Sob o Mesmo Luar | Trilogia Salva-me (Livro 1)

Bônus - Zero

Sem Revisão!
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( Domingo,19:55,Rio de Janeiro, Brasil )

— Zero,calma cara…

— Vá para o Inferno Terror! - berro,no meio da favela.

— Você disse que não era apaixonado…

— Eu não sei droga! E-Eu… - falo.

— Vamos encontrá-la. - fala Raquel,colocando a mão em meu ombro.

— Eu preciso fazer uma coisa. - rosno e saio,indo até o meu carro.

— O que pensa que vai… - fala Terror,vindo atrás de mim mas o interrompo.

— Olha Rafael,já chega. Se você não sabe o que fazer da merda da sua vida,que se foda. Mas não vai destruir a minha chance de redenção como destruiu a sua. E a verdadeira resposta é sim,eu amo a Luna. Mas diferente de você,não vou fugir feito um covarde. - falo e vejo os olhos de Rafael,me encararem surpresos para logo depois ser tomado por... arrependimento.

Respiro fundo e vou até ele,colocando minhas mãos em seus ombros e o encarando.

— Rafael,essa nossa vida não nos dá garantia de merda nenhuma. Então se eu tiver 1% de chance de ser feliz,eu vou atrás. E acredito que deveria fazer o mesmo. - falo por fim e entro no carro,acelerando pela rua.

Soco o volante,e pela primeira vez,uma dor sufocante permanecia em meu peito.

Eu não vou perdê-la.

Chega de ter medo Marckus.

Era hora de finalmente acreditar.

Respiro fundo, enquanto as malditas palavras ditas por Luna martelavam minha mente.

“Eu te amo”

Eu não vou perdê-la.

Estaciono em frente a um dos cassinos de Wagner.

— Onde ele está? - rosno a um dos seguranças da boate.

— N-no terraço. Só fica lá. - fala,com receio.

Medrosos…

Caminho até o terraço e ninguém tentava me impedir. Abro a porta de emergência e vejo o mesmo lá,sentado em uma cadeira reclinada, enquanto bebia calmamente seu whisky e olhava o céu.

— Marckus,acredita que eu ia ligar…

— Eu estou apaixonado. - afirmo e o mesmo levanta da cadeira,me encarando.

— Estava esperando admitir isso. Mas eu preciso saber quem é porque não vou deixar você quebrar a cara…

— É a Luna. - falo e vejo choque estampado nas expressões de Wagner.

Wagner continua me encarando e não conseguia decifrar seu olhar.

— Wagner,eu nunca escolhi isso. Eu sou um cara frio,amargurado,nunca tive nada na vida. Mas porra,não se pode evitar uma porra dessas. Tentei afastar,fugi para Las Vegas mas tudo piorava. Eu me sentia vazio,como se faltasse uma parte de mim…

— Seu ingrato! - rosna Wagner,jogando o copo no chão.

Vejo o mesmo apontar a arma em minha direção,e seu olhar era tomado por ódio.

— Eu te dei tudo seu vagabundo! Tudo! Pedi vocês que….

— Quando você me pediu para não aproximar eu já estava ligado a ela! Não se evita uma praga dessas caralho e você sabe disso mais do que eu! - grito e vejo o mesmo destravar a arma.