LX

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A mão do coreano intrometeu-se entre as camadas grossas das vestes amarelas do seu tailandês, à procura da sua pele quentinha e macia outra vez. Ten estremeceu ao sentir seu contato de calor ausente esgueirar a sua pele morena. Mordeu os próprios lábios e olhou-o esperançoso quando sentiu aqueles dedos íntimos pressionarem cada centímetro do seu peitoral, indo justamente beliscar maliciosamente um dos seus mamilos e, em seguida, afagá-lo. Mas nada do beijo.

Nada do beijo, somente a outra mão de Taeyong agarrando seu outro mamilo e acariciando-o como quem estivesse estimulando-o. Mas aquilo só tornava as coisas mais difíceis para o moreno, o qual estava com medo de esquecer que estavam confinados naquele carro de sorteio e, sobretudo, no meio (bem no meio) de um shopping center. Ele só queria que Tae beijasse-o de novo, mas também não prometia controlar-se caso conseguisse.

— Seu corpo responde rápido, Tennie. Chega está arrepiado — Yongie comentara, arranhando a pele dele.

— Não continue, por favor — Ten grudou a cabeça ao recosto do banco e respirou fundo — E para de me olhar assim. Nem me pergunte se eu quero mais, porque você sabe bem a resposta e isso não vai prestar.

— Foi você quem propôs — agarrou-o pela nuca, puxou-o violentamente para perto e deixou um beijo no canto dos seus lábios. Não queria deixar o Chitta enfurecido, apenas deixá-lo sedento.

— Você quer fazer aquilo aqui, Taeyong — Ten refrescou na mente do outro o que estava tentando fazer — Apenas beijo.

Tae fingiu estar processando aquilo.

— Um só?

— Vários — Ten riu da sua cara de lerdo.

— Vários, tipo assim? — segurou o rosto do moreno e distribuiu inúmeros beijos rápidos.

— Tipo aqui — Ten tocou nos próprios lábios com o indicador e depois apertou-os para chamar a atenção do outro ali.

— Assim? — deixou uma dúzia de selinhos na boquinha tailandesa.

— De novo! De novo! — pediu com os lábios esticados e os olhos fechados, aguardando os beijos do namorado.

Taeyong sorriu e beijou-o mais umas quinhentas vezes, esquivando-se das tentativas de Chittaphon em beijá-lo de língua. Deveria saber que, uma hora ou outra, Ten conseguiria finalmente capturá-lo num beijo e prendê-lo à ele. Então o platinado voltou a sentir aquele gosto de pipoca doce, aquele roçar de lábios genuínos e aquele calor das respirações rodeando os dois.

— Saiam agora. Eu vou contar até três — um tom grave e claramente irritado esbravejou do lado de fora daquele carro. A porta fora aberta e nenhum dos dois percebera quando.

— Tio chato, acabou com nosso playground — resmungara Chittaphon, um pouco antes daquele homem começar a contar e Taeyong, assustado, deixar o seu colo. 

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