Hot ✖️ TaeTen [2]

XXV

O despertador gritava, às seis e meia da manhã, tornando impossível o fato de alguém naquele quarto ainda permanecer dormindo. A princípio, Ten achou estranho Taeyong ter programado um despertador para o horário enquanto bêbado, então percebera que aquele som era do seu próprio celular. Desativara o som e jogara o celular no criado-mudo. Ainda sonolento, Chittaphon coçou os olhos enquanto cutucava Taeyong com o pé.

— Está na hora de acordar — avisou.

Taeyong sentou-se de súbito e pôs a mão na cabeça.

— Ai, que dor! Ai, que dor! Ai, que dor! — gritava ele, rolando sobre a cama e massajando a própria cabeça.

— Mas o bixo é exagerado mesmo — Ten balançava a cabeça negativamente, dramatizando uma situação em que estivesse decepcionado com Taeyong.

— Eu odeio isso! Que dor infernal! — jogou-se no chão e passou a rolar sobre ele, ainda com a mão na cabeça e gritando sobre dor.

— É melhor nos apressarmos, ou iremos nos atrasar — Ten falou o que, com toda a certeza, Taeyong falaria se estivesse em juízo perfeito.

"Mas que pena", pensava ele, "Não falta-lhe beleza, mas falta-lhe juízo."

— Aish, parece um martelo batendo dentro da minha cabeça... é cada pontada que eu acho que vou morrer! — comentava o Lee — Ai, que dor!

— Viu só? Ninguém mandou beber! — ria Chittaphon, cruzando os braços e assistindo a cena.

— Ain, eu quero minha mãe! — choramingava, debatendo-se no chão.

— Ah, pronto! Era o que me faltava! Levanta daí, Taeyong! Falta só você xingar em três idiomas diferentes para ser considerado o Neymar coreano! — aproximou-se do Lee.

— Eu estou sensível, não me toca! — parou de se mexer e passou a olhar para o teto — Se eu morrer, você zera todos os meus jogos?

— Fique aí pensando que eu vou gastar meu tempo com suas porcarias — Ten lixava as unhas com a lixa que encontrou sobre a cômoda — Eu tenho que me recuperar nas matérias, querido.

— Que egoísta — Taeyong deixou de drama e levantou-se — Vou pensar duas vezes antes de pedir um favor para você.

— Ah, ok — Ten riu — Então não venha me pedir mais nada. Nem mesmo quando estiver sobre mim e me escutar gritar seu nome. Até mesmo quando fizer isso daqui — e, de repente, imitou Taeyong na noite anterior com a mão na sua coxa.

— Se afasta! — deu um passo para trás, nervoso, tendo a consciência de que estavam numa casa totalmente estranha, para ele, e com a família Leechaiyapornkul, o que significava que não poderiam fazer coisas do tipo, já que eles costumavam aparecer do nada nos momentos mais impróprios — Você é um tarado, Chittaphon! Não confio mais em quem tem "porn" como sobrenome.

Ten cagou de rir.

— Para, senão assim eu fico vermelho. — e então inclinou-se para sussurrar: — E não estou falando do meu rosto.

— Aish, aish...! Você é a poluição em pessoa! — Taeyong fez cara feia e cruzou os braços.

— Mas o que você acha do sinalzinho no meu bumbum? — Ten girava o tronco com um sorriso animado nos lábios.

— Que? Que sinal? — fingiu desconhecimento deste — Eu não sei de nada!

— Quer que eu te mostre agora? — Ten decidiu que abriria a sua calça e deixaria Taeyong checar o que outrora comentara.

— Para com isso, Ten! Acordou com o que hoje? — Taeyong chateou-se e correu para o banheiro, deixando Ten morrer de rir ainda no quarto.

— Eu amo um bebê lerdo! — gritava o tailandês, balançando as pernas freneticamente como um belo sonhador.