Ainda era inverno; a neve caía sem dó e nem piedade, cobrindo estradas e impedindo caminhoneiros de vê-las, cobrindo os jardins que logo em breve estariam floridos, cobrindo os telhados com a sua formosura e carros que não estivessem na garagem... Mas a neve também cobria alguém em especial.
Não que esse alguém estivesse soterrado, mas a neve caía sobre ti, repousando em cada centímetro daquele corpo estirado numa vasta camada de neve. O rapaz que estava lá não queria ser incomodado e tampouco levantar. Era como se estivesse pegando o Sol, embora o mesmo parecesse quase inexistente.
Apenas a alguns metros de distância do seu corpo havia uma casa quente, com bebidas quentes e uma lareira acesa. Havia sopas, chocolate quente e até kimchi. Havia água quente — não morna, mas quente — e uma cama quente para descansar.
Mas o menino teimava em ficar no frio, sob a nevasca e sentindo cada floco de neve tocar-lhe a pele alva. Um pousara em seus cílios, e uma tira de sorriso se formara em seus lábios. Há quem o visse naquele estado e concluísse que estivesse louco, com cerca de dez parafusos soltos e que lhe faltava o juízo. Mas ele não se importava, pois estava ali por querer e em pleno juízo perfeito.
O que lhe faltava era os braços quentes de alguém quente carregado com quentes intenções. Muito embora ele preferisse o frio, o quente não era nada que ele podia ignorar.
— Por que fica aí todo final de semana me esperando chegar? — aquela voz conhecida lhe trouxera à vida, fez o seu sangue circular mais rápido e o coração querer sair do peito.
Tentou levantar, mas percebeu que fora atacado por uma câimbra por tanto tempo que ficara ali. Com a ajuda de Ten, Taeyong se levantou da neve e caminhou para dentro da casa.
— Sogrinha Lee, Taeyong continua ficando do lado de fora toda vez que digo que virei! — Ten contara assim que o havia deixado no sofá.
— Aish, Taeyong! Aí fica doente e quem vai arcar com os custos sou eu! — a mulher reclamou de dentro da cozinha.
— Eu estou bem! — o menino tentava friccionar a perna para ver se adiantava de algo.
— Você poderia ter morrido! — Ten o bateu no ombro — Para de ser tão teimoso!
— Por que fica agindo assim comigo? Eu não vou morrer com neve, é... apenas neve! — Taeyong mostrou-se irritado.
— Quer dizer que eu não posso nem me preocupar? — Ten bateu uma vez com a almofada nele, depois o abraçou de lado — Não faça mais isso.
— Você vai me obrigar? — Taeyong olhou atentamente para o tailandês.
— Aish! — este se jogara no chão e começou a espernear, como uma criança que não ganhou um presente de aniversário — Por que eu tenho um namorado tão teimoso?!
— Por que eu tenho um filho tão teimoso?! — a omma de Taeyong imitou o choramingo de Ten.
Após alguns segundos de silêncio, com ambos garotos fitando um ao outro, logo gargalhadas deram vida à casa Lee. Aquela atuação tinha sido ridícula, mas a real intenção era essa.
— Ten, você está com fome? — sra. Lee perguntou, vindo da cozinha com uma panela fervilhando e num cheiro espetacular para quem esteve mais de quatro horas sem comer.
— Eu sempre estou com fome, Sogrinha Lee... Esqueceu? — ele correu até a mesa e lá deixou a caixa de rosquinhas que trouxera.
Taeyong finalmente conseguiu se levantar do sofá.
— Taeyong, se você continuar me desobedecendo, eu vou te largar e vou me casar com a sua mãe! — aquilo deveria ser uma ameaça, mas Taeyong apenas riu.
— Vamos morar juntos do mesmo jeito — deu de ombros.
Ten revirou os olhos e sentou-se à mesa. A comida estava quente, o interior da casa estava numa temperatura amena e gostosa. Taeyong estava um tanto sarcástico ao seu lado, mas não era nada do que uma boa ameaça fizesse o fizesse parar. De quando em quando trocavam chutes debaixo da mesa e sobrava para a sra. Lee receber um pontapé. Claro, após reclamações e minutos em silêncio, os dois logo recomeçavam a criancice. Tudo culpa de Ten, com a sua paixão por Ursinhos Carinhosos e um inexplicável amor pelo garoto frio que, ultimamente, mostrava-se doce e quente...
... Muito quente.
NOTAS
Oi! Se você veio parar aqui e não leu a primeira parte, recomendo-o visitar o meu perfil, não demorará para encontrar "Cold." Para quem já leu Cold: OOEEEEEEE TURO BOUM?
Vão dar views em Boss e, se tiver mais algum MV que eu perdi enquanto dormia, vai dar view também, corre!
A princípio, eu disse que não ia escrever essa história porque quando eu concluo uma história sem pretensão de continuar, eu não consigo de jeito nenhum fazer uma continuação. Mas, devido à tantos pedidos, aqui estou eu com essa fic.
Não sei com que frequência vou atualizar e tomem cuidado para não maliciar tudo (tipo esse final de prólogo que eu aposto R$2,25 que alguém pensou besteira). Eu espero que gostem dessa história e não levem tanto em consideração aquela "sinopse"
Vou demorar um pouquinho pra att pq eu quero escrever vários capítulos de uma vez, que nem fiz com Cold. Mas eu quis logo adiantar o prólogo para vocês, pois já faz um tempinho que concluí Cold.
Espero que gostem dessa fanfic e espero não decepciona-los (as). Beijos no core dessa NCTrouxa aqui e vida que segue! 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥
Obs: acabei de postar outra fic TaeTen
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Hot ✖️ TaeTen [2]
Hayran Kurgu"Você é como café: quente, e que me faz ficar acordado a noite toda."