Capitulo XVIII - Recordações no Telhado

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Tesh escutava atentamente a narração da Condessa-Viúva. Tentando, em vão, conter o sorriso que brotava em seus lábios. Cassy explicava-lhe tudo o que acontecera na ultima madrugada, desde o principio da insônia por parte de ambos, mesmo que aquilo chegasse até mesmo a ser um tanto irônico, passando pela conversa sobre os pais de Richard e a surpreendente historia da Marquesa-Viúva e do antigo Marquês até o dito momento.

O beijo trocado por ambos. Tessandra estava sentindo-se um tanto dividida. Pois preocupava-se com ambos os seus amigos, e se Bristol ferisse Cassy de alguma forma, não hesitaria em lhe cortar suas jóias masculinas. Por outro lado estava feliz que alguém tirasse a dama daquela prisão sem muros a qual colocara-se.

O Marquês era um libertino, era um fato, mas também era nítido o apreço dele pela família e aqueles que lhes eram caros. Sabia que Richard era um cavalheiro de certo perfeito para tirar de Cassandra aquela névoa que a nublava o olhar, mesmo que tentasse ocultá-la, a Condessa-Viúva era presa por muito mais coisas do que Tesh era capaz de supor. Porém não era apenas a opinião dele que importava...

- E assim, rumamos cada um aos seus aposentos. Não dissemos mais nada, pelo menos eu não conseguia encontrar palavras para aquele momento. Estava tudo tão... Não sei bem, estava tão... Intenso. – Cassy terminou a narração e encarou a amiga que a ouvia com atenção, mesmo que tivesse os pensamentos fortes.

- Bom... – Tesh sorriu de forma ladina. Sua amiga parecia um tanto atordoada. Confusa até. Era nítido ser aquela a primeira vez que Cassy beijava um homem por desejá-lo. Era quase como se fosse seu primeiro beijo. – Entendo o que aconteceu, e sinceramente acho que a culpa se divide entre ambos. – Foi sincera, afinal sabia um pouco como ela estava a sentir-se.

- De... Ambos? – Cassy era inteligente para muitas coisas, mas sentia-se leiga quando se tratava de sentimentos. Era de fato um assunto que não possuía experiência nenhuma no campo.

- Sim. Foi tua culpa falar em um momento como aquele, ocasionando na perca de controle dele. E culpa de Richard por não conseguir conter-se tão bem quanto deveria. – Explicou seu ponto de vista. Sentia-se um pouco estranha, pois afinal aquela situação vivida por Cassandra era um tanto parecida com o que mesma vivera há algum tempo atrás. Com Daniel.

- Mas não compreendo onde queres chegar com isto, Tesh. Por algum acaso falas que nós dois queríamos nos beijar? – Sugeriu Cassy um tanto espantada com a perspicácia da amiga. Nem ela própria havia chegado a tal conclusão, e apesar de tudo se surpreendia que a Duquesa conseguisse tirar um resultado daquela bagunça toda tão rapidamente.

- Exato. – Afirmou com convicção.

- E como podes estar tão certa disto? – Cassy tinha de admitir, agora estava curiosa para entender de onde vinha toda essa sabedoria da amiga. A Duquesa falava como uma voz da experiência.

- Pois, cara Cassy, não sei se tu se recordas daquela carta que te enviei antes de casar-me com Daniel, mas se recordar-se se do que lera, vais ver que tua situação ao diferes tanto assim da minha quando beijei meu marido pela primeira vez. – A Condessa-Viúva arregalou os olhos surpresa. Percebendo apenas naquele instante que de fato era aquilo. Recordou-se da carta. Claro, ma mesma demorara a chegar devido a localidade das damas ser demasiado distinta, mas ainda assim, recordava-se das palavras da Lady a sua frente.

- Mas Tesh... As situações não são exatamente... Iguais. – Apesar de ter certeza, não gostava muito de admitir aquele fato. Tesh e Daniel casaram-se. Eles se amavam, e tinha de confessar que a assustava a probabilidade de se apaixonar.

- Nunca disse que o eram. Disse que são similares. – Corrigiu Tesh docemente, segurando a mão de Cassandra com ternura. – Escute minha amiga, podes ser mais velha do que eu, mas sempre a considerei como uma irmã. E como a irmã que nunca tive, te aconselho a tomar cuidado. Um beijo pode ser muito mais do que aparenta. Ele...

- Pode alterar todo um futuro. – Cassy concluiu, a Duquesa assentiu. As duas amigas se abraçaram, tomadas subitamente por uma emoção desconhecida. Talvez o medo pelo que poderia vir. Não era uma ânsia de choro ou algo do gênero, mas uma energia eufórica que alertava a Condessa-Viúva que seu futuro poderia ter sido alterado da maneira mais improvável que poderia supor.

Ansiava apenas que tudo ficasse bem. Para ela, e para aqueles a quem amava.

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Oi pessoal, como estão? Espero que bem!

Milady e Milords, estive estes últimos tempos sem postar, mas entendam que tive de estudar para minha avaliações, e tal situação permanece, porém consegui revisar o mais devidamente este capítulo, e aqui estamos.

Sei que está curto, porém foi um equilíbrio para o anterior que se encontrava imenso. Não irei prometer nada, ainda mais por temer não cumprir, mas digo que faria o que puder para voltar o quanto antes.

E o que vocês acharam deste capítulo? Gostaram? Se sim, deixem seus comentários e estrelinhas para que eu saiba! Aprecio muito ler(e responder) vossos comentários.!

Beijinhos, felicidades e até a próxima!

Cecí

Minha Complicada Marquesa - Amores Entrelaçados 02Onde histórias criam vida. Descubra agora