Theo acordou cedo na manhã seguinte, seria o primeiro dia de reuniões chatas, por mais estranho que fosse, ele estava se sentindo bem na casa de Marco estava feliz por ter tido essa ideia, ele era um bom amigo.
Pegando um dos ternos que havia retirado da mala na noite anterior, deixou-o em cima da cama e foi tomar um banho, estava curioso para saber o que havia acontecido na noite anterior, se Andrea voltou a tentar entrar em seu quarto e se os segurança conseguiram fazer o que ele os instruíra, não pedira nada mais que um susto, apenas isso.
Depois de tomado banho, voltou para o quarto, se vestiu e olhando as horas no relógio resolveu ligar para Murilo, com certeza o irmão já deveria ter acordado e havia instruído aos seguranças que ligassem para ele para avisar de se sua ideia havia dado certo.
-Bom dia mano, te acordei? — Perguntou ao irmão.
-Bom dia Theo, não, eu estou esperando a Nati terminar de se arrumar para a gente descer para o café e se encontrar com os outros, você já está vindo?
-Sim, vou tomar o café aqui mesmo com o Marco.
-Então, está bem hospedado?
-Sim, estou me sentindo em casa, o Marco é um bom amigo e a casa é incrível. Teve alguma notícia sobre aquele assunto?
-Sim, cara, foi hilário, eu queria ser uma mosquinha só para ter visto a cara da vadia, mas eles fizeram como você os instruiu, não a forçaram de nenhuma maneira.
-Ótimo, do contrário, apesar de Andrea merecer, Jade nunca me perdoaria se soubesse que uma ideia desse tipo saiu da minha cabeça.
-Quanto a isso você tem razão. Ao menos esperamos que agora ela te deixe em paz, pelo menos deve ter aprendido que não se deve entrar no quarto de um homem.
-Tomara mano, tomara, não aguento mais, estou a ponto de cometer uma loucura, nunca senti vontade de bater em uma mulher, mas essa está me fazendo mudar alguns conceitos, existem algumas mulheres que de fato mereceriam apanhar, ou não, sei lá, é capaz dela gostar ainda mais.
-Se ela não aprender, vai merecer levar uma surra da Jade, quem sabe assim ela aprenda.
-Não, eu não quero minha mulher agindo dessa maneira, Jade não é dessas, apesar de que eu adoraria ver ela dando alguns sopapos na Andrea, mas Jade é muito doce e educada para isso.
-Essas é que nos surpreendem quando perdem a calma.
-É, é verdade, bom, eu logo estarei aí. Até mais.
-Até mais mano, se cuida.
-Pode deixar. — Theo desceu para o café da manhã e encontrou Marco, Paolo e Victória reunidos à mesa.
-Bom dia. — Ele os cumprimentou.
-Bom dia Theo. — Marco e Paolo responderam.
-Bom dia tio Theo.
-Olá princesa, como você está?
-Estou bem e a tia Jade? Como ela está? Eu estou com saudades dela.
-Bom, a tia Jade está perto de ganhar neném e por isso ela não veio comigo, mas logo, logo eu a trarei para conhecer Roma.
-Que bom, o papai disse que quando os bebês nascerem ele vai me levar para conhece-los.
Jake sorriu com a lógica da garotinha, ela era encantadoramente linda.
-Então Theo, o Marco me contou tudo o que está rolando, pode contar com a gente.
-Obrigado, vocês são bons amigos. Por falar em amigos, a Jade amou o álbum do casamento. As fotos ficaram perfeitas.
-Bom, não é nada difícil fotos de vocês dois ficarem perfeitas, são perfeitos juntos e formam um casal lindo. — Elogiou Marco. -Os bebês serão lindos.
-É, não vejo a hora de eles nascerem, ela está sofrendo com o peso extra, por serem dois, o fluxo sanguíneo é mais intenso, o coração dela trabalha mais rápido para compensar, deixando-a mais cansada, ela acha que eu não noto isso, mas, eu noto tudo o que se relaciona a ela. — Theo explicou assim que Victória levantou da mesa indo brincar com suas bonecas.
-Theo, ela corre riscos? — Marco perguntou preocupado.
-Se não for parto cesariana sim, parto normal está fora de cogitação, ela fará muita força e o coração trabalhará mais para compensar, porque como não são gêmeos idênticos, eles estão em placentas separadas então o fluxo sanguíneo é ainda maior. Vocês não imaginam como eu estou preocupado esses últimos meses, já sabíamos que seria difícil, que seria uma gravidez de risco, mas os últimos acontecimentos a deixaram muito agitada, muito estressada, piorando a situação.
-Tomara que esse doido seja preso logo ou que se dê conta de que nunca terá Jade e se mate de uma vez. — Desabafou Paolo.
-Sinceramente? Acho que só assim conseguiremos nos ver livres dele, porque, mesmo ele preso, ficará sempre aquela sombra sobre nós, aquele medo de que ele consiga fugir novamente.
-Vai dar tudo certo, vocês se amam tanto e agora vem os bebês para alegrar ainda mais a vida de vocês.
-Isso é mesmo, eu a amo tanto que não consigo visualizar minha vida sem ela, acho que se eu a perder eu nem sei, nem sei o que acontece comigo.
-Vai dar certo Theo, logo as coisas se ajeitam. — Marco o animou.
-Ela está toda animada com sua primeira festa beneficente para arrecadar fundos para a ala de Oncologia e Hematologia do Hospital Infantil.
-É, isso é uma coisa boa, ela poderá se dedicar a isso depois, quando ela se formar, ela ainda vai se formar né? — Marco quis saber.
-Com certeza, ela está pegando todas as matérias com a Lilian e a faculdade permitiu que ela fizesse os estágios depois que os bebês nascerem.
-Ah, que bom, esse era um sonho dela, desde menina, ela adorava fingir que era uma enfermeira, pegava as bonecas que vinham para doação e enchia elas de esparadrapo. — Marco revelou.
Theo riu com a cena, imaginando sua esposa do tamanho de Victória brincando de boneca.
-Ela deve ter sido encantadora quando criança.
-Ah, isso era sim, eu vou ver se não encontro no meio das coisas que trouxe comigo alguma foto nossa, acho que tem uma ou duas guardadas, se eu encontrar, pedirei para o Paolo fazer cópias para você. Verá que tenho razão em dizer que sua esposa era uma bonequinha quando criança.
-Eu agradeceria. Mas agora, tenho que ir, um dia de reuniões maçantes me espera, ah, esqueci de falar, o plano deu resultado, não é que a megera voltou a me procurar? Só que deu com burros n'água.
Ele contou divertido.
~*~
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Totalmente Seu
RomanceEssa é uma história de minha autoria, qualquer cópia é totalmente proibida, pois a história está devidamente registrada. Plágio é crime e passível de punição.