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Pov's Gou Gou

Eu ia passar a noite na casa de um amigo mas como ele ficou doente com uma crise de visicula eu tive que ir embora.

Resultado: cheguei a casa e vi a Momo a dormir com o namorado dela e como eu sou uma mente super pura pensei asneiras.
Claro que mais tarde ia gozar com a cara deles os dois, então tirei uma foto. Eu sou tão malvado, até dava uma risada maléfica mas isso ia acorda-los.

Peguei no telemóvel outra vez e tirei várias fotos de vários ângulos e depois fui dormir, porque ser fotografo de casais adormecidos é cansativo.

Deitei-me e fiz o meu sono de beleza, ficar assim maravilindo não é fácil.

Pov's Momo

Acordei com o Xin Long ainda a abraçar a minha cintura. Sorri ao ve-lo mas tinha que acordá-lo também porque eu tinha fome ou então ficava ali eternamente, não que eu não quisesse mas eu tenho fome.

- Eu não quero acordar.- ele resmungava com os olhinhos fechados.

- Eu tou com fome.- eu disse manhosa.

- Mas eu não quero sair.- ele era teimoso mesmo.

- Que pena acho que vou ter que encontar outro alguém que me possa largar de manhã e acordar.- eu disse como quem não quer nada.

- Já estou de pé!- ele abriu os olhos e soltou-me.

Comecei a rir da cara dele e levantei-me. Ele suspirou e eu dei-lhe um beijo na bochecha, antes de sair do quarto e descer as escadas.
Fiz o pequeno almoço, já que o Xin Long diz que até noodles queima. Eu nem quero saber o que acontece às torradas.

Passado um tempo, ouvi a campainha tocar espreitei pelo olho mágico e era o meu pai.
Um medo inexplicável subiu por mim a cima.
Corri e abracei o Xin Long e mesmo sem eu querer eu comecei a chorar.
Ele ficou muito preocupado e apertou-me.

- O que foi mochi?- ele perguntou todo preocupado enquanto via se eu estava magoada ou assim.

- O meu pai está ali.- eu disse num sussurro - Eu tenho medo.

- Não te preocupes.- ele disse.

Ouvia-se "dlig dlogs" da campainha que não parava de tocar. O Xin Long sussurrava coisas boas e apertava-me. Eu chorava cada vez mais com o medo do que o meu pai pudesse fazer.
Então lembrei-me e procurei o Gou Gou, que eu já sabia que estava cá.

- Temos que nos esconder.- eu disse num sussurro quando o encontrei.

- Porquê?- ele perguntou confuso.

- O meu pai.- eu sussurrei de novo.

Com isto ele percebeu o que eu queria dizer, então fomos os três para o armário quarto da mãe e trancamos a porta do quarto com a chave para além de que pusemos toda a mobilia à frente da porta, incluindo a cama.

Abracei-me ao meu namorado com força e chorei baixinho, sentindo uma das sua mãos no meu cabelo e outra na minha cintura.

Passado um tempo paramos de ouvir a campainha e pareceu que alguém estava a bater com força na porta com intenções de arrombar.
Por sorte tinha o telemóvel e liguei à polícia, sabia que invasão de propriedade dá direito a três anos, sim porque ele também tem uma arma.

Depois que eles disseram que chegavam em cinco minutos eu simplesmente guardei o telemovel e abracei o Xin Long novamente, ainda assustada com os barulhos altos do meu pai a bater com tudo na porta.

- Tenho medo, Long Long, tenho muito medo.- eu sussurrei a chorar.

- Shiu, shiu, calma.- ele dizia.- Vai ficar tudo bem, a policia já vem ai, ok? Não chores, doi-me tanto ver-te a chorar.

- Por favor, eu shippo muito mas acho que este não é o momento para isso.- o Gou Gou interrompeu-nos.- Eu sou muito bonito para servir de vela!

Acabamos pro rir baixinho mas assustamo-nos quando um estrondo foi ouvido.
Encolhi-me nos braços dele e chorei novamente.

- Momo, Momo, onde te escondeste?- ouvia os passos dele e a sua voz repugnante.

Senti os braços do meu namorado me apertarem e a sua respiração no meu pescoço.
  Eu chorava baixo mas mesmo assim ele pôs uma mão á frente da minha boca e pediu silencio.

- Porque não apareces para dar um abracinho ao teu appa favorito, Momo?- o tom de voz dele dava-me dores de cabeça.

A raiva no rosto do meu namorado era muito visivel e ele apertava-me como se eu pudesse ir embora a qualquer momento.
O Gou Gou mantinha-se quieto e calado, a segurar uma das minhas mãos e a aperta-la.

Para nosso alivio o som de um carro a toda a velocidade foi ouvido, assim como uma sirene.
Mais passos apressados e então alguem a debater-se.
Finalmente o meu irmão levantou-se e o Xin Long tambem.

- Não me deixes sozinha...- eu pedi a puxar-lhe o braço.

- Se estiver tudo bem eu prometo que venho aqui. Ok?- ele disse.- Fica aqui quietinha.

Eu apenas pude concordar e ver os dois a sairem.
Encolhi-me num canto e abracei os joelhos, com medo que o meu pai estivesse ali ainda, prontinho para atirar com uma bala em algum dos dois.
Assustada com os meus pensamentos, eu encolhi-me um pouco.

Foi então que vi o Xin Long a entrar com um sorriso.
Ele veio até mim e ajudou-me a levantar.

- Está tudo bem por agora.- ele disse.

- A sério? Está mesmo?- eu perguntei mais animada.

Ele concordou com a cabeça e eu, sem pensar muito, puxei-o para um beijo.
Eu estava tão feliz naquele momento que só me apetecia mesmo aquilo.

- Uau, não me importava se me desses outro desdes.- ele disse com um sorriso brincalhão.

- Idiota.- eu ri, ainda com as lagrimas nos olhos.

- Ok, ok. Vamos.- ele puxou-me para o andar de baixo.

O Gou Gou estava de braços cruzados a resmungar por causa da porta que foi arrombada e dois agentes estavam a algemar o meu pai.
Apertei a mão do Xin Long mas ele sorriu e disse-me que estava tudo bem.

- E a porta, ha? Os nossos pais vão matar-nos, querem fazer o favor de pelo menos arranjar alguem que arranje isto.- o meu irmão resmungava.

Chegava a ser comico. Uma criança de doze anos a humilhar um agente da policia enquanto dois deles estavam a deter um homem e a segurarem-se para não rirem do nervosismo do colega.

- Ming Rui.- eu chamei-o.

Ele olhou para mim e veio-me abraçar, a perguntar se eu estava bem.
Ri com a preocupação do meu irmão e do suspiro de alivio do agente ao ver o meu irmão distraido.

No fim do dia o agente arranjou a porta (não era dificil) e depois disso eu fiz o jantar.
Nem fui visitar a Nayeon com tanta preocupação.

O Xin Long disse que ia para casa, mais descansado por o meu pai ter ido para a prisão.

- Eu queria ficar, sinceramente. Dormir abraçadinho contigo é bem mais confortavel do que dormir sozinho.- ele disse quando me fui despedir.

- Podes ficar se quiseres.- eu sugeri com um sorriso.- Sinto-me mais segura.

Ele riu e deu-me um beijo na bochecha.

- Amanhã venho visitar-te.- ele disse.- Tchau, mochi.

- Tchau, Long Long.- eu dei-lhe um beijinho rapido e ele foi-se embora.

Suspirei e entrei. O Gou Gou estava ali a mostrar-me uma foto no telemovel dele.
Eu corei ao ver eu e o Xin Long abraçados e a dormir.

- Quando é que...? Como foi que...? Quando tiraste esta foto pirralho?!- eu perguntei a tentar tirar-lhe o aparelho das mãos.

- Calma, calma.- ele dizia a rir.

Sorri e bufei, não conseguia ficar irritada com ele.
Depois disso ambos subimos e fomos para o nosso quarto.

Dormi mais descansada mas um pressentimento dizia-me que ainda não tinha acabado.

How Did I Met Your FatherOnde histórias criam vida. Descubra agora