XXIV

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— Steve Jobs, você é tope — sussurrara Ten, para si mesmo, quando ligou a lanterna do seu celular e constatou que ela seria mais que útil naquela situação.

A casa estava escura e silenciosa. Seu quarto estava limpo, graças a Taeyong, mas ele queria que seu namorado estivesse com ele para dormirem grudadinhos como sempre fizeram na casa do Lee. Por isso, aproveitou que todos estavam dormindo para, sorrateiramente, encontrar o quarto em que Taeyong dormia, pois assim se enfiaria entre as cobertas e abraçaria-o ainda que estivesse com cheiro de soju.

Descalço e implorando ajuda à Buda, caminhara cautelosamente sobre o assoalho de madeira e implorava para a sua divindade que não fizesse-o pisar em nada que fizesse barulho. Felizmente, sabia de cor o percurso para cada cômodo daquela casa, então não haveria problema algum para encontrar e entrar no quarto. Como fora ele mesmo quem deixara o namorado na cama, sabia muito bem em qual dos quartos o platinado capotou.

As mãos quentes alcançaram a maçaneta e abriram a porta. Pôs a cabeça para dentro e, logo depois, a lanterna do celular iluminou o seu caminho para a cama onde Taeyong dormia como o anjo que era. Entrou e, finalmente, fechara a porta atrás de si. Célere e cauteloso, jogou-se na cama e encontrara aquele gelado habitual do corpo do Lee e abraçara-o com ardor.

— Ei, Tae... — sussurrou, desligando a lanterna do seu celular e, mentalmente, agradecendo a Jobs pelo feitio, outra vez — Acorda... Você está bem? Hein?

Um resmungo viera do mesmo, mas o tailandês não pôde compreender o que era. Acendeu o abajur ao lado e assim pôde enxergá-lo direito. Percorreu o rosto do namorado com a mão, notando cada traço e suspirando apaixonadamente por tê-lo ali contigo.

— Tae... — chamara-o outra vez — Você me desculpa pelo meu pai?

— Aish, a luz está forte... — remexeu-se incomodado, virando o rosto na direção de Ten e apertando os olhos.

— Mas está fraquinha! — exclamara o moreno — Você está acordado?

A resposta não vinha, então Ten achou que seria melhor desligar o abajur e esperar ser abraçado pelo seu amor. Deitou do outro lado da cama e abraçou-se, triste o suficiente por Tae não ter jogado seus braços ao redor de si. Quando deu-se conta de que não conseguiria dormir, remexeu-se um pouco mais. Enfim, Taeyong rodeou-o com seus braços e encostara os lábios no seu pescoço nu.

— Você cheira bem, parece uma flor — o sussurro rouco do outro fizera o seu coração bater acelerado.

— Você está me cantando? — Ten não pôde evitar sorrir.

— Ué, eu estou falando. Mas se quiser que eu cante, eu canto — e foi aí que Ten percebera que o efeito do álcool ainda não tivera ido embora, então teria de esperar até o dia seguinte para conversar com Lee.

— Okay, okay. Apenas continue me abraçando e durma bem — e então suspirou pesadamente.

— Se estou com você, já me sinto mais que bem! — Taeyong beijou-o na bochecha e apertou-o contra o seu peito.

Ten, por sua vez, ficou perdido sobre se de fato estaria sonhando ou aquela era a realidade.

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