Capítulo 33

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Sem Revisão!

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— Sabe, não é querendo me gabar não, mas meu bolo é foda! – fala Agostina, colocando o bolo sob a mesa, junto a uma garrafa de café e a jarra de suco.

— Não posso negar, está maravilhoso. - falo, comendo. Zero somente encarava.

— Não está com fome Marckus? – pergunta Agostina, insegura. Eu o cutuco e ele me olha.

— Só um pedaço. – fala, colocando no prato. Na primeira garfada, noto seus olhos brilharem e um frágil sorriso brotar nos seus lábios.

Agostina suspira alegre e se junta a nós.

— Agora quero saber... e o casamento? – fala e eu engasgo com o bolo.

— Não pode haver casamento. Não faço ideia de como é isso e muito menos nas condições de risco em que estamos. – fala Zero, taxativo.

E por mais que eu não controle, uma tristeza invade meu peito.

— Eu ainda soco a cara desse garoto. – rosna Agostina e ele a encara em dúvida.

— O que eu falei... – começa Zero, mas é interrompido pelo toque do seu celular.

— Quem é? – pergunto.

— Preciso atender. – fala e se levanta, saindo da casa.

Solto uma respiração pesada e Agostina segura minha mão.

— Tenha paciência com o menino. É tudo muito novo para ele.

— Eu sei disso. Surpreende-me que ele já tenha mudado tanto. – falo, sorrindo.

— Nunca imaginei ver ele em minha casa, falando comigo, planejando um futuro. Você foi uma bênção na vida dele Luna.

Um sorriso se instala em meus lábios.

— E ele foi o melhor que aconteceu para mim. Ele e esse bebê, que agora carrego em meu ventre. Não poderia estar mais feliz. – falo, emocionada.

— É tanta felicidade mútua que meu coração velho não aguenta.

Dou uma risada e acaricio meu ventre.

— Agostina, posso lhe pedir um favor?

— Claro menina.

— Poderia me levar na capela daqui da comunidade? – falo e ela me olha surpresa.

— Agora?

— Sim. Eu preciso fazer uma coisa.

— Não é arriscado...

— É rápido e logo depois vamos embora.

Ela suspira, mas afirma com a cabeça.

— Vamos falar com o garoto antes que ele me mate.

Nos levantamos da mesa e saímos, mas ao olhar para os lado, não encontramos Zero. A noite já caía.

— Menina, tem certeza...

— É rápido Agostina.

— Mas ele não está aqui.

Olho para a entrada da comunidade e vejo o mesmo cara que falou com Zero quando chegamos e vou até ele.

— Boa noite.

— E aí madame.

— Poderia fazer um favor? Se ver Zero, avise a ele que fomos a capela.

— Pode crer dona.

Sob o Mesmo Luar | Trilogia Salva-me  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora