LXII

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Taeyong era um ótimo cavalheiro e imensamente gentil, por isso sorriu para Ten ao abrir a porta do carro para ele entrar. Entrou logo em seguida e suspirou quando pôs o cinto em Chittaphon.

— Você está bravinho? — perguntou, com carinho, aproximando o rosto para beijá-lo.

— Não.

— Sério?

Ten concordou com a cabeça e recebeu um beijo calmo de Taeyong. Assim que o Lee se afastou e ligou o motor, desejou poder ficar ali para sempre beijando-o. Passou a ocupar-se respondendo mensagens no grupo do intercalasse e pegou-se rindo da tamanha confusão que estava.

— Porra, esse grupo tá um brega. Mark inventou que quer ser goleiro — comentava Ten, digitando inúmeros palavrões na velocidade da luz.

— Mas você é o goleiro. Fala pra ele ir se danar — Taeyong apertou as mãos no volante, nervoso. Ele não era muito bom em atuação.

— Mark precisa é de uma rola, isso sim! — Chittaphon enviou uma figurinha do cu de Mário ao canadense e bloqueou o celular. — Vem cá, Taeyong, por que tu tá dirigindo devagar? Mete o pé nesse acelerador, meu filho!

— Eu ainda não sou de maior, não tenho carteira e tem uma coisa chamada "leis de trânsito" que é melhor eu não burlar — lá vinha ele com seus papos de garoto certinho.

O telefone de Taeyong tocou, mas ele pegou-o do painel antes que Ten fosse ver quem é que ligava. Normalmente eram seus pais, porque o Lee não tinha amigo nenhum senão o tailandês. Era triste isso, realmente. Mas Ten não podia simplesmente obrigá-lo a fazer amizades.

— Hã... Alô? — Taeyong colocou um lado do fone no ouvido, após atender. — Sim, mãe. É... Eu estou levando Ten para casa. Já estamos indo. Estamos perto daquele shopping com nome esquisito. Talvez leve uns trinta minutos para chegarmos. Ah, eu sei lá! Mas eu... Ué... Ok, tchau.

Ten estreitou o olhar para Taeyong, que pareceu não notar a suspeita do namorado. Aquelas informações eram muito, muito estranhas. Sra. Lee nunca perguntaria coisas do tipo, era muito detalhe para uma coisa que não a envolvia-a. Ten não era tão besta assim.

— Então, Ten... Hã... O que acha de irmos num boliche ou ao cinema ou coisas do tipo? Acho que está muito cedo para eu te deixar em casa, né? — Taeyong sorria de nervoso, então Ten teve a certeza de que o coreano estava escondendo alguma coisa.

— Me leve para casa — ele pediu.

— Mas por que não passa mais um tempinho comigo? — Taeyong falou, rezando para que Ten caísse naquele papo e ficasse quieto. Mas aquele tailandês era muito curioso e teimoso.

— Porque agora me bateu uma vontade enorme de ver meus pais e a peste da minha irmã — ele dramatizou uma expressão de tristeza. — Não vamos à lugar nenhum mais.

— Tudo bem, então — Taeyong concordou com a cabeça.

Lee já sabia qual o percurso mais longo para a casa de Chittaphon, então decidiu seguí-lo da maneira mais lenta possível. Ten estava super atento, tendo adivinhar porque é que Taeyong estava tão esquisito naquela tarde. Estava aprontando algo, tinha certeza. Bastava só descobrir o que era.

— Por que você não pegou o viaduto? Vai mais rápido — apontou para onde TaeJack havia passado direto.

— Ah, eu me distraí — Tae encolheu os ombros e deu um sorriso de consolo. — Mas vamos chegar logo.

— Já passou mais de trinta minutos e nada da minha casa. Vou te denunciar por sequestro, garoto — Ten checou o horário e encarou Taeyong.

— Relaxa, Ten. Olha só o que comprei pra você — e então tirou um pirulito de blueberry do bolso. — Vê se não me bate.

— Que bom que você sabe me subornar — Ten, alegre, tirou-o plástico do doce e enfiou-o na boca.

Estava cantando Lady Gaga quando finalmente Taeyong chegou na casa dele e desceu do carro resmungando "juntos e shallow now."

Diga o que te fez sentir saudade... Bote um ponto finaaaal! — inventou de arriscar high notes com o pirulito na boca, mas isso só acabou fazendo-o tossir por se engasgar.

— Chega de Lady Gaga por hoje, amor — Taeyong desligou o rádio e fechou a porta do carro.

— Lady Gaga é bom gosto — ele cantarolava ao desfilar até a porta da casa. Taeyong seguiu-o.

Quando Ten estava prestes a pôr a chave na fechadura, a mesma abriu-se por si própria e três pestes barulhentas apareceram com tinta spray vermelha e empurrões no aniversariante. Taeyong tentou proteger a cabeça do namorado, a qual estava sendo alvo dos meninos, mas ele acabou se tornando vítima também e até dez vezes pior.

Quando Doyoung, Jaehyun e Mark terminaram de pintar o cabelo de Taeyong e algumas madeixas de Ten, eles riram e se afastaram dos dois, largando as latas no chão.

— Feliz aniversário, Chittaphorra! — gritaram em uníssono. E então correram, pois uma pantera havia tomado o corpo de Ten e ele vinha enfurecido atrás dos meninos.

Notas

oi eu to viva, tá? talvez amanhã saia cap. bjos no cu e purpurina <3
happy proud month 🌈

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