Capítulo Vinte e Um:

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-Está doendo, meu amor? -Perguntou Theo tocando no rosto machucado dela.
-Um pouco, o que na verdade está doendo é o meu orgulho, a raiva pela impotência de não ter conseguido me defender daquele verme.
-Não pense nisso amor, você estava amarrada e ele poderia ter feito algo pior, ele poderia tê-la matado, meu Deus, não consigo nem pensar nisso!
-Eu teria preferido morrer a deixá-lo me tocar de forma mais íntima.
-Não diga isso Jade, por favor, eu não suportaria que algo de ruim acontecesse a você.
- ele pediu encostando a testa na dela.
-Me desculpa amor, eu deveria ter ido de táxi, não deveria ter pedido para a Pamela me levar.
-Não é culpa sua, e claro que devia sim, se você tivesse de táxi, quem sabe poderia ter sido pior.
-Tudo bem, eu só quero tentar esquecer esse pesadelo, apenas isso.
-Eu estou aqui minha pequena e cuidarei de você.
-Obrigada por estar aqui.
-Não tem nenhum outro lugar onde eu gostaria de estar que não ao seu lado. Eu te amo minha linda.
-Eu também te amo Theo!
-Agora tente descansar um pouco.
Ela deitou com a cabeça em seu colo sentindo o carinho de sua mão em seus cabelos, aquele toque era quente e reconfortante, finalmente sentiu-se segura e tranquila.

Eles chegaram em casa e na mansão todas as mulheres estavam esperando-as na sala. Olívia se assustou ao ver o rosto de Jade todo marcado, mas não deixou transparecer. Abraçou-a com carinho, Jade sentia nesse abraço o calor e o aconchego que teria sentido se fosse sua mãe de verdade. Esperanza abraçou as duas em único abraço, logo, Luna, Lilian e Rúbia também desceram para abraçá-las.
-Agora deixem-nas, elas precisam de descanso, precisam de um bom banho. O doutor Soares já foi avisado e está a caminho. - Comunicou Yolanda.
-Vem amor, eu te ajudo.
Pediu Theodoro.
-Theodoro, filho, não quer que eu ajude Jade?
-Não mamãe, não será preciso, eu mesmo quero fazer isso. Obrigado!
-Qualquer coisa, chame.
-Tudo bem.
-Francesca levará uma sopa para as duas. Acho que elas nem ao menos foram alimentadas.
Anunciou Esperanza.
-Eu estou com sede. Ficamos o dia inteiro sem beber e sem comer nada, nossas gargantas estão mais secas que o deserto do Saara.
Queixou-se Pamela.
-Francesca já levará para vocês, minhas filhas. - Disse Esperanza.

Theodoro ajudou Jade subir as escadas e no quarto a ajudou a se despir, tirou sua blusa que usara para cobri-la e a blusa que havia sido totalmente destruída, mordeu o lábio de raiva ao ver as marcas vermelhas na pele sensível dos seios dela, escondidas apenas pelo sutiã. Abaixando-se, ele tirou-lhe a calça e os sapatos enquanto ela se apoiava em seus ombros.
-Jogue fora essa roupa Theo. Não quero mais a lembrança desse dia em minha mente.
-Tudo bem amor, eu vou pedir para que Francesca jogue-as.

Encaminhando-se para o banheiro, ele ligou as torneiras da banheira derramando uma boa quantidade de sais de banho, um aroma delicioso invadiu o banheiro, Jade olhou-se no enorme espelho do closet e se assustou com sua imagem, seu rosto estava marcado, com manchas roxas e seu olho direito estava inchado, em seus seios tinham marcas de dedos e estavam avermelhadas. Lágrimas rolaram de seus olhos. Seus cabelos estavam totalmente embaraçados, daria um trabalhão para desembaraçar.
-Vem meu anjo, eu a ajudo.
-Obrigada, amor!
Ela entrou na banheira e se deliciou com a água quente e perfumada,

Theodoro pegou a esponja e passou com delicadeza pelo corpo dela, ela sentia os músculos das pernas, doloridos pela força que havia feito para mantê-las fechadas quando Dimas tentou tocar em sua intimidade.
-Está bom o banho?
-Delicioso.
Ela sentia-se suja por causa daquelas mãos tocando-a, mas agora sentia que toda a sujeira saía de seu corpo.
-Amor, deixe-me agora, eu termino de me lavar.
-Tem certeza? Eu posso fazer isso com o maior prazer, você sabe.
-Eu sei disso, mas pode deixar, eu gostaria de um comprimido para dor, poderia pegar para mim?
-Claro que sim.
-Obrigada!

Ela esperou ele sair e se levantou da banheira ligando o chuveiro, deixou que água tirasse a espuma de seu corpo e se ensaboou novamente, dessa vez com força, Theodoro nunca a esfregaria daquele jeito, mas ela queria tirar toda e qualquer evidência do toque daquele homem em sua pele.
-Amor, aqui está seu comprimido e sua água. - Disse Theodoro voltando.
-O que está fazendo? Vai se machucar assim.

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