XLIX

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Ten estava tão ansioso que o seu sono foi-se pelos ares. Pelo canto do olho via Taeyong focado no trânsito, preocupado em trocar de marcha e indicar a seta. Percebeu que estavam indo para um lugar desconhecido, o qual nunca fez parte da rota diária dos dois. Não era muito longe, mas a vizinhança era diferente da rua de Taeyong, o que fê-lo ponderar sobre estarem num outro bairro. Ten olhava ao redor quando o carro foi estacionado e Taeyong saiu do veículo, aconselhando que não saísse dali.

— Oh, porra. E se alguém me sequestrar? — supôs antes de Taeyong fechar a porta.

— Você é tão chato que te devolveriam dez minutos depois — e então Taeyong bateu a porta forte.

— Nossa! Vejam só o cavalo que arranjei como namorado — Chittaphon resmungou sozinho, tentando ver se alguém se aproximava em algum canto daquela rua. Ao virar-se para o lado direito, quase morreu de enfarto diante do susto que teve ao ver Taeyong encarando-o sorridente.

O Lee deu três batidinhas na janela para que o tailandês abrisse-a e apertou a bochecha do menor quando seu pedido foi atendido.

— Não se preocupe, meu bebê. Aqui é tranquilo e você tem a mim — Taeyong curvou-se e apoiou os braços na porta do veículo — Não tem problema algum. Ah, e pra você ficar quietinho... — tirou do bolso um pirulito de blueberry e chacoalhou-o na frente do garoto.

— Que porra é essa, Taeyong? — Ten agarrou o doce.

— Um pirulitinho pra você chupar e se distrair... — o Lee coreano deu de ombros.

— Você tá ligado que não é um pirulito que eu quero chup...

— Shh... Eu sei, eu sei... — Taeyong interrompeu-o com o indicador em seus lábios — Volto logo.

Ten fez cara feia e abriu a embalagem do doce. Colocou-o na boca e ficou a checar as notificações do celular. Minutos se passaram e nada de Taeyong aparecer, o que fez com que o menino pensasse que provavelmente o Lee estivesse de brincadeira com a sua cara.

— Fecha os olhos — ele escutou quando a porta foi aberta ao seu lado.

— Não quero — Ten cruzou os braços.

Taeyong sabia que ele iria relutar, então trouxera uma venda para que ele não visse nada. Chittaphon não falou coisa alguma quando TaeJack amarrou a venda e ajudou-o a sair do carro. Quando a porta se fechou, apertou forte a mão de Taeyong e ameaçou-o de morte caso deixasse-o cair.

— É só me acompanhar — Taeyong começou a andar — Sobe um degrau... Pronto, agora é só seguir.

Guiou-o pela entrada da casa e instruiu quando entraram. A temperatura interna estava amena e Ten suspirou aliviado por estar pisando num assoalho e não no asfalto levemente irregular da rua.

— Você está pronto? — o hálito quente do namorado próximo à sua nuca arrepiou-o por inteiro.

Ten concordou com um movimento da cabeça, nervoso e ansioso. Não tinha a mínima ideia do que poderia ser.

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