Sob o Mesmo Luar | Trilogia Salva-me (Livro 1)

Capítulo 38

É real galera, o livro está de volta <3

Sem Revisão!

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Andando lado a lado, eu e Zero caminhávamos pelas ruas de Vegas. Ele parecia pensativo e cabisbaixo durante todo o trajeto, enquanto eu olhava a cada ponto da cidade, admirando a paisagem bem cheia de vida e iluminada.

Mas uma coisa ainda martelava minha mente:

A relação dele com Phoebe.

O que os dois tiveram? Será que ainda tinha algo?

Olho-o de soslaio mas o mesmo tinha seu olhar preso para o outro lado, na qual segura minha mão e estanca no lugar de supetão.

— Venha, acho que vai gostar de algo. – fala com um sorriso sem graça, segurando firmemente minha mão e me guiando até uma grade.

Parece que ele temia uma possível fuga minha...

Ele firma seu olhar sob o meu, me encarando intensamente e eu retribuo, presa naquele mar de sensações.

Naquele azul que me teve no primeiro momento...

Que me fez sentir coisas que jamais experimentei na vida...

E o som de águas me faz quebrar a conexão, olhando para a minha frente...maravilhada.

— Apresento a você o famoso Show das águas do Bellagio, uma das atrações mais belas de Vegas. – fala, beijando a palma da minha mão, mas meu olhar permanecia firme naquela exibição natural, admirando cada detalhe.

Totalmente iluminado, o enorme lago diante do hotel possuía em seu centro uma enorme fileira de espécie de chafarizes que, em dados minutos, exibiam uma longa apresentação natural. A água que subia parecia flutuar e, ao se entrelaçarem pareciam estar envolvidas numa espécie de dança, num ritmo lento e reconfortante, totalmente enigmático.

— É tão... lindo.

— É, eu sei. – responde Zero com a voz grave e eu o encaro. E mais uma vez, trocamos olhares, nos deixando presos num mundo só nosso.

Ele se aproxima de mim e acaricia meu rosto.

— Me perdoa Luna.

Vejo arrependimento em seus olhos.

— Promete ser sincero comigo?

— Sempre meu amor.

— O que aconteceu entre você e Phoebe?

Vejo-o respirar fundo e se afastar, segurando firmemente a grade.

— Não me esconda nada, você prometeu isso a mim.

Ele assente com a cabeça e começa:

— Transamos algumas vezes. – fala, sisudo.

E como se flechas tivessem atravessado meu peito, arfo.

— Quando se é um cara ambicioso, rodeado de dinheiro e fama...

Ele suspira e continua:

— Eu era um dos melhores homens de Wagner, o mais forte e mais famoso. Sentir a inveja dos meus companheiros e a disputa do desejo das mulheres me deixava... eufórico. Era como se fossem combustíveis para meu ego, para me levar ao ápice da energia e eu me sentia... fora do comum.

Ele permanecia com sua cabeça baixa, olhando para o lago.

— Você conheceu o Cassino do DeLa Vega e viu a tudo aquilo. Imagina crescer com isso, conviver e ver as mesmas coisas sempre? Não daria em outra coisa. – fala, com uma risada irônica.