Capítulo 2

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Sem Revisão!
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— Vou sentir falta amiga… - me abraça Jéssica,em prantos.

— Eu também amiga, muita. - falo,chorando.

— Vamos Luna. Sua tia já está esperando. - fala a irmã Maria,me acompanhando até o táxi. Minhas poucas malas já estavam no porta-malas do carro.

— Irmã…

— Seja feliz. Deus lhe deu uma missão,nunca esqueça disso Luna.

Beijo a freira e entro no táxi,que dá partida.

Meu coração estava apertado…

Mas Deus sabia o que fazia...nunca errava.

Olho pela janela e vejo as pessoas lá fora,rindo e se divertindo.

Será que eu poderia ser uma dessas pessoas?

Minha ligação com o convento foi simplesmente acabada...e isso era o que mais doía.

Lá foi o primeiro e único conceito de casa e família que tive.

E agora?

Vejo o táxi seguir por um caminho...

Espera... conhecia esse trajeto.

Minha tia não morava na Rocinha! Pelo amor de Deus,não!

Por sorte,o carro freia antes da entrada do morro,numa ruazinha deserta,em frente a uma casa simples,com uma porta de vidro a frente.

— Chegamos.

— Tem certeza senhor?

— Foi o endereço que me entregaram lá no convento. - fala o taxista.

Respiro fundo e abro a porta,saindo do carro. Minhas pernas estavam trêmulas, enquanto eu caminhava até a casa. Suando frio,toco a campainha.

— Já vai! - grita a voz do outro lado.

Seria...minha tia?

A porta se abre,uma senhora de idade avançada aparece na mesma,arrumando os óculos no rosto.

— Olha mocinha,eu juro que dessa vez eu não vi quem matou o cara de ontem. Eu tomo remédio controlado e acabei dormindo. Aquela miserável ontem me dopou. - resmunga a senhora.

— Com licença,a senhora é a Sara?

— Aquela vagabunda? Óbvio que não. Sou Agostinha Lacker.

— Ah, desculpa,acho que vim parar na casa errada. - falo,sem graça.

— Você não é mandada por aquele pivete loiro aguado não? - pergunta Agostina.

— Não sei de quem está falando,mas eu vim do convento. Eu era uma freira,mas minha tia,Sara Fonseca,assumiu minha guarda pelo que sei. - falo e vejo a senhora a minha frente levar as mãos a boca.

— Você é filha da…

— A senhora não deve conhecer minha mãe. Sou filha de Rebeca Souza. Meus pais morreram em um acidente de carro. Sou a única sobrevivente e não tinha ninguém,até minha tia aparecer.

A mulher me olhava em misto de choque e surpresa.

— Como está viva? - me pergunta em um sussurro.

— Foi Deus quem me salvou. Sou dada como um milagre pelos médicos. - falo e ergo minha camisa,mostrando a cicatriz em minha barriga.

A senhora leva as mãos a boca,mais em choque ainda.

Sob o Mesmo Luar | Trilogia Salva-me  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora