Capítulo 9

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Sem Revisão!
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— Nossa,subir esse morro é de matar hein. - fala Jéssica,arfando.

Já se ouvia o soar do forró ao longe.

— Verdade. - falo.

— Ei,Terra chamando Luna! O que aconteceu menina? Saiu daquele banheiro toda sinistra. - fala,me olhando desconfiada.

— Nada não Jessy. Vamos logo. - falo,apressando os passos e logo chegamos até a quadra,que estava enfeitada totalmente diferente de ontem. Bandeirinhas e crianças estavam por toda parte,além de barracas que cercavam o local. E ao longe,via-se a brilhante capelinha do Rosário pouco mais acima.

Era linda.

Faço o sinal da cruz,pedindo proteção e logo Raquel vem em nossa direção,vestida com um vestido xadrez.

— Meninas! Estão lindas.

— Até que hoje não Raquel. Só estamos nós mesmos. Viemos apenas para ajudar. - falo,sorrindo.

Jéssica vestiu minha saia de ontem com uma blusa de manga azul marinho. Eu estava com uma calça jeans e uma ciganinha florida,cor vinho.

— Estão lindas.

— Obrigada Raquel. E então,o que temos que fazer? - pergunta Jéssica,solidária como sempre.

— Jéssica,você pode ficar com a barraca de beijos? - pergunta Raquel.

— O quê? - pergunta Jéssica,em pânico.

— É que a garota que ia ficar é muito,“famosa” se é que me entende e todos já ficaram com ela. Como precisamos de dinheiro,bem que podia ser pessoas diferentes. - explica Raquel,fazendo Jéssica perder a cor.

— Muito tentador,mas meu medo tá falando mais alto.

— O beijo não precisa ser na boca. É onde quiser,até na testa pode. - fala Raquel,rindo.

— Menos mal então. Eu aceito,vou encantar todos com meu bom humor. - brinca e Raquel a leva até lá.

Olho para o lado e vejo Madalena com uma enorme barraca de doces a todo vapor.

— Boa noite dona Madalena. Precisando de ajuda aí? - pergunto.

— Não vou negar não menina. Tá fervendo. - fala e passo para trás da barraca,ao seu lado,ajudando a mesma na venda de doces.

— Acredita que é a primeira vez que tem realmente uma quadrilha aqui no morro? Terror realmente veio para mudar. - comenta ela, enquanto entregava um pacote de doces a um morador.

— Sério? Nós,quando éramos freiras costumávamos ajudar a montar essas coisas na igreja. - falo e entrego um pacote de doces de abóbora a um senhor,que agradece.

As vendas estavam a todo vapor e meus pés já doíam de tanto tempo em pé. Não havia parado momento algum.

Logo,os doces já estavam chegando ao fim e minutos depois,vejo Raquel subir ao palco,anunciando o início da quadrilha. As crianças balançavam de um lado para o outro, perfeitamente e união. Os noivos eram as crianças mais novas,que arrancaram suspiros de todos.

No fim,todos aplaudiram bravamente,que saíram correndo até os braços de Raquel,que ria orgulhosamente.

E então,a quadra foi liberada para o povo dançar. Um homem,que apesar de não conhecido,estava cantando as músicas do grupo Falamansa ao som da Sanfona. Logo,casais se formavam ao centro,balançando de um lado para o outro.

Sob o Mesmo Luar | Trilogia Salva-me  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora