Sob o Mesmo Luar | Trilogia Salva-me (Livro 1)

Capítulo 36

Sem Revisão!

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(Sexta-feira, 22:35 pm, Las Vegas, Nevada)

Olho para o lado e vejo a cama vazia. Me espreguiço e levanto.

— Zero? – chamo, mas não obtenho resposta.

Onde ele estaria?

Assim que chegamos ao quarto, exausta da viagem, acabei adormecendo rapidamente e não percebi movimentação nenhuma ao meu lado.

— Zero? – chamo mais uma vez.

E... nada.

— Será que ele saiu tem muito tempo? – pergunto a mim mesma, olhando pelos cantos do quarto e não encontrando rastro nenhum dele.

Olho o celular e não havia mensagem.

Disco seu número e logo cai na Caixa Postal, me deixando claro que este encontrava-se desligado.

Desistindo, deixo o celular na cama e vou até o banheiro,me apoiando na pia e enquanto pegava uma escova para pentear meu cabelo, ergo meu olhar para o espelho a minha frente.

Dou um singelo sorriso.

— Estou... diferente. – afirmo, sorrindo.

Nesse pouco tempo aconteceu tantas mudanças e isso era visível, mas eu não havia reparado antes.

Também, com toda essa loucura acontecendo.

Ainda olhando para o espelho, começo a notar cada traço, cada linha, cada firmeza no olhar. Até meu cabelo parecia maior do que antes. Parece que toda a inocência de antes havia se perdido.

Eu me sentia mais... mulher, madura.

— É... a gravidez faz milagres. – brinco, levando minha mão até minha barriga, lhe acariciando.

É... mudanças.

— E além de tudo, me fez aprender a falar sozinha, olha isso. – descontraio, rindo sozinha.

Começo a me despir lentamente, ligando o chuveiro, deixando a água quente deslizar sobre o meu rosto me relaxando, aproveitando meu momento e minha própria companhia.

Enquanto a água lavava meu corpo, minha mente é invadida por lembranças.

Zero...

— Muito obrigada por salvar a minha amiga. Que Deus te abençoe.

Seus olhos verdes se viram para mim frios e duros, me fazendo esquecer como se respira.

— Nunca mais toque em mim! – rosna, com o rosto a centímetros do meu.

Dou um sorriso.

A primeira vez que encontrei com seu mar verde, que ao invés de temer, me senti segura.

E hoje...

Mudanças sempre se fazem necessárias, é o famoso ciclo da vida.

E misteriosamente, damos de cara com o desconhecido.

As coisas acontecem de forma inesperada, além do que um dia esperamos.

Predestinados ou não, é uma história.

Tudo é uma história.

Acaricio meu ventre novamente.

E sou uma prova de toda esse mistério, visto que minha história simplesmente mudou totalmente desde que fui fazer meu exercício do convento naquela comunidade.