.

Ten tivera que afastar suas mãos dos lábios de Taeyong pelo fato da criança do momento ter mordido-as sem dó.

— Ele não falaria essas coisas sóbrio, então é melhor esquecer como eu sei que ele irá fazer. E também nem sei do que o senhor está falando. É normal que ele esteja meio... estranho, certo? — Ten queria desconversar aquilo.

— Sabiam que Ten tem um sinalzinho marromzinho no bumbum? — o que Taeyong falara, mesmo com aquele riso contagiante, fizera Ten espumar de raiva a ponto de quase explodir.

— Sim, sabia — o pai de Ten aproximou-se de Taeyong — O que mais sabe sobre o corpo do meu filho?

— Meu Deus, pai, que tipo de pergunta é essa? — mesmo repreendendo o seu pai, Ten deu um beliscão em Taeyong para ver se assim ele percebia que deveria fechar a matraca.

— O ponto fraco dele é o pescoço — Taeyong contou, e então tocou o pescoço do outro, o qual afastou-se do contato.

— Vocês dois estão um nojinho — Chittaphon cruzou os braços e fechou a cara.

— Eu só quero saber se vocês são tão íntimos assim — explicara-se o pai.

— Isso não é uma coisa que se pergunta. Soa nada decente, pai, então espere que eu converse com o senhor sobre o assunto. — levantara-se e puxara Taeyong consigo — Boa noite.

— Ei, vocês já vão dormir? — mamãe Leechaiyapornkul apareceu na sala enxugando as mãos molhadas — Deixe-me levar Taeyong para o quarto dele.

— Como? — Ten virou-se para a mulher.

— Achou mesmo que iam ficar em quartos iguais? — Pimporn sorriu e subiu antes que Ten levasse-o para cima.

— Rindo com o cu porque a boca ta ocupada comendo — comentou Tern, do outro lado da sala, com a boca cheia do sanduíche que comia.

Ten apenas revirou os olhos e escutou o pai reclamar com ambas crias, ainda que se divertisse internamente. 

Hot ✖️ TaeTen [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora