Capítulo Quarenta e Um:

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No dia seguinte Jade acordou mais disposta, o que facilitou para que saíssem e conhecessem a cidade, foram ao Partenon, na Acrópole, ao Templo de Hefesto, a Torre dos Ventos, era tanta coisa para conhecer e admirar, Jade ficava encantada com cada novidade.
Visitaram também os Jardins Nacionais, a Grécia era sem dúvida, um belíssimo país, com uma cultura ímpar.
-Então, meu anjo, está gostando? — ele quis saber.
-Sim, estou amando tudo, é muito mais do eu imaginava!
-Mas agora, vamos voltar para o hotel, você não pode se cansar muito, deixemos um pouco para amanhã também. — Ela concordou, estava realmente cansada.

Enquanto Jade tomava banho, o celular de Theo voltou a tocar, olhando na tela, viu que era novamente seu pai, esperava que agora ele revelasse o que o estava preocupando, conhecia seu pai e sabia que a ligação do dia anterior não havia sido à toa.
-Alô papa!
-Theo, filho! Estou ligando para saber se Jade melhorou.
-Sim, ela acordou bem disposta hoje e pudemos sair para conhecer Atenas. — sabia que sua família se preocupava com Jade, mas algo na voz de seu pai entregava que sua preocupação era outra.
-Não a deixe ficar muito tempo no sol e a faça repousar. — instruiu o pai.
-Pode deixar, eu estou atento, papa! Mas, abra o jogo, sei que sua preocupação não é só isso, está tudo bem em casa?
-Tem razão filho, minha preocupação é realmente outra, mas tem a ver com Jade. Dimas e o irmão foram assassinados na prisão estudo leva crer que foi Hidalgo. — contou Lorenzo.
-Como é que é? — Theo indagou, sem acreditar.
-Sim, é isso mesmo que você ouviu. Ele deixou uma carta e fugiu da prisão, sem contar que ele pensa que Jade morreu com o tiro que a acertou.
-Meu Deus! Esse cara é realmente doente.
-Filho, Jade precisa saber, mas temos medo de que ela fique muito nervosa.
-Mas não posso esconder esse fato dela, vou ver a melhor maneira de contar.
-Muito bem! Se cuidem e cuide bem dela, qualquer coisa nos telefone.
-Tudo bem papa! Vou cuidar bem dela, não se preocupem. Eu mato esse desgraçado se ele se aproximar da minha mulher, ela está grávida, uma gravidez de risco, não pode se alterar.
-Theo! Por favor! Fique atento, ele ameaçou você na tal carta. Se perceber alguma coisa estranha, volte para casa.
-Vou estar atento, nada irá acontecer, não se preocupe tanto, afinal, só as pessoas da família sabem onde estamos.
-Tem razão, fiquem com Deus e de um beijo em Jade por nós.
-Eu darei, pode apostar. De um beijo em todos e peça para a mama e abuela não se preocuparem tanto.
-Isso é impossível, se cuida filho, por favor! Amamos vocês!
-Fica em paz, papa! Também amamos vocês. — Theo desligou o celular pensativo. "Mais essa, agora!"— pensou!
Jade saiu do banho, enrolada na toalha. Theo se dispôs a fazer uma massagem nela.
-Amor, agora deite-se, eu vou fazer uma massagem em suas pernas, para que não inchem.
-Hum, que gostoso, eu bem estou precisando de uma boa massagem mesmo.
-Eu sei disso, hoje nós extrapolamos um pouco, eu só permiti porque ontem você ficou o dia inteiro no quarto, e como partimos depois de amanhã, não veríamos quase nada de Atenas.
-Tem razão amor, depois de amanhã iremos para qual das ilhas?
-Santorini, ficaremos dois dias lá, depois iremos para Mykonos e depois para Creta.
-Perfeito!
-Agora vire-se de bruços e me deixe massageá-la. — Ela fez o que ele lhe pediu e sentiu as mãos quentes dele em sua pele, aquecendo e logo sentiu seus músculos relaxarem.
-Tudo bem amor? — Ele quis saber.
-Sim, tudo bem. Agora, quer me contar o que está acontecendo?
-Como sabe que está acontecendo alguma coisa?
-Eu te conheço Theo, sei que tem algo te perturbando e algo muito sério, sua expressão mudou depois que atendeu ao telefonema de seu pai, vamos, me diga do que se trata. Estão todos bem em casa?
-Sim, em casa estão todos bem de saúde, não é isso. É outra coisa muito complicada e que não tenho ideia de como irá acabar. Eu não ia te contar nada agora, mas, acho que é melhor que saiba por mim. Odeio te deixar preocupada, no entanto, sei que será pior se você descobrir de outra maneira.
-Nossa amor, agora sim eu estou ficando preocupada. — Ela virou-se para ficar de frente para ele, que se ajeitou melhor na cama.
-Bom, meu pai já me ligou duas vezes, como você bem sabe, ontem ele queria me sondar, mas, como percebeu que eu estava preocupado com você não quis me contar nada, hoje, ele me ligou com a desculpa de saber se você havia melhorado e eu o questionei porque achei estranha sua voz, ele estava nervoso, preocupado, eu sei que meu pai só age assim quando o assunto é muito sério.
-Eu sei disso, todos vocês são assim, super protetores.
-É, é verdade. Bom, mas o caso é que, olha amor, me prometa que não irá ficar colocando coisas na cabeça e nem ficará muito agitada.
-Ok, Theo, eu prometo que vou ao menos tentar, mas você já está me assustando.
-O delegado Marcos, que prendeu Dimas e o irmão dele, depois também prendeu o Hidalgo, ligou para o abuelo para informar que Dimas e seu irmão, morreram na prisão.
-Morreram, por Deus, como assim?
-Foram assassinados minha pequena, por ninguém mais, ninguém menos que Hidalgo.
-Theo! Que horror!
-Calma, amor, tem mais. Hidalgo pensa que você morreu por causa do tiro que levou. Ele deixou uma carta e conseguiu fugir. — Ela ficou pálida com a notícia.
-Ele virá atrás de você Theo, não é isso? Ele vai querer se vingar de você agora?
-Jade, ele realmente me ameaça, na tal carta.
-Amor, por favor, me prometa que não fará nada contra ele. Deixe que a polícia cuide disso, meu amor, por favor, eu não suportarei se alguma coisa te acontecer. — Ela pediu em desespero jogando-se nos braços dele que a acolheu com amor.
-Amor, nada irá me acontecer. Se tranquiliza, por favor, olha só como você ficou, por isso não queria lhe contar nada.
-Eu estou com medo Theo, com muito medo e se ele conseguir descobrir que estou viva e casada com você? Ele irá querer se vingar, poderá ficar nos perseguindo. Me prometa que não fará nada.
-Amor, não posso prometer isso, infelizmente, porque se ele se aproximar de você, eu não sei o que serei capaz de fazer.
-Mas eu sei, você seria de capaz de mata-lo Theo, eu sei disso, não precisa me esconder. Eu te conheço.
-Realmente, eu não permitirei que ele faça algo contra mim, deixando-a à mercê dele, isso nunca, se for para proteger você e nossos filhos que estão aqui dentro, eu matarei sim. Sinto muito, minha pequena, mas se for necessário eu farei, não permitirei que vocês corram riscos. — Ele lhe revelou tocando sua barriga, com carinho.
-Jade, preste atenção! Olha para mim pequena! — Ela sentou-se novamente, olhando nos olhos dele, os dela estavam cheios de lágrimas, ele passou os polegares pela face dela colhendo-as em seus dedos.
-Eu detesto vê-la assim. Eu irei protege-la nem que isso seja a última coisa que eu faça na minha vida. Vocês são o que eu tenho de mais precioso, você, os bebês, que mesmo dentro da sua barriga já fazem parte de nossas vidas e eu os amo mais que tudo, também a minha família. Eu não vou arriscar perde-los.
-Eu... eu entendo meu amor, eu entendo, juro. Vou tentar não ficar pensando nisso, prometo. Só pedirei a Deus que a polícia consiga prendê-lo novamente antes de nossa volta.
-Ele saberá que estamos casados, nosso casamento saiu em todas as seções de fofoca dos jornais e tem até capas de revistas com nossa foto.
-Eu, não quero mais falar nisso, não quero pensar nisso. Quero curtir nossa lua-de-mel e esquecer que esse... esse monstro existe.
-É assim que se fala minha pequena, quero vê-la feliz e não ruminando pensamentos negativos. Vem cá, vem. — Ele a trouxe novamente para seu colo, onde ela deitou sua cabeça em seu pescoço e ele lhe acariciava os cabelos.
Porém, mesmo fazendo essa promessa, Jade voltou a ter os pesadelos durante o sono, onde ela via Theo e os bebês morrerem em sua frente. A primeira vez que sonhou ela ainda conseguiu esconder, mas, as outras vezes o pesadelo foi tão intenso, tão real e sanguinolento que ela acordou desesperada e gritando por Theo.
Ele por sua vez já começava a se arrepender por ter contado a ela. Tinha certeza de que ela ficaria assim, da outra vez os pesadelos a atormentaram por dias, só acabaram quando apareceu a suspeita de sua gravidez.

~*~

Na manhã seguinte, Jade acordou aconchegada ao corpo de seu marido, novamente só conseguira pegar no sono com ele a abraçando apertado. Olhou-o, ele ainda dormia, estava sentindo-se enjoada, mas era apenas uma leve náusea, seria até de se estranhar se ela não estivesse sentindo nada, depois do sono atormentado que tivera.
Ele ficaria preocupado se a visse sofrer assim, enquanto conseguisse esconder que estava apavorada, esconderia. Quando conseguisse ficar um pouco sozinha, ligaria para sua sogra, para ver se havia mais notícias, falaria com ela sobre suas preocupações, afinal, compartilhavam do mesmo medo. Medo de que Theo cometesse uma loucura.
Ele se remexeu na cama, apertando seu braço mais em sua cintura e trazendo-a para cima de seu corpo.
-Já está acordada, minha pequena?
-Acabei de acordar.
-Está tudo bem? Senti que você se agitou muito durante o sono.
-Eu, eu estou bem amor, não se preocupe tanto. — Ele depositou um beijo em sua testa.
-Vamos levantar? — Ela perguntou.
-Antes eu vou pedir o café da manhã, você precisa comer algo antes de levantar, do contrário poderá se sentir enjoada.
-É, realmente estou levemente nauseada. Mas, nada de muito preocupante. Acho que depois que eu comer passa. — Theo passou a mão no telefone ao lado e fez o pedido de um colonial para os dois. Depois que o café chegou, ele a serviu e foram tomar banho juntos. Ver ela toda nua, deixou-o desejoso de senti-la. Virando-a de frente para ele, a beijou intensamente. Lavou todo o corpo feminino, demorando-se na barriga e nos seios que estavam enormes e sensíveis, as veias mais visíveis, os mamilos maiores.
-Amor, você está cada dia mais linda grávida, sabia? Está tão sensual.
-Obrigada amor, sabe que estou adorando me ver no espelho com essa barriguinha assim já aparecendo? Me sinto orgulhosa, quero que todos notem que estou grávida logo.
-Eu sei, também quero que todos notem que está grávida, me sinto orgulhoso em saber que espera dois bebês nossos, como disse o Yago, uma boa pontaria.
-Seu bobo!
-Ué, mas não é verdade, com um única pontaria eu encaçapei dois óvulos, já que você disse que eles não são univitelinos, quer dizer que dois óvulos foram fecundados, não é isso?
-Sim, é verdade, eles são formados em placentas diferentes, são chamados de gêmeos bivitelinos.
-Então, como não me orgulhar?
-Está certo! — Ela riu dele, saíram do chuveiro e secaram-se, voltando para o quarto para se vestirem, desceriam para apreciar mais um pouco do bonito jardim do hotel, almoçariam no restaurante ali mesmo do hotel para depois partirem para Santorini.
-Daqui mais alguns meses não conseguirei nem enxergar meu pés mais.
-É, ficará complicado, mas eu a ajudarei, não se preocupe com isso. Agora, será que posso fazer amor com minha esposa, antes de deixarmos esse quarto? Estou louco de desejo por ela.
-Hum, porque não faz alguma coisa então? Sei lá, quem sabe com alguns carinhos, alguns beijos, ela não ceda?
-Será? Bom, não custa tentar, não é mesmo? — Ele disse puxando-a para seus braços tomando-lhe a boca em um beijo carinhoso, porém, sensual e erótico. Sem interromper o beijo, ele a deitou na cama, descendo com a mão pelo corpo dela que se arrepiou com o toque, a mão desceu até o meio das pernas dela, que já estava úmida em expectativa.
-Hum, que delícia, já toda molhadinha. — Ele sussurrou em seu ouvido.
-Theo!
-O que foi minha pequena? Diga para mim o que você quer.
-Eu quero você. Quero você agora, dentro de mim.
-Mas, tão rápido? Antes eu queria me aproveitar um pouco mais.
-Depois você se aproveita o quanto quiser, prometo, mas agora eu quero senti-lo dentro de mim.
-Você é quem manda meu amor. — Ele disse e a penetrou com urgência, ele mesmo já não se aguentava mais de vontade de se enterrar dentro dela. Começou a estocar devagar, mas ela logo reclamou, fazendo-o sorrir maliciosamente.
-Mais rápido Theo, por favor!
-Como quiser, pequena. — E atendendo o pedido dela, estocou rápido e forte, levando-os a viagem vertiginosa através do prazer.
Tiveram que tomar outro banho rápido e desceram para o jardim do hotel, Theo a abraçava protetoramente. Encontraram novamente o concierge do primeiro dia que ficara encarando Jade desavergonhadamente. Theo imediatamente fechou a cara ao notar que o mesmo, continuou a encará-la.
-Mas, é um babaca mesmo.
-O que amor? De quem está falando?
-Desse concierge idiota, ele não tira os olhos de você.
-Deixe ele para lá, não me interessa. O único homem que me importa, está bem aqui, à minha frente, à minha total disposição, para minha felicidade, é o mais lindo e gostoso de todos. — Ela disse abraçando-o pela cintura, fazendo-o sorrir sentindo o ego inflado.


~*~

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