Capítulo 42

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Sem Revisão!

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Lágrimas livremente deslizam pelo meu rosto e eu já não conseguia pensar em mais nada.

Meu pai... estava morto.

Com seu corpo ainda em meus braços, começo a acariciar seus longos cabelos.

Não queria acreditar...

Não podia ser assim...

— P-Papai, por favor, reaja! Eu imploro! – em súplica, começo a balançar seu corpo pesado em meus braços.

Não podia perdê-lo. Ele não.

Não agora.

— Inferno! Maldição! – olho para o lado e vejo Terror praguejar em lágrimas, passando as mãos pelos cabelos.

— L-Luna...

— P-por favor, m-me deixe Marckus. – falo com a voz sôfrega e sinto seus braços me rodearem.

E ouço um soluço escapar do homem ao meu lado: Zero.

— E-Eu não posso perdê-lo. Não posso. – falo.

Não conseguia parar as lágrimas.

— Não posso dizer adeus quando acabei de encontrá-lo. – continuo e Zero beija meus cabelos.

Ele era meu pai. Meu único laço de parentesco. Uma parte de mim.

Aquele que apareceu quando eu achava que não tinha mais ninguém.

Que, a cada dia, tentava recuperar o tempo que perdemos, sendo o pai superprotetor e avô babão.

Avô...

Ele não conheceria o neto.

Não o veria crescer.

Não o ensinaria a correr, nem encobriria suas bagunças.

Levo minhas mãos ao meu ventre.

"esse bebê com certeza é um DeLa Vega."

O orgulho em sua voz quando falávamos sobre a gravidez.

"Fico feliz em saber que vou ter a chance de conhecer meu neto"

Ele não teria. Não estaria aqui.

Lágrimas deslizavam incessantemente pelo meu rosto e eu já não era capaz de abafar os soluços.

Ele... se foi.

Ouço um estrondo na porta de entrada da casa que chama a atenção de todos, nos levando a encarar os homens que por ela passam. Homens grandes e fortemente armados invadam a cabana de madeira e já era possível ouvir o barulho da sirene lá fora. Lash olha para o corpo em meus braços e olha em nossos olhos.

Ele buscava a confirmação.

E eu apenas assinto com a cabeça, em sinal de confirmação.

E, imediatamente, ele vai ao chão, caindo de joelhos, e todos os outros homens fazem o mesmo, seguindo seus movimentos.

Eram os homens do meu pai.

Vulneráveis e caídos diante dele, totalmente abalados, e em olhos lacrimejantes.

Vejo Terror também se ajoelhar, em lágrimas.

— PARADOS! NINGUÉM SE MEXE! – vejo os policiais invadirem a casa e param com as armas apontadas para todos nós.

Sob o Mesmo Luar | Trilogia Salva-me  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora