- "Não estás cansada?" Perguntou.
-"É apenas uma massagem, não uma corrida." Respondi.
-"Iria ajudar-me. Origada." Sorriu.
-"Aqui na sala ou no quarto?" Perguntei.
- "No quarto." Respondeu.
Agarrou na minha mão e levou-me até ao quarto. Senti o meu coração bater forte. Entrámos no seu quarto e retirou algo da cómoda. Entendi que era apenas loção corporal. Retirou a sua camisola e deitou-se na cama. Senti que o meu corpo fugia do controlo da minha mente. A sensação de borboletas na barriga voltava a invadir-me. Sentei-me no fundo das suas costas. Massajei os seus ombros e soltou um suspiro. As minhas mãos desceram...
- "É maravilhoso...."Disse.
Pude sentir o seu corpo relaxar a cada toque meu. Pedi-lhe que retirasse as calças para que pudesse massajar o resto do seu corpo. Massajei as suas pernas e os seus pés. Coloquei-me a seu lado e virou-se para que pudesse massajar a sua frente. Reparou que estava desconfortável naquela posição.
- "Podes sentar-te como antes." Disse.
- "Não é exatamente o mesmo..." Respondi.
- "Não estamos a fazer nada de errado, Meg." Disse.
Puxou-me até ao seu colo onde me sentei no final da sua barriga. Massajei o seu peito e manteve os seus olhos fechados. Ao observar todas as suas tatuagens entendi que estava numa posição de privacidade a que poucas pessoas teriam direito. As minhas mãos foram até a sua barriga e senti-o tremer debaixo de mim. Desci até às suas pernas e soltou um gemido. Entendi que talvez fosse altura de parar. Abriu os olhos e sorriu.
- "Muito obrigada." Agradeceu.
- "Não tens que agradecer. Fico feliz que te sintas melhor." Respondi.
- "É a tua vez." Sorriu.
- "Não é necessário. Estou bem." Disse.
Deitou-me na cama e fez-me cócegas até perder o fôlego. Parou e olhou-me nos olhos. Parei de rir. O meu coração voltou a bater ainda mais forte. A distância entre nós tornou-se demasiado perigosa. Aproximou-se e beijou o meu nariz.
- "Vira-te." Pediu.
Retirei a minha camisola e deitei-me. Arrepiei-me com o toque frio dos lençóis na minha barriga. Senti as suas mãos na minha cintura e estremeci. As suas mãos subiram. O seu toque era algo mágico. Já tinha sido tocada daquela forma. Mas o seu toque... Tinha medo de perder o controlo. Retirou os meus calções e deixei que o fizesse. As suas mãos desceram aaté às minhas pernas e desceram mais um pouco. Reparou que estava nervosa.
"Relaxa, Meg." Sussurrou.
Beijou os meus ombros, o meu pescoço... Senti as suas mãos percorrerem todo o meu corpo. Virei-me e os nossos olhares cruzaram-se. Podia sentir todo o calor do seu corpo. Senti os seus lábios nos meus pela primeira vez. Sorriu contra os meus lábios e fiz exatamente o mesmo. Era a sensação mais confusa que já havia sentido em toda a minha vida. Era tão certo e tão errado. O beijo tornou-se mais intenso.
- "Não te quero desrespeitar. Se estiveres desconfortável, diz-me, por favor." Disse.
- "Não estou desconfortável." Respondi.
Voltei a puxá-lo até mim e beijei-o. Penso que é quase impossível conseguir explicar tudo o que ele me fazia sentir. Existia pouco a separar-nos e a fricção entre os nossos corpos começava a ser demasiada.
- "Meg..." Gemeu contra o meu pescoço.
- "Deviamos parar..." Sussurrei.
- "Deviamos..." Respondeu.
Mas não conseguiamos. Os nossos labios encontravam-se ligados tal como os nossos corpos. Senti a sua mão a descer pelo meu corpo e agarrei-a.
- "Eu nunca..." Avisei.
- "Meg, desculpa. Pensei que..." Disse.
- "Está tudo bem, Harry." Sorri.
- "Preocupo-me bastante contigo..." Sorriu.
Puxou-me para junto de si e beijou-me. Ficámos ali durante algum tempo, somente a aproveitar a companhia um do outro. Por enquanto, isso era suficiente para nós.
A luz forte que penetrava através da varanda do quarto fez com que despertasse. Reparei que o Harry não se encontrava junto a mim e fui até ao andar de baixo onde o encontrei a cozinhar.
- "Cheira muito bem." Disse.
- "Bom dia." Disse e sorriu.
Dei um pequeno beijo no seu rosto e puxou-me para um beijo apaixonado.
- "Pensei que poderias ter fome." Disse.
Pediu que me sentasse no jardim. Trouxe o pequeno almoco e sentou-se junto a mim. Tinhamos uma ligação que se havia tornado bastante forte em pouco tempo. Podiamos falar durante horas sem que ficássemos aborrecidos. Convidou-me para uma festa. Iria partir em dois dias portanto senti-me feliz por ele querer que fosse a uma festa onde estariam alguns dos seus amigos. Passámos o dia no seu apartamento, no sofá, debaixo de uma manta a assistir a filmes. Era hora de irmos até à festa, por isso subi até ao quarto. Tomei um duche e coloquei um vestido que a Catherine me tinha oferecido no meu 18º aniversário mas que nunca tinha tido oportunidade de usar. Era um vestido preto, curto e com glitter. Coloquei baton vermelho e desci até à sala.
- "Megan... Wow..." Disse.
- "O que se passa?” Perguntei.
- "Estás linda..." Respondeu.
-“Obrigada.” Agradeci.
Não conseguia tirar os olhos de mim. Sabia que teria que ir com elas por causa dos papparazzi's, por isso ele saiu primeiro e um pouco depois a Eleanor foi buscar-me a partir da garagem. Fomos até à casa do seu amigo e todos os olhares se encontravam em nós. Os rapazes vieram até nós e abraçei-os. Tinha saudades deles. O Harry sentou-se perto de mim.
- "Dava o mundo para te poder beijar." Disse e sorri.
Divertimo-nos bastante. Apresentaram-me a alguns dos seus amigos. Conhecia alguns dos media. Senti-me como uma criança em dia de Natal quando conheci o Ed, era uma inspiração bastante forte para mim.
- "Promete-me que vais tomar conta dele." Sussurrou no meu ouvido e consenti com a cabeça.
Estava a dançar com a Eleanor e a Danielle quando alguém me agarrou no braço. Olhei para ela e reconheci-a de imediato. Era uma das suas ex.
- "Podemos falar?" Perguntou.
- "Penso que sim." Respondi.
Fomos até um dos quartos.
- "Tens noção daquilo em que te estás a meter?" Perguntou.
- "Estamos a falar sobre o quê?" Perguntou.
- "É possível ver a forma como o Harry olha para ti. A forma como olhas para ele. És a sua nova boneca." Disse.
- "Não, não sou." Afirmei.
- "Não quero ser fria... Estou aqui para te ajudar. Isto é o que vai acontecer. Ele vai trair-te. Vai cansar-se de ti. Vai abandonar-te e partir o teu coração." Disse.
- "Confio nele. Conheço-o mais profundamente do que alguma vez pudeste conhecer." Respondi.
- "Não sejas ingénua... Ele quer que acredites que és diferente. Não o faças. Vamos fingir que ele até gosta realmente de ti. Vão ambos terminar magoados. Sabes porquê? Vamos imaginar que começam a namorar. Terás que ser o seu segredo. E quando já não fores o seu segredo, os media e os fãs vão quebrar-vos aos dois. Ele vai sofrer imenso. A sua carreira vai ser afectada. Pessoas como o Harry Styles não podem namorar. Alguém vai terminar sempre a história com um coração partido." Disse.
As suas palavras afectaram-me. Não a parte em que me traíria mas a parte em que ele iria sofrer. Fui sua fã durante demasiado tempo. Sabia como iriam reagir. Sabia que não o queriam magoar, apenas proteger. Os seus fãs eram o seu mundo e jamais os poderia separar. Nunca poderia viver com isso dentro do meu peito. Desci as escadas a correr e tentei sair quando o Harry agarrou no meu braço.
- "Megan, o que estás a fazer? Procurei-te por toda a parte." Disse.
- "Não posso fazer isto..." Afirmei.
- "Vamos até lá fora." Pediu.
Levou-me para um lugar calmo no jardim.
- "O que se passa? Alguém te magoou?" Perguntou.
- "Não... Apenas... Não posso fazer isto." Respondi.
- "O que queres dizer com isso?" Perguntou confuso.
- "Nós não podemos estar juntos." Respondi.
- "Porque não?" Perguntou.
- "Porque... Não somos certos um para o outro. Não pertencemos juntos." Respondi.
- "Megan... Estás apenas assustada." Disse.
- "Não, não estou assustada. Simplesmente... Não possuo sentimentos por ti. Pensei que sim, mas..." Afirmei.
- "O quê?" Perguntou.
- "Ouviste-me. Não estou apaixonada por ti." Respondi.
- "Não acredito em ti..." Disse e pude observar que os seus olhos se encontravam com lágrimas.
- "Devias..." Afirmei.
- "Olha-me nos olhos e diz-me que não possuis sentimentos por mim." Pediu e lágrimas rolaram pelo seu rosto.
- "Eu..." Tentei dizer.
- "Diz-me! Diz de uma vez." Gritou enquanto me deu um abanão, magoando-me no braço.
- "Eu não tenho sentimentos por ti, Harry. Não tenho." Gritei tão alto quanto ele havia feito.
Pude ver a forma como os seus se tornaram vermelhos. A forma como mordia o seu lábio numa tentativa de parar de chorar. Não suportava vê-lo assim mas era a melhor solução. Seria pior quando se apegasse ainda mais. Virou-me as costas e fiquei ali até que a sua figura desaparecesse na esquina do jardim. Finalmente, chorei. Chorei bastante. Uma parte de mim foi arrancada pelas mãos injustas do destino... mas nunca poderia arruinar a sua vida. Ele significava demasiado para mim. Demasiado...