Bônus - Zero

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Sem Revisão!

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A sala começa a girar em torno e sinto que perdi o chão, como se estivesse flutuando.

— Zero? – chama Luna, mas não conseguia me mover.

Sem controle do meu corpo, sinto uma lágrima deslizar pelo meu rosto lentamente, enquanto estático, encarava a mulher na minha frente.

Um... filho?

— Meu amor, fala alguma coisa... – clama Luna, soluçando em lágrimas.

Desperto dos meus devaneios e sigo meu olhar até onde minha mão firmemente pairava, em seu ventre.

— G-grávida? – sussurro.

— Sim Zero. É um filho, nosso filho.

Não conseguia desviar meu olhar de sua barriga, totalmente plana, mas meu coração queimava, num sentimento desconhecido.

— Zero, eu sei que nunca imaginou ter algo assim e medo pairava sobre mim e por isso ainda não tinha dito nada, mas eu...

Caio de joelhos, perdendo as forças das minhas pernas. Mechas do meu cabelo invadem minha visão quando encosto a testa sob sua barriga.

Lagrimas deslizavam sem controle pelo meu rosto, tornando minha vista embaçada. Ouço um soluço alto.

— E-eu serei pai. Pai... - balbucio, com um sorriso.

Ergo a cabeça,olhando a mulher que eu amava mais que minha vida, que chorava e me encarava em expectativa.

— Um filho... – digo, sorrindo.

E em meio as lágrimas, ela assente e sorri.

Um sorriso escapa dos meus lábios e encosto minha testa em sua barriga em total emoção.

Aquilo poderia ser real?

Seria eu, merecedor de tudo isso?

Ergo do chão e encosto minha testa na de Luna.

— Obrigada... – sussurro, deixando um selinho em sua boca.

— Porra mano. – ouço a voz do Terror.

— Eu sabia que tudo se resolveria no fim. – olho para o lado e vejo Jéssica secando as lágrimas e Terror olhava a tudo com pânico instalado no rosto.

Sinto o celular vibrar no meu bolso mas ignoro, tornando a encarar a mulher a minha frente.

— E-eu te amo. – sussurro.

— Zero, você está b-bem com a ideia? – pergunta Luna e vejo insegurança em seu olhar perdido.

Ouço um bufar acompanhado do som de um celular tocando.

— Fala DeLa Vega. – atende Terror e eu o encaro.

Sinto Luna se enrijecer em meus braços. Era possível ouvir os berros dele sob o telefone.

Tínhamos um problema pela frente.

— Zero, DeLa Vega está no telefone e já adianto, não é nos melhores humores. Está irritado que não atendeu a chamada dele e desesperado querendo saber se encontramos a filha dele. – fala Terror e eu respiro fundo, tomando o telefone.

— Fala...

— Porra garoto, lhe dou meu voto de confiança e você faz isso cacete?! Eu estou desesperado por notícias da Luna, atende a praga do telefone! – berra, e ouço ao fundo o som de vidro se quebrando.

Sob o Mesmo Luar | Trilogia Salva-me  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora