Capitulo VII - Velas a Luz do Dia

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Quando Tesh e Daniel beijaram-se, Robert seguiu o exemplo do amigo e dos mais velhos. Andou até a esposa que o olhava com notáveis segundas intenções, talvez até terceiras,e a beijou.

Cassy suspirou revirando os olhos enquanto a romanticamente enjoaste cena se desenrolava na sua frente. Gostava de romances, sim. Mas nunca tivera de suportar três casais apaixonados de uma só vez.

Ela não se surpreendera com o beijo impróprio do Conde e da Condessa. De forma alguma. Ela já se acostumara àquilo. Lyn era as vezes um tanto pudica, mas para sair de situações em que o marido costuma repreender-lhe ela desperta uma outra mulher. Uma mulher que apenas Laercyo já conheceu. Aquela que sai quando estão entre as quatro paredes do quarto. Uma doce mulher sedutora que possui o marido na mão, de corpo e alma.

Nada que Cassy nunca tivesse visto.

Mas normalmente Tesh também segurava velas com ela, e não beijando apaixonadamente o marido. Na verdade, era a primeira vez que Cassandra tinha de segurar três velas.Era indignante ficar observando os casais aos beijos sozinha.

Cassy se sobressaltou ao sentir uma mão quente e grande pousar em suas costas. Mas apesar disto, ela reconheceu a textura da mão do Marquês por cima do tecido do vestido. – Rick... – Não pretendia dizer isto, mas a culpa era um pouco dele por inebriá-la daquele modo.

- Esses casais não se cansam de nos fazer de candelabros? – Indagou em tom de brincadeira, arrancando um belo sorriso dela. Belo até demais, ela pensou enquanto babava internamente pela dama.

- Sim, antes era apenas Tio Laercyo e Tia Lyn, agora há Robert e Lottie, e também a Tesh com o Daniel... Viraremos dois candelabros ambulantes se eles não começarem a se conter. – Ele sorriu com o comentário dela.

- E se entrássemos agora? Creio eu que eles ficariam curiosos se quando finalmente pararem de beijar-se e forem dar-nos atenção nós não estivermos mais aqui. - Sugeriu o Marquês sorrindo brincalhão. Por que não? Pensou a dama, Vai ser bom espavori-los ao menos um pouquinho.

Cassy assente, passando o braço pelo de Richard, que a conduz para dentro da mansão. Os casais perdidos entre beijos nem sequer perceberam a ausência dos dois, concentrados demais. – Você sabe onde está me levando, não sabe? – Indagou a Condessa depois que eles começaram a andar pelo Hall principal da mansão, seguindo para um dos corredores. Justamente o corredor que levava ao jardim.

- Claro que sei! – Confirmou fazendo-se de ofendido. – O que pensas? Que vou seqüestrá-la e tomá-la para mim? – Indagou em tom de brincadeira, mas logo se arrependeu. Pois afinal... Pensar naquela probabilidade totalmente impossível acabou fazendo-o ser abatido por uma onda de desejo. E se fizesse isso mesmo? – Indagou para si mesmo. – Arrepender-se-ia? Ou desejaria fazê-lo novamente?

Sabia bem a resposta. Sabia que era a resposta que deveria ser. Mas Cassy... Cassy parecia ser apaixonante. Ela tinha em si uma força que poucas possuem. Ela tinha uma vivacidade que surpreendia até mesmo a ele. E apesar de Richard só conhecer Cassandra há alguns dias, ele sabia que ela tinha muito mais coisas em seu passado do que permitia transparecer. Porque essa era Cassy. Ela era... Incrível.

As palavras de Richard entraram fundo na mente de Cassandra, chegando ao seu âmago, fazendo-a sentir-se inesperadamente com calor. A onda de um calor eufórico percorreu seu corpo de ponta a ponta, deixando-a alerta. Sabia que mesmo que talvez isso pudesse ocorrer, ela sabia que não era o certo. Para o seu desprazer, uma aliança que a ligava a um monstro rodeava seu anelar, impedindo-a de ser plenamente livre.

Mas se por um acaso ela acabasse na cama com Richard... Não negaria que começava a desejá-lo e que certamente adoraria a sensação dele em contato com a pele dela, muito intimamente.

Com um pigarro, ela voltou à realidade, antes que seus pensamentos voassem para uma região muito proibida. Muito intima. Muito perigosa. - Talvez não fosse ser assim tão ruim se o fizesse. – Admitiu mais para si mesma, pois não poderia mentir para si. Para os outros sim, para si não. Porém ela acabou falando aquela confissão em voz alta.

Com as faces rubras, ela parou bruscamente fazendo-o olhá-la confuso, virando-se para ele, ela focou seus olhos nos belos periodotos da Iris do Marquês, as faces bronzeadas em demasia para qualquer inglês, os cabelos escuros como breu com as pontas nem tom levemente prateado. Se ela fosse adivinhar diria que ele passara alguns anos nas Índias ou até mesmo na Arábia.

Era aliciante em demasia. Perigoso em total excesso. Apetecível e insólito, exalando truculência. Era como um convite formal para o pecado romântico da volúpia.

Ela descobriu naquele momento que se quisesse sobreviver àquela visita a Tesh, pelos próximos seis meses, certamente teria de tomar extremo cuidado. Mas a diferença, é que antes o cuidado que ela tinha era somente para manter-se longe das vistas do marido. Agora... Bom, agora teria de ter muito cuidado para retornar a Paris como veio.

Pois algo lhe dizia, que aqueles olhos poderiam esconder tantos segredos quanto ela, e que se tentasse se aventurar no breu desconhecido em busca de respostas para sua tola curiosidade, teria sérios problemas.

E correria sérios riscos.

A frase de Cassy o atordoou. Levemente, mas o suficiente para que ele ficasse atordoado. Enfeitiçado. Engajado nas íris claras da dama que o pegara desprevenido e o deixara mais que surpreso. Os lábios bem desenhados estavam entreabertos, enquanto ela respirava lenta e um tanto pesadamente. Oh, se ela soubesse o que isso causava a um homem... certamente não ficaria fazendo coisas tão aliciantes como aquela. Ou talvez ele estivesse apenas perdendo o seu juízo.

O fato real, é que se não tivessem sido interrompidos, beijá-la-ia, e estava certo de que não obteria resistência. Desejava provar os lábios de Cassandra com um anelo que chegou a surpreendê-lo. Conhecia-a somente a alguns dias. Três ou quatro pra ser exato. Como poderia já estar a desejá-la? Sendo ela a amiga de Tesh ainda mais?!

Certamente precisaria tomar o máximo de cuidado durante os meses que se seguiam, pois ter de estar ao lado de Cassy sem desejar beijá-la será um grande desafio.

- O que pensam que estão fazendo?

*~*~*~*~*

Oi pessoal, como estão? Espero que bem!

Sei que talvez hajam pessoas que desejem degolar-me por tamanha demora, mas ressalto que estive (e ainda estou) tendo muitas responsabilidades escolares. Ou seja, não ando tendo tempo o suficiente para me dedicar nem a este nem a nenhum outro dos meus livros. E nem a ler também.

Mas estou fazendo o possível para retomar as postagens o mais rápido que eu puder. Estou inclusive postando este capitulo hoje por não ter postado Domingo passado... E por que possivelmente eu não sei se conseguirei postar amanhã. Então achei melhor liberar logo o capitulo hoje.

Mas em geral é isto, logo chegam as férias e eu espero conseguir postar mais regularmente para vocês, fora que o tempo que eu deveria dedicar a escrever a historia da Cassy, eu ando dedicando a revisar Minha Nova Duquesa, e adianto log que a historia apesar das inúmeras melhoras continua igualmente magnifica, na minha opinião pelo menos.

O que acharam deste capitulo? Que tal as demonstrações de carinho por parte dos nossos casais mais antigos? E do nosso querido Marquês? Deixem seus comentários e estrelinhas para que eu saiba que estão gostando! É sempre muito importante!

Beijinhos, felicidades e até a próxima!

Cecí.

Minha Complicada Marquesa - Amores Entrelaçados 02Onde histórias criam vida. Descubra agora