15 Persistente

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- Bom vê-lo usando cores vibrantes – observou Srta. Mier parada atrás de mim, olhando minha pintura. – Você sempre usou cores escuras, ainda assim com resultados extraordinários, mas isso é revigorante. O que tiver mudado, adorei.

Então caminhou para a próxima prancheta. Inclinei-me para trás e olhei para o quadro quase acabado das folhagens. Antes que a Srta. Mier se aproximasse, estava pensando que as cores eram muito vibrantes e irreais. O pincel em minha mão estava com um laranja queimado, para aplacar as chamas da tela. Abaixei o pincel e olhei novamente para as cores. Eram vibrantes demais para meus olhos.

Continuei a olhar as cores até que Srta. Mier instruiu que todos começassem a limpar tudo. Assustado pelos movimentos repentinos, olhei e volta e comecei a juntar minhas coisas desajeitadamente. Vi Harry parando no fundo da sala, perto dos suprimentos de fotografia, me olhando preocupado. Continuei a limpar meus pincéis, o ignorando:

– Quer estudar para a prova de anatomia comigo? – Harry perguntou quando saímos da sala:

– Hum... Não, não posso – disse rapidamente, mal olhando para ele. – Prefiro estudar sozinho.

– Tá bom – ele disse suavemente e seguiu pelo corredor quando parei no armário. Obriguei-me a olhar para ele, lembrando-me que o afastar era a melhor coisa a fazer. O certo fazia com que eu me sentisse horrível; segui-o com meus olhos até que virasse a esquina. Meu coração doía e por um segundo reconsiderei minha decisão, mas afastei esse pensamento ao abrir meu armário.

O treino de futebol não era apenas difícil fisicamente, mas também emocionalmente. Ter que interagir com Niall sem uma conexão era uma tortura. Quando não estávamos no campo, ele ficava o mais distante possível de mim. Quando estávamos no campo, só passava a bola para mim quando não tinha outra opção.

– Ashton, você me dá uma carona para casa hoje? – perguntei quando estávamos parados na linha lateral, durante o treino.

– Claro – respondeu sem hesitar.

Segui andando junto com Ashton após o treino, sem olhar para Harry enquanto ele esperava por mim ao lado de seu carro. Senti seus olhos me seguirem até o carro dele. Lembrei-me novamente que isso era o melhor. Mas não ajudou.

– Obrigada por isso – disse a Ashton, ao entrar em seu Volvo azul-escuro.

Não sabia no que tinha me metido quando entrei no carro de Ashton para pegar a carona. Ele era muito doce, mas conversou sem parar durante todo o caminho. Ouvi sobre o baile de boas vindas e sobre como Niall e Michael ganharam como rei e rei do baile, mesmo nenhum deles tendo ido.

Tentei esconder meu choque. Ele presumiu que eu soubesse porque eles não foram e com isso eu confessaria. Obviamente, não percebeu que eu e Niall não estávamos conversando. Por que ele achava que estava me levando para casa? Tentei entender como ele conseguia respirar entre cada sentença. Os tópicos passaram velozmente e estava quase aliviado quando ele par

ou em minha casa, já exausto de ouvi-lo falar:

– Obrigado mais uma vez, Ashton – disse enquanto abria a porta do carro.

– Se quiser carona para casa amanhã, me avise. É legal conversar com você. Sinto como se nunca conversássemos.

– Aviso – disse relutantemente, sabendo que preferiria andar a pedir carona outra vez.

Tentei passar pela cozinha, mas fui parado por uma dor aguda em meu braço direito. Pisquei e virei para encontrar Angelina com uma espumadeira em sua mão:

– Com quem diabos você veio? – Angelina exigiu, obviamente agitada. Olhei ao redor e percebi que Phillip não estava por perto e que pela forma com que segurava a espumadeira, isso não seria bom para mim.

uma razão para respirar - l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora