Jade dormiu bem durante a noite, os remédios que tomou para tirar a dor a deixara sonolenta, por isso ela conseguiu descansar. Theodoro pela manhã avisou a todos o que acontecera, só não deu detalhes, tipo, de que ela cortara o pé porque ele a estava beijando.
Dona Esperanza fez ela ficar em repouso a manhã inteira, mas, ela não conseguia ficar muito tempo na cama, ficar parada a fazia pensar e pensar era o que ela menos queria, principalmente se fosse para pensar em Theodoro. Ele havia sido tão carinhoso com ela na noite passada. Na verdade ele sempre foi carinhoso, ela estava tão influenciada pelo que falavam sobre ele que não deixara nenhuma abertura para que ele se mostrasse como realmente era.
Mesmo ele sendo mulherengo, nunca escondeu essa faceta dela, mesmo sabendo disso, esse fato não evitou que ela se apaixonasse. Queria ficar com ele, claro, se ele a quisesse ver até onde esse sentimento a levaria, ele poderia ser o seu príncipe encantado, ou não. Como o próprio Marco dissera, ela tinha que esquecer o passado e pensar só no presente, o futuro, a Deus pertencia. Mas só saberia se existia algo se desse abertura, se ficasse sempre com medo, nunca saberia ou conheceria o amor.
Theodoro foi trabalhar com o pai novamente e já estava se acostumando com a rotina da empresa, apesar da incompetência da secretária, ele estava animado com a possibilidade de trabalhar para valer. Pensara em Jade o dia todo, estava preocupado com ela, pelo pouco que a conhecia, imaginava que a última coisa que ela faria seria ficar em seu quarto, na cama, isso não era a cara dela.
Lola, Pamela, Luna e Rúbia, lhe fizeram companhia durante a tarde, as meninas não acreditaram muito na versão que Theodoro contara pela manhã sobre o motivo dela ter cortado o pé, ele dissera que estava na cozinha tomando um copo de leite quando ela entrou e ele se assustara derrubando o copo, ela solícita, fora limpar e acabara cortando o pé.
Jade por sua vez não deu nenhuma explicação, não viu necessidade, já que ele se incumbira disso. Porém, como as meninas não acreditaram, ela contou a elas a verdade do que havia acontecido.
-Ele lhe confessou que estava com ciúme?
Pamela perguntou interessada.
-Sim, ele me disse com todas as letras, quando eu perguntei o motivo ele me perguntou se eu realmente não sabia e quando ele me deixou no quarto depois que voltamos do hospital, me desejou boa noite e me chamou de meu amor, mas, eu fingi que dormia.
-Espertinha você, não? Está aprendendo rápido. - Constatou Lola brincalhona.
-Eu acho que vou seguir os conselhos do Marco e deixar acontecer, não adianta eu querer tapar o sol com a peneira, eu o quero.
-E ele também a quer, ontem ele estava de um jeito que nunca vimos, se isso não é amor, não sei mais o que é. - Declarou Luna.
-Bom, vamos ver no que dá né? - Disse Jade
-Seu pé está doendo? - Quis saber Pamela.
-Não, só lateja as vezes, mas logo passa, eu só não posso forçar o pé por enquanto.
Já Theodoro pensava em tomar coragem de se declarar a ela, só assim quem sabe, teria uma chance. Estavam todos na sala, esperando que Lorenzo e Theodoro chegassem para irem jantar, como faziam todo início de noite. Jade estava sentada em uma poltrona com o pé apoiado em um puff, por causa do curativo, ficava complicado calçar o sapato, então resolveu ficar sem calçá-lo.
Lorenzo chegou no mesmo horário, porém sozinho, disse não saber onde Theodoro havia ido, eles saíram juntos do escritório, mas Theodoro havia ido em direção ao centro da cidade e não dissera nada sobre onde iria.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Totalmente Seu
RomansaEssa é uma história de minha autoria, qualquer cópia é totalmente proibida, pois a história está devidamente registrada. Plágio é crime e passível de punição.