Capítulo XXII - Foi Apenas Pensar...

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Era fato que se Cassy não o tivesse segurado, teria certamente desferido um belo de um soco na face de Sir. Fabyan. E, percebia, o mesmo ocorrera com Daniel e Robert. Chegava a ser estranho e até surpreendente a forma poderosa que aquelas mulheres eram capazes de exercer tamanho poder sobre eles.

Bom, uma cena de fato desagradável porá evitada, seria considerado possivelmente um vexame que cavalheiros de uma posição tão elevada chegasse a violência com outro simplesmente por Sir. Fabyan ter pedido Peggy em casamento.

Porém, eles certamente teriam de ter uma conversa civilizada com o Sir, em questão. Afinal era do futuro de Peggy que falavam. Todo cuidado era pouco com sua irmãzinha.

Já mais calmos, os cavalheiros, acompanhados por Sir. Fabyan, rumaram ao escritório de Rutland para poderem discutir tal assunto sem a interferência das damas, pois bem sabiam o que elas poderiam fazer a eles.

Assim que Daniel fechou a porta, Bristol desferiu um tão desejado soco na face de Fabyan, e como bem sabiam que se os três o fizessem haveriam conseqüências desagradáveis para eles, o Marquês representara aos três.

- Creio que talvez eu possa ter merecido isto. – Admitiu Fabyan massageando o queixo.

- Apenas talvez? De onde lhe surgiu a idéia de pedir minha irmã em casamento sem mais nem menos? – Indagou o Marquês neurastênico.

- És bom que saiba onde estás a meter-se. Peggy é alguém querida por todos nós, não toleraremos que fira os sentimentos dela. – Garantiu Robert. Seu olhar mostrava-se sério e afiado, ele exalava a autoridade do rei que era.

- Minha esposa quase se casou com um homem que queria apenas aproveitar-se de seu dote, Sir. Fabyan. – Contou Daniel, dogmático. – Se este homem não tivesse morrido talvez nós dois nem sequer estivéssemos juntos hoje. E acredite, se suas intenções para com Peggy não forem das boas, lhe garanto que...

- Ei! Poderiam por obsequio ouvir-me antes de encherem-me de acusações? – Pediu o cavalheiro um tanto atordoado por todas aquelas informações sucessivas. Por um lado até compreendia o que os nobres tentavam fazer, porém jamais tencionara magoar Peggy. Os três assentiram, mesmo que ainda possuíssem muitas coisas a se dizer, e muitas ameaças a proferir.

Respirou fundo, pelo que percebera, nenhum deles sabia de absolutamente nada com relação a sua história com Peggy. E se este era o caso, teria de agir como um contador de histórias, narrando tudo, ou quase tudo, desde o primeiro momento.

- Como eu disse no baile, conheci-a há cerca de mais ou menos um ano, eu estava em viagem a Paris. Meu... Pai, pediu-me que fosse em seu nome buscar algumas encomendas para ele. – Falou de um tom um tanto amargo. Sua convivência com o pai não era das melhores. Realizava tais tarefas apenas por respeito. – Estava em uma das casas de chá para relaxar, afinal sou inglês. – Prosseguiu, recordando-se do instante em que a vira. fora certamente um dos melhores momentos de toda a sua vida. – Lady Zaíra, Peggy, Porchat e a senhorita Porcina estavam lá também. O proprietário havia ofendido a Marquesa-Viúva de alguma forma, e a dama surpreendentemente revidou. Os dois estavam numa pugna que certamente iria agravar-se caso alguém não os interrompesse.

- Então fostes tu que veio ao "resgate" delas. – Concluíra Rutland prevendo aonde aquela historia daria.

- De fato. Interrompi a discussão e consegui fazê-los entrar em acordo. Sua mãe quis me agradecer, e mesmo sobre meus protestos, quase obrigou-me a ir em um chá com elas na próxima vez. Sem escolha concordei. – Richard deixou escapar um pequeno sorriso ao imaginar a mãe realizando tal cena. Era muito o perfil de Lady Zaíra o fazer mesmo. – Alguns dias depois, acabamos nos encontrando novamente e por tal caso, cedi ao convite da Marquesa. Durante o chá, acabei por conversar bastante com Peggy, e ela... Ela me deixou embevecido. Eu apenas não notei.

Minha Complicada Marquesa - Amores Entrelaçados 02Onde histórias criam vida. Descubra agora